29 de abril de 2013

Portugal reabre queixa-crime contra “Kopelipa” e Manuel Vicente


Lisboa - De acordo com a revista Sábado, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Portugal decidiu reabrir o processo crime sobre a venda de 24% do BESA à empresa angolana, Portmill, Investimentos e Telecomunicações S.A, uma empresa conotada ao trio presidencial, nomeandamente, os generais Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, Dino do Nascimento e o engenheiro Manuel Vicente.

Terão surgido novas suspeitas

Há cerca de um ano, o ministério publico arquivou a investigação deste caso depois de não conseguir apurar quem pertenciam às ações do BESA compradas através da sociedade anônima Portmill, nem quem seriam os titulares de contas bancarias norte-americanas de onde teriam vindo o dinheiro usado na transação com o banco presidido por Ricardo Salgado. Na fase de inquérito o advogado do trio presidencial angolano (general Kopelipa e de Manuel Vicente e general Dino), Paulo Amaral Blanco chegou a dizer ao MP que não seriam dadas mais explicações por causa do sigilo comercial dos negócios e porque Angola era “um estado independente”. No entanto, arquivamento formal das suspeitas por alegados crimes de branqueamento de capitais, trafico de influencia, corrupção e associação criminosa não colou um ponto final na investigação.

Já este ano terão surgido novas suspeitas, identificadas pela Unidade de informações financeiras (UIF) da PJ portuguesa e comunicadas depois ao DCIAP.

28 de abril de 2013

Líder da UNITA diz em Washington que “Eduardo dos Santos é o principal factor de instabilidade em Angola”


Washington - “O Presidente Eduardo dos Santos tornou-se no principal factor de instabilidade em Angola”. Foi nestes termos que o líder da UNITA, Isaías Samakuva, caracterizou a situação no país, quando se dirigia aos seus interlocutores, no segundo dia de visita a Washington D.C.

De acordo com o presidente da UNITA, “Angola tornou-se numa República sem republicanismo e num Estado democrático sem democracia real, onde o Presidente faz o que bem entende e manipula as eleições como bem entende”, tendo acrescentado que “Ao colocar-se acima da lei e utilizar o Estado para promover a corrupção, o Presidente José Eduardo dos Santos torna o seu regime político ainda mais instável e espalha a instabilidade no seio do próprio regime”.

O líder da oposição angolana classificou o crescimento económico de Angola de “enganoso, sem empregos, que não gera estabilidade social porque não reflecte o bem-estar das populações”.

Samakuva esclareceu ainda que os angolanos querem e precisam de um crescimento que traga empregos duradouros para os cidadãos e faça investimentos massivos agricultura, na indústria transformadora – de modo a diversificar realmente a economia - mas também na educação, na saúde e habitação, vias de proporcionar a qualidade de vida, tão propalada pelo Executivo de José Eduardo dos Santos, mas nunca dada às populações de Angola.

PR suspeito de ter entregue ao filho novo fundo para as Micro e Médias Empresas


Lisboa – Vozes criticas, em meios empresariais, suspeitam que o Presidente José Eduardo dos Santos terá colocado sob alçada indirecta do filho, José Filomeno dos Santos “Zenu”, o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA). Trata-se de um fundo público de capital de risco focado em apoiar as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) angolanas na criação, inovação e expansão dos seus negócios em Angola.

Sob gestão da holding empresarial de Zenu

O referido fundo foi criado em 2012, por JES ao abrigo do Decreto Presidencial nº108/12 de 7 de Junho. A sua gestão foi entregue à Sociedade Kwanza Gestão de Participações, o braço empresarial de “Zenu” que tem como PCA, Alberto Mendes, um jovem apontado como gestor dos interesses empresarias do filho do PR e seu aliado na JMPLA. Alberto Mendes, filho do antigo do governador do Bengo, Isalino Mendes, é secretário nacional da JMPLA para a área de estudos e assuntos econômicos.

Para se ter acesso ao mesmo fundo, tem de se passar pelo Banco Kwanza, instituição bancaria ligada a Zenu dos Santos. O website da FACRA (http://www.facra-angola.com) confirma que para se beneficiar do citado fundo, requer-se de uma “Ficha de abertura de conta junto do Banco Kwanza Investimento devidamente preenchida e previamente aceite pelo serviço respectivo”.

"25 de Abril foi decisivo" (entrevista ao deputado Manuel Pedro Pacavira)


Portugal celebrou ontem o Dia da Liberdade. No dia 25 de Abril de 1974 uma acção militar, a “Revolução dos Cravos”, derrubou a ditadura fascista. Em Angola a efeméride assume um significado muito particular como defende em entrevista ao Jornal de Angola o deputado Manuel Pedro Pacavira.

Jornal de Angola: O que representa o 25 de Abril para Angola?

Manuel Pedro Pacavira: É antes de mais um acontecimento histórico de extraordinária importância internacional e também para Angola. Pelas repercussões, pela relevância e âmbito, mas também pelo que significou na mudança do regime, com o resgate da liberdade para o povo português e para os povos das colónias.

JA - O que mudou em Angola?

MPP - O 25de Abril de 1974 mudou o curso da história dos povos que estavam ainda na condição de colonizados. Foi uma interacção de factos e acontecimentos políticos que envolveram Portugal, como potência colonizadora, e os movimentos de libertação das colónias sob denominação portuguesa.

JA - Refere-se a que factos?

MPP - Os movimentos de libertação das colónias, em particular aqueles que se encontravam de armas na mão, na Guiné-Bissau, Moçambique e em Angola, envolvidos numa intensa guerra de guerrilha, de vida ou morte, do tudo ou nada, influíram muito positivamente para que os jovens oficiais militares portugueses fizessem o 25 de Abril. Já estavam cansados e perceberam que a guerra não tinha objectivo nenhum. Então entenderam rebelar-se contra o poder colonial. Em contrapartida também esta revolta dos jovens portugueses no exército colonial, criou premissas para um novo contexto, na luta dos povos que desejavam ardentemente libertar-se.

25 de abril de 2013

Revisitar Abril (Rui Pereira)



Na sua síntese mais abreviada, formulada pela Junta de Salvação Nacional, o programa do 25 de Abril resumia-se a tês dês: "descolonizar, democratizar e desenvolver".

Mas que balanço poderemos fazer em relação ao cumprimento deste programa, trinta e nove anos volvidos sobre o levantamento do Movimento dos Capitães? A descolonização endossou aos povos das ex-colónias portuguesas a decisão sobre o seu próprio destino? A democracia portuguesa está de boa saúde? O nosso desenvolvimento é "sustentável" ou conduziu-nos a um beco sem saída?

A descolonização foi feita com décadas de atraso devido à política de negação e isolamento internacional de Salazar. A guerra civil em Angola e a ocupação de Timor-Leste mancharam um processo atabalhoado e, na realidade, não democrático. Hoje, porém, Cabo Verde e Timor-Leste (independente, com a nossa contribuição auto-redentora) praticam a alternância, enquanto Angola e Moçambique procuram consolidar a democracia. A situação mais problemática vive-se na Guiné-Bissau, apontada a dedo como um narco-estado pela comunidade internacional. A democracia representativa e o sistema semipresidencialista português têm garantido condições de governabilidade e alternância. Os "partidos fundadores" mantêm-se estáveis desde a eleição da Constituinte e o terrorismo doméstico, protagonizado por grupos de extrema-direita durante o período revolucionário e de extrema-esquerda ao longo dos anos oitenta, foi erradicado. Mas há um desencanto crescente do Povo com os seus representantes e com a Política em geral. Porém, a solução não é o regresso ao passado. A solução é mais e não menos democracia.

O desenvolvimento mede-se pelo crescimento da rede viária e do consumo, mas também pelo acesso generalizado à água canalizada, ao saneamento básico e à eletricidade, pela redução da mortalidade infantil, pelo aumento da longevidade, pela quase eliminação do analfabetismo, pelo aumento da instrução média e pela instituição do salário mínimo e de prestações sociais. A crise, a quebra da natalidade e a fragilidade da economia dificultam a defesa deste Estado. Todavia, a solução não é voltar atrás. É apostar no crescimento e na justiça social.

Correio da Manhã, 25 de Abril de 2013

A parábola do camelo (Miguel Alexandre Ganhão)



O recado vai direto para Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira – troquem as folhas de Excel pela realidade das famílias e das empresas portuguesas e sigam os ensinamentos da parábola do camelo.

Um chefe beduíno morreu. Tinha um rebanho de 17 camelos e três filhos. No seu testamento deixou metade do rebanho ao filho mais velho, um terço ao filho do meio e um nono ao mais jovem. Os filhos ficaram em pânico. Era impossível realizar a vontade do pai sem ter de cortar um camelo ao meio. Aflitos, recorreram aos homens sábios da aldeia. Depois de muito pensarem, os sábios reconheceram que não tinham resposta para o problema que parecia insolúvel pelas leis da matemática, e aconselharam os filhos a falar com o negociante de camelos.

O homem sorriu perante a aflição dos herdeiros. Levantou-se vagarosamente e foi buscar um dos seus camelos, que acrescentou ao rebanho a distribuir. Eram agora 18. E o velho mercador começou a fazer a divisão; metade (9) para o filho mais velho. A terça parte (6) para o do meio. A nona parte (2) para o mais novo. Sobrou um camelo… o comerciante recebeu o seu animal de volta e disse: "Está resolvido e boa sorte!".

Às vezes basta ser pragmático em vez de dogmático para não ser camelo.

Correio da Manhã, 25 de Abril de 2013

Um Abril sem festa (A Palavra do Director)



O 25 de Abril é a festa da democracia em Portugal, mas também é a nossa festa. Por direito próprio, podemos usar hoje na lapela um imenso cravo vermelho, o símbolo da revolução do Movimento das Forças Armadas.

Cada angolano que tombou na luta armada de libertação nacional pôs uma pedra na construção da democracia em Portugal. Cada “Capitão de Abril” que ousou levantar as armas contra o fascismo pôs uma pedra nos alicerces da nossa Pátria finalmente libertada.

Os angolanos não vão esquecer nunca que o Movimento das Forças Armadas se juntou ao MPLA, à FNLA e à UNITA na luta pela liberdade, pela Independência Nacional e pela democracia. Agostinho Neto, Hoji ya Henda, Kwenha, Kapangu, Spencer, Valódia, Jika, Iko, Holden Roberto, Afamado Pedro, Vakulukuta, Sangumbe, a mártir família Tchingunji, Wilson dos Santos e tantos outros são verdadeiros heróis da libertação do Povo Português. Otelo Saraiva de Carvalho, Salgueiro Maia, Melo Antunes, Rosa Coutinho e tantos outros “Capitães de Abril” são também nossos heróis, porque lutaram ao nosso lado nas trincheiras da liberdade.

Pobre justiça portuguesa (José Ribeiro)



Maria Eugénia Neto enfrentou com coragem o regime fascista e colonialista de Lisboa. Até à sua fuga para Marrocos, na companhia do seu bebé, do marido, Agostinho Neto, e de Luís Cabral, que veio a ser Presidente da Guiné-Bissau, nunca a polícia política portuguesa conseguiu levá-la aos Tribunais Plenários. E quando levaram o seu marido, ela teve um comportamento digno e corajoso. Quem viu conta que chegou a ser comovente.

Foi esta grande mulher que acompanhou e deu a sua vida à luta de libertação dos povos das ex-colónias portuguesas, desde os seus primórdios até ao triunfo final, sempre na companhia de Neto, o Presidente Poeta, o fundador da Nação Angolana, aquele por quem se esperou e aquele que nunca desistiu, apesar de muitos não o compreenderem e lhe exigirem uma vida acrescida de sacrifícios.

Na História de Portugal não há nenhuma mulher com a dimensão de Maria Eugénia Neto. Por isso muitos a odeiam. Mas Maria Eugénia Neto tem um amor e um carinho especial pelo povo português. Mostrou isso sempre e muito especialmente em 1978, quando os Presidentes Ramalho Eanes e Agostinho Neto decidiram, em Bissau, dar livre curso à História e reatar as relações que outros dirigentes portugueses cortaram, envenenaram ou simplesmente desprezaram. Houve um momento em que a cimeira podia ter dado em fracasso. Mas Maria Eugénia Neto, discretamente, fez tudo para que ela fosse um sucesso. Naquele momento, ela foi a melhor embaixadora que Portugal podia ter nas suas relações com o mundo que fala em Português.

Políticos que recebem do Estado a pensão mensal vitalícia



Os nomes dos políticos que recebem do Estado a pensão mensal vitalícia e passaram a ser secretos.

Comissão Nacional de Protecção de Dados cujo presidente é eleito pelos deputados, considera que "a pensão mensal vitalícia não é uma informação pública...."

Os partidos políticos criaram em Portugal, um sistema de roubo legal para os seus membros, baseado na acumulação de reformas e pensões vitalícias.

Só o número de ex deputados com pensão para toda a vida (de todas as cores e para todos os gostos) já ultrapassa os 400 beneficiários. O valor dessa regalia rondará os oitocentos mil Euros por mês.

- Mário Soares "papa de reformas" mais 500.000 Euros por ano.

Os herdeiros dos nossos subsídios de férias e de natal


Os BOYS e as GIRLS, herdeiros dos nossos subsídios de férias e de natal

São uns ladrões e ainda dizem que ganhamos e recebemos muito!!!

Enviem aos vossos amigos. Não deixem que esta vergonha fique convosco.

Para ser confirmado porque a desfaçatez é tal que custa a acreditar!!!

Quem disse que este desgoverno não cria empregos?!!!

Mas "coitados" de alguns que têm um vencimento inferior a outros!!!

O ministro da economia resolveu esse problema; adjuntos, assessores/especialistas, todos a ganhar por igual uns "míseros" 5.069,33 euros!!!

Ainda não entendi bem para que serve esta gente ao Estado!!!

Serão moços de recados dos ministros ou ajudam-nos a colocar os suspensórios???!!!

22 de abril de 2013

Lilhelho, para cabelos mais hidratados


Lilhelho são raízes usadas em Moçambique para tratar os cabelos crespos.

Frescas ou secas, normalmente são colocadas em água morna ou fria e substituem shampoos e massagens à base de produtos químicos. Em Maputo, são facilmente encontradas em cabeleireiros afros.

Sapo MZ

O ovo colombiano (André Macedo)



Em Maputo, na Avenida Vladimir Lenine, vendem-se sapatos em segunda mão. Chegam de Portugal em contentores cheios até ao teto, cabe sempre mais um par. Antes de serem espalhados pelo chão, os sapatos passam por alguidares de água onde levam um banho de juventude arrancado a escova e à unha. No fim parecem quase novos - novos usados. O esforço compensa: os vendedores fazem negócio, os clientes saem contentes, ninguém se lembra de que aqueles sapatos já não serviam para nada de onde vieram. As relações entre portugueses e moçambicanos são um pouco assim. Fizeram milhares de quilómetros juntos, acomodaram-se, foram-se desgastando. Hoje procuram ganhar nova vida. No entanto, as promessas políticas raramente são cumpridas e a força das relações entre os dois países é apenas levemente aproveitada. Levaram meias solas, mas continuam mal amanhadas.

Lembrei-me de Moçambique porque estou por estes dias em Bogotá, na Colômbia, e anteontem ouvi Cavaco Silva falar da nossa relação com os países africanos lusófonos como forma de atrair o investimento latino-americano para Portugal. Foi conversa de Presidente para Presidente, de Cavaco para Juan (Manuel Santos), mas os jornalistas de Bogotá pegaram logo na frase porque não tinham olhado para o assunto desta maneira. Portugal e África na mesma frase é notícia, dá um bom título, torna-nos maiores, mais relevantes, mais interessantes. Portugal é, para os colombianos, uma ponte frágil para chegar à União Europeia (os espanhóis contam mais), mas vocês (nós), dizia-me um empresário daqui, podem ser bons sócios para chegarmos a esse continente. Há duas semanas, na visita que Paulo Portas fez à Índia, aconteceu o mesmo. Sempre que um português dizia que tinha negócios em África, os indianos esticavam os ouvidos. Portugal? Sim, sim, interessante. Portugal & África? Interessantíssimo!

Apesar de ser assim, apesar de ser evidente que Portugal tem muito a ganhar em aproximar-se convictamente de Moçambique e de Angola, mas também de Cabo Verde e São Tomé, o impulso político português nesta área é quase inexistente. Cavaco já incorporou a ideia africana nos discursos oficiais, mas ainda é uma tentativa envergonhada. Nas apresentações aos empresários estrangeiros gasta-se mais tempo a falar das maravilhas dos investimentos europeus em Portugal - como se precisássemos acima de tudo de provar que fazemos parte desse clube - do que a mostrar o que as empresas portuguesas estão a fazer em Angola e em Moçambique ou até o caminho inverso: o que estes países estão a conseguir em Portugal. Nos dois lados, nem tudo é bom, mas também nem tudo é mau. Há uma relação, há economia, é, portanto, o ovo de Colombo: difícil de lá chegar, mas depois maravilhosamente simples e óbvio.

Diário de Notícias, 18 abril 2013

O primeiro iPad... Eu tambem tive!


Não gastava energia nenhuma, nem sequer solar!

Não precisava de "pen": para escrever, até prego enferrujado servia!

Mesmo partida, qualquer um dos pedaços funcionava lindamente!

Quando me arrependia do que escrevia, bastava cuspir no "screen" e passar a mão para fazer um "reset" total!

E o melhor de tudo: A inteligência era tranferida do meu cérebro para o "device", não o contrário!

12 de abril de 2013

Que se lixe a economia (André Macedo)



Há surpreendentes notícias em Portugal. O Governo está convencido de que consegue cumprir à força a legislatura. Não interessa para onde vai e não lhe importa que só descubra inimigos por toda a parte. A lista é extensa. Consumidores, professores e outros funcionários públicos, militares, polícias e agora os juízes do Tribunal Constitucional. Mas também empresários - vários empresários e gestores -, padres, bispos. Na lista negra há ainda sociais-democratas, democratas-cristãos, reitores, bastonários, até certos ministros e secretários de Estado. Cá dentro, Passos e Gaspar já não confiam em ninguém: jovens, velhos, além do milhão de desempregados que deambula por aí.

11 de abril de 2013

A mamã dos batiques



É uma das senhoras mais famosas da FEIMA (Feira de Artesanato, Flores e Fastronomia de Maputo). Dona Felícia vende batiques produzidos por ela e pelos seus filhos. Longe da crise que assola o seu país, o Zimbabwe , considera-se feliz em Moçambique porque há paz e por poder vender os seus artigos artesanais.

Sapo MZ

Maphílua, o saboroso fruto que vem do Sul



Maphílua é um fruto típico da zona Sul de Moçambique. O sabor é um pouco azedo mas gostoso. Pode ser comido normalmente tirando as cascas ou fazer um delicioso sumo natural.

Sapo MZ

A raiva



Se nos abstrairmos das consequências das vagas de manipulação propagandística lançadas pelo governo em colaboração com o comissário europeu para os assuntos monetários e analisarmos aquilo que parece ser o actual memorando de entendimento com a troika que já não é mais do que um livro de recados da direita alemã à direita portuguesa, concluímos que há muitas mais semelhanças com o projecto de revisão constitucional de Passos Coelho do que com o memorando inicial.

Aquilo que não encontramos no projecto que Paulo Teixeira Pinto fez para Passos Coelho está nos papers do Gaspar. Passos Coelho defendia a destruição do Estado social com a redução do SNS ou do ensino público a serviços mínimos, enquanto Vítor Gaspar é defensor de um modelo económico assente na mão-de-obra barata o que vai de encontro ao modelo social imaginado por Passos Coelho. Portugal é um país pobre e a melhor forma de assegurar a sua competitividade é apostar nas vantagens comparativas resultantes da mão de obra barata e pouco qualificada.

Portugal: A crise, a austeridade e os tachos...



Despacho (extrato) n.º 4896/2013. D.R. n.º 70, Série II de 2013-04-10

Ministério dos Negócios Estrangeiros - Secretaria-Geral

Designação dos membros do Conselho Consultivo para o Investimento e Comércio Externo

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Secretaria-Geral

Despacho (extrato) n.º 4896/2013

1 — Por despacho do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, de 18 de março de 2013, nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 21.º do Decreto -Lei n.º 229/2012, que aprova os Estatutos da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, designada abreviadamente por AICEP, E. P. E., publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 208, de 26 de outubro, foi designado, sob proposta do Conselho de Administração desta Agência, como membros do Conselho Consultivo para o Investimento e Comércio Externo, as seguintes personalidades:

9 de abril de 2013

Cavaco Silva


Cavaco Silva não fez nada de mal hoje e o problema de Cavaco é precisamente esse, tolhido pelo medo Cavaco Silva já não sabe o que fazer. Só alguém que não está na posse de todas as suas capacidades intelectuais escreve prefácios atacando o e-líder do principal partido da oposição.

Depois da forma como mandou o OE para o Tribunal Constitucional Cavaco ficou com pouca manobra, com a forma como recebeu Passos no seu regaço em vez de chamar Seguro a Belém Cavaco passou a ser um dos problemas da equação. A verdade é que a crise política grave em que o país está entrando tem três causadores, Passos Coelho que se porta como um banana, Vítor Gaspar que é o verdeiro primeiro-ministro e ideólogo do governo e Cavaco Silva que é o pai deste governo.

Durante mais de um ano Cavaco deve ter-se divertido com o seu partido a gozar com o PS. Durante mais de um ano Cavaco nada fez para controlar os excessos de Passos Coelho e o extremismo de Gaspar. Durante mais de um ano Cavaco deu cobertura às mentiras económicas do governo. Agora tem um governo de iniciativa presidencial a desfazer-se e incapaz de enfrentar a crise. A direita queria uma maioria e um presidente e conseguiu-o, tem um governo incompetente e um presidente incapaz, é a crise perfeita.

Ao país já não basta um governo de salvação nacional, precisa também de um presidente de salvação nacional pois com este não vai lá.

O Jumento, 9 de Abril de 2013

A vingança



Com uma direita socialmente minoritária e uma direita liberal ou ultra liberal quase sem expressão eleitoral ou social não admira que as políticas de Passos Coelho sejam apresentadas como um castigo ou mesmo uma vingança contra os portugueses. Passos Coelho e Vítor Gaspar sabem que não vale a pena colocar as suas ideias a debate, a não ser em ambiente controlado, dentro de palacetes, com artistas convidados e onde a audiência está condicionada a um regulamento que lhe diz o que podem dizer ou fazer.

Se Passos Coelho já não representa ninguém muito menos as suas ideias ou o seu velho projecto de revisão constitucional representam, mas o ainda primeiro-ministro e agora uma espécie de quarto secretário do Palácio de Belém tem a chamada legitimidade política, conta com o apoio do que resta do partido, tem o apoio generalizado de uma direita que teme cada vez mais a reviravolta política inevitável e conta agora com o apoio do arrais deste bote à beira do naufrágio.

A direita tem o que sempre desejou ter, um primeiro-minsitro e um presidente, incompetentes mas tem. Aliás, tem muito mais, um contexto financeiro de crise que a direita sempre apreciou porque o pode tentar usar para governar em ditadura e um Durão Barroso em Bruxelas que não se cansa de dizer que o que o povo português sofre é merecido pois resulta das suas próprias culpas.

O País afunda-se (Francisco Moita Flores)



A decisão do Tribunal Constitucional veio confirmar o que já se suspeitava. Existem medidas orçamentais que ferem a Constituição. O executivo voltou a repetir erros do ano passado e sai muito coxo e derreado. O que se seguiu, nas homílias desesperadas e nas alegrias pelas vitórias, foi o repetir do triste carnaval em que mergulharam dirigentes políticos, preferindo arrastar-nos para o afundanço definitivo do País, a perder a paixão pelo lugar-comum e pelos projetos particulares. Já nem conseguem amargurar, por serem tão vulgares, as banalidades despejadas frente a microfones e câmaras. A deputada do PSD Teresa Coelho veio dizer que estava surpreendida com a decisão. Não se sabe porquê. Só se andou fora e não leu, nem ouviu o que foi dito por dezenas de constitucionalistas. E ameaçou logo com a receita do costume. Isto vai custar a subida de mais impostos.

António José Seguro foi príncipe. A sua declaração esvai-nos de tanto patriotismo. Solene, sem se rir, afirmou que estava pronto para governar. Não disse como, nem com que apoio. E acrescentou com a genialidade própria das frases redondas e sem sentido: quem fez o mal que o resolva! Ora aqui está o cerne da questão. Ele que é o herdeiro dos governos que nos levaram a esta tragédia, caso isto não fosse um circo, lá estaria a dar um passo em frente para ajudar. Mas não deu. A coragem quando é de palavras e não de atos é mera bazófia. Especialidade nacional cada vez mais apurada, a bazófia tornou-se produto nacional. É por isso que melhor se compreende a declaração eufórica de Jerónimo de Sousa. Para ele, a inconstitucionalidade dos quatros pontos do Orçamento não é produto da decisão de juízes, mas sim ‘da luta dos trabalhadores’.

Quando aqui se chega, já não há paciência para mais. O BE gritou outra vez que o governo tem que ir para a rua. O CDS mais uma vez escapou-se no habitual lugar-comum que o faz fugir pelos intervalos da chuva. Esta rapaziada tem soluções? Esta gente sabe o que fazer perante tão grandes problemas de que o País sofre? Tem o lugar-comum. A vulgaridade. A bazófia. E estão vazios de ideias. Começou a hora de pormos as boias de salvamento e prepararmo-nos para a tempestade final, para o afundanço final: sair do euro. A única solução contra a mediocridade antipatriótica em que estamos atolados.

Correio da Manhã, 7 de Abril de 2013

3 de abril de 2013

Tchurhi, a nova forma de lavar o cabelo em Maputo



Tchuhi é uma cadeira de madeira acompanhada de um lavatório de cabelo nada convencional. O movél é uma especialidade dos salões “Carapinha”, feitos para cuidar dos cabelos naturais e “dreadloks”.

Sapo MZ

A refundação fascista




Coincidência, ou talvez não, quis o destino que quase todos os países europeus mais envolvidos na crise europeia actual – Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e em parte a França – sejam precisamente os mesmos que no século passado protagonizaram o fascismo europeu. Até parece que estamos assistindo à reinvenção do fascismo europeu, no passado a capital do nacional-socialismo foi Nuremberga enquanto agora a capital desta refundação fascistas parece ser Frankfurt.

No passado o nacional-socialismo alemão, o fascismo italiano ou o Estado Novo de Salazar apresentava-se acima das classes sociais negando a luta entre estas em que assentava o marxismo, não se assumia de esquerda ou de direita, impunha a concertação entre patrões e empregados organizados de forma corporativa. A refundação do fascismo apresenta-se igualmente como uma solução que está acima da sociedade e ainda que nasça no domínio da economia deriva da aplicação às sociedades dos princípios dos cursos de gestão, os países deixaram de ser nações para passarem a ser empresas e como tal devem ser geridos.

Se Salazar afirmava o princípio de que a política é para os políticos os novos fascistas desprezam a política, consideram-na uma inutilidade prejudicial e que conduz a resultados negativos, a sociedade deve ser gerida de acordo com os princípios da gestão empresarial e os governantes devem ser Montis, designados pelas instituições financeiras, neste caso do BCE.

Para estes novos fascistas a política económica não visa o progresso e muito menos o bem-estar dos cidadãos que não passa de uma consequência possível caso a economia tenha excedentes. Para estes novos fascistas o ensino não visa o progresso mas unicamente a preparação da mão-de-obra, a saúde é um luxo para quem não é rico e deve ser comercializada de forma a tornar o seu acesso mais de acordo com os padrões de riqueza da sociedade e não resultando em aumentos de despesa pública.

Os novos fascistas demonstram um total desprezo pela condição humana digna do nacional nacionalismo, sugerem cinicamente aos despedidos de que deverão estar gratos a quem os despediu pois dessa forma tiveram um mundo de oportunidades, vingam-se dos antecessores destruindo tudo o que de bom possam ter feito, consideram a democracia um exercício de mentira.

Aquilo a que Portugal e a Europa está a assistir é à refundação do fascismo, agora sob a forma de uma ideologia onde os conceitos de sociedades são redefinidos à luz da gestão empresarial. Os povos dos países mal sucedidos são convertidos em povos inferiores e ciumentos governados por capatazes nomeados e apoiados pelos governantes dos regimes fascistas melhor sucedidos. Os novos Hitlers já não acenam com o Mein kampf, acenam com papers dos economistas do BCE, com os relatórios do FMI ou com as obras de Friedman ou Hayec.

Fonte: O Jumento, Terça-feira, Abril 02, 2013

Governo recruta dois especialistas de topo: Um com 21 e outro com 22 anos...

Governo recruta dois especialistas de topo para renegociar Memorando da Troika. Um com 21 e outro com 22 anos...

Podem ter o canudo... acabaram de sair da universidade...

Então onde está o Curriculum Vitae deles, a experiência, a formação profissional complementar, o desempenho, a responsabilidade, etc., que só se vai adquirindo ao longo dos anos???!!!
Especialistas em quê???!!!...

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