27 de abril de 2023

Lourenço Marques: Construção do Observatório Astronómico Campos Rodrigues (Ano de 1906)




Vice Almirante Campos Rodrigues


 Cronologia da vida e obra de Campos Rodrigues (Texto de Pedro Raposo)


1836 — Nasceu em Lisboa, a 9 de Agosto.

1851 — Assentou praça na companhia dos guardas-marinhas, como aspirante de 3ª classe, em 29 de Agosto.

1853 — Promovido a aspirante de 2ª classe, em 30 de Julho. Em 4 de Agosto, foi nomeado para uma viagem de instrução ao Mediterrâneo, na corveta Porto, que duraria até 7 de Outubro.

1854 — Concluiu o curso preparatório de Marinha na Escola Politécnica, em 20 de Fevereiro. Foi promovida a aspirante de 1ª classe, em 14 de Julho.

1855 — Concluiu o curso da Escola Naval, em 3 de Julho. Nomeado, em 11 de Julho, para fazer estação naval em Macau, a bordo do brigue Mondego, até 22 de Janeiro de 1860. A caminho de Macau, começou, juntamente com José Feliciano de Castilho, a elaborar um diário naútico em conformidade com as Cartas Meteorológicas de Matthews Fountaine Maury, superintendente do Observatório Naval de Washington.

1856 — Promovido a guarda-marinha em 4 de Outubro.

5 de abril de 2023

Portugal: Biografias do Cinema Colonial - Moçambique (1951-1975)

 



BIOGRAFIAS DO CINEMA COLONIAL: MOÇAMBIQUE (1951 - 1975)

Alexandre Ramos et Paulo Miguel Martins

Ao estudarem o cinema colonial português a partir dos cineastas que trabalharam em Moçambique, Alexandre Ramos e Paulo Miguel Martins trazem uma perspetiva inovadora sobre o cinema que foi feito nesta antiga colónia, dando "viva voz" aos próprios intervenientes em todo esse processo. Apresentam também um conjunto de fontes diversificadas para a investigação da atividade cinematográfica colonial portuguesa.

Prefácio

Ana Cardoso de Matos

1. Se é certo que vários trabalhos têm sido já publicados sobre o cinema colonial, a verdade é que o trabalho que nos apresentam Alexandre Ramos e Paulo Miguel Martins aborda de uma forma diferente este tema. Com efeito, ao fazerem um estudo sobre o cinema colonial português recolhendo, em parte, informação diretamente dos cineastas que trabalharam em Moçambique, os autores trazem-nos uma perspetiva inovadora sobre o cinema que foi feito nesta antiga colónia portuguesa.

2. A formação de historiador dos autores permite-lhes ter a perceção de que o contexto histórico da produção de cada filme, assim como o contexto de vida de cada cineasta, são fundamentais para uma apreensão mais completa e profunda dos conteúdos que são dados a ver ao espectador. E esses conteúdos podem constituir uma importante fonte histórica para o conhecimento das paisagens rurais e urbanas, da fauna, da flora, das grandes obras públicas ou das atividades agrícola e industriais, sobretudo se sujeitos a uma análise cruzada com outros recursos documentais, sejam eles os documentos escritos, os desenhos ou as fotografias.

3. O facto de os autores construírem a sua narrativa sobre o cinema moçambicano a partir da voz dos próprios autores, ou dos testemunhos de quem com eles conviveu, é outro elemento diferenciador do presente trabalho. Esta recolha permite-nos acompanhar a vida dos vários cineastas através de um relato que vai intercalando os testemunhos pessoais com as informações recolhidas na imprensa e, deste modo, foi produzido um texto interessante e de grande vivacidade. Assim se percebe que muitos daqueles cineastas tiveram carreiras profissionais que não se limitaram ao cinema e que a experiência adquirida noutras profissões ou atividades, como a prática jornalística ou radiofónica, o gosto pela fotografia ou pela pintura, foram seguramente experiências que contribuíram para a forma como captaram a realidade através da lente das suas máquinas de filmar.

4. Pela história das suas vidas ficamos a conhecer que muitos se iniciaram no cinema como amadores, fruto do gosto e da perseverança em capturar a imagem em movimento. Os filmes, os documentários, os cinejornais, as reportagens que realizaram, e que hoje se encontram em parte guardados no Arquivo Nacional de Imagens em Movimento da Cinemateca Portuguesa (ANIM) e no Arquivo Audiovisual da RTP, ajudam as gerações atuais a compreender um tempo histórico já desparecido e disponibilizam aos historiadores mais uma importante ferramenta para conhecerem e interpretarem um passado que nos é próximo.

5. A História do cinema realizado em Moçambique é composta também por histórias de vidas de homens que iniciaram “novos modos” de fazer cinema. Este é um livro que se lê com gosto e com o qual muito se aprende sobre este tema.

Autora

Ana Cardoso de Matos

Docente no Departamento de História da Universidade de Évora e membro integrado no Centro Interdisciplinar de História Culturas e Sociedades (CIDEHUS)


Consultar a Biografia Completa:

https://books.openedition.org/cidehus/20781