Portugueses e Portuguesas
Vimos mais uma vez assinalar esta importante data da restauração da independência de Portugal, num momento em que vergonhosamente o governo quer eliminar este feriado como que a querer perder o orgulho da independência pátria. Dirijo-vos as minhas palavras e os meus alertas no sentido de vos despertar e mobilizar contra os que tomaram o poder de assalto e estão a permitir e a compactuar o roubo que está a levar os portugueses à miséria.
A primeira analise que temos de fazer é entender as causas reais porque estes políticos colocaram o país de rastos e para isso temos de entender as necessidades básicas de um povo de um indivíduo para perceber a raiz dos problemas.
Todos nós precisamos diariamente de um tecto para nos abrigar, água potável, 3 refeições diárias e roupas. Logo de seguida vem as necessidades secundárias como a energia (electricidade, combustível para deslocações, etc.) os produtos de higiene, a educação, a saúde etc.
Como qualquer dona de casa sabe um orçamento familiar é prioritariamente dividido em renda de casa, alimentação, energia e são precisamente estes 3 itens os causadores da desgraça que se abate sobre as famílias porque os políticos querendo vampirizar o povo criaram legislação de forma a que os cidadãos e o país perdesse a sua autonomia e controlo destas áreas para as entregar a grandes multinacionais e privados gananciosos e sem escrúpulos.
No passado Portugal era um país com uma grande base rural e auto suficiência alimentar, o povo nas suas aldeias viveu ao longo de milhares de anos praticando a sua agricultura e pastorícia, cada jovem em idade de casar podia construir a sua habitação a partir dos materiais que encontrava no meio ambiente circundante e faziam-no com a ajuda de familiares e vizinhos num espírito de comunidade. Ninguém ia pedir dinheiro a bancos para comprar casa, quando muito recorriam a um familiar ou vizinho se precisassem de ajuda e saldavam a divida normalmente sem juros ou com juros baixos.
Estas pessoas eram perfeitamente capazes de viver em regime de auto-suficiência sem precisar de ninguém externo às suas comunidades.
No entanto nas cidades existiam uns iluminados, os políticos que nada produziam mas que conduziam por via legislativa e por imposição da força os povos rurais de formas de vida mais ou menos livres e auto suficientes para a escravatura em que nos encontramos actualmente.
Fizeram-no através de guerras onde para defender os interesses de elites abastadas iam buscar às aldeias homens e jovens válidos e trabalhadores para os enviar para a carnificina da guerra. Deixando milhares de mulheres com os filhos nos braços, famílias destroçadas os campos abandonados.
Criaram-se indústrias nas grandes cidades onde com a falsa ilusão de prosperidade os camponeses foram atraídos e iludidos pelo salário trocando a sua liberdade e auto-suficiência pela escravatura.
Invertendo através da linguagem os verdadeiros valores da vida, os políticos manipuladores conseguiram desenraizar os povos das fontes naturais de vida e de riqueza para confinarem as pessoas como gado em cidades que crescem em altura e em degradação ambiental onde milhões de pessoas se tornaram escravas do capitalismo selvagem, completamente dependentes dos produtos que esse sistema capitalista lhes vende.
Desta forma a riqueza alimentar, esse conhecimento dos povos adquirido ao longo de gerações foi-se perdendo para o culto de meia dúzia de alimentos que encontramos hoje nas prateleiras dos supermercados completamente carregados de agro-tóxicos, ou seja das dezenas de milhares de plantas e frutas comestíveis a maioria da população portuguesa hoje só conhece umas dúzias que são os disponibilizados pelas grandes companhias nos supermercados.
Da possibilidade de um jovem casal poder construir a sua casa com materiais da natureza com a ajuda de vizinhos, casas aliás mais duradoiras, seguras e ecológicas um conjunto de legislação obriga a que para terem uma casa de inferior qualidade tem de dar sustento a uma data de profissões (arquitectos, engenheiros, construtores, etc.) e recorrer a empréstimos bancários para uma vida de escravidão aos banqueiros.
Basta ver o caso de Lisboa onde prédios pombalinos construídos de forma tradicional de taipa com mais de 250 anos estão de pé e prédios de betão com algumas dezenas de anos completamente degradados.
E assim de desgraça em desgraça para enriquecimento duns poucos, são sacrificadas as vidas e as esperanças de milhões.
Esta mesma mentalidade dos políticos, que não passam de marionetas do grande capital começou a ser aplicada à gestão do estado e da nação! É pois nesta lógica que vemos surgir um desconhecido que foi dar um passeio a Aveiro, ascender a 1º ministro e a iniciar o círculo da destruição de Portugal, primeiro destruindo o sector primário, a agricultura e as pescas. Depois permitindo a destruição do tecido industrial, abrindo fronteiras a produtos chineses criando legislação que torna um inferno qualquer tentativa dum empresário/ investidor montar uma industria e finalmente entregando a privados sectores chave do estado como a EDP a GALP etc.
Por tanto se existe um responsável pela desgraça em que Portugal se encontra é esse antigo primeiro-ministro que hoje ocupa o Palácio de Belém. Esse coveiro da agricultura, das pescas e da indústria que nos dias de hoje vem com a maior desfaçatez dizer aos portugueses que é preciso cultivar as terras e produzir, assobiando para o lado na esperança que todos sofram de amnésia e não lhe apontem o dedo como principal responsável da destruição do tecido produtivo nacional.
O tempo que perdeu a arranjar perversas formas de liquidar a economia e as fontes de rendimento nacionais deveria ter fiscalizado os seus amigos e companheiros políticos, isso sim teria sido de grande préstimo à pátria. Dias Loureiro o homem dos helicópteros florestais, Duarte Lima, Oliveira e Costa, BPN etc. tudo gente do núcleo duro do cavaquismo. É caso para questionar de onde vieram os milhões das campanhas presidenciais?
Os outros que vieram depois deste destruidor só deram continuidade mais ou menos acelerada ao delapidar de Portugal!
Outro dos factores extremamente negativos para Portugal é a União Europeia. Sempre considerámos um erro histórico a entrada de Portugal na UE, pois tínhamos muito mais vantagem em fazer um bloco político-económico com os PALOP, não só pela nossa experiência e conhecimentos científicos e de diferente natureza dos povos e territórios em questão, como pelo facto de aproveitando a nossa localização geográfica podermos fazer de alguns portos portugueses a plataforma de entrada de matérias primas e produtos diversos dos PALOP para a Europa e até criar uma industria transformadora com base nas matérias primas dos PALOP, vendendo produtos já transformados para os mercados europeus.
O grande erro do sistema capitalistas e dos economistas que o defendem é basearem-se no princípio da produção ininterrupta ou seja a economia cresce porque há quem compre o que se produz, mesmo que o que compra não faça falta nenhuma é preciso é comprar o produto por mais absurdo que seja e para isso até se criam necessidades artificiais, (temos um exemplo recente das pulseiras que diziam curar todos os males, mas que afinal não serviam para nada a não ser espoliar as pessoas abusando da sua ingenuidade.) Quantas coisas não temos nas nossas casas que nunca usámos nem iremos usar, mas que comprámos? Montanhas!
Esta abordagem enferma de dois erros crassos o primeiro é que a economia não cresce para infinito, vivemos num Mundo que tem limites e o segundo erro é que os recursos são finitos e por esse motivo a natureza não aguenta nem é capaz de se regenerar à mesma velocidade com que está a ser destruída. Quando vemos uma árvore frondosa ser derrubada em 2 minutos na Amazónia, temos de pensar que uma árvore daquelas vai demorar 50 – 60 anos para ter o mesmo tamanho.
Quando vemos a terra ser esventrada para retirar minerais sabemos que chegará a um ponto que não há mais nada para retirar e isto leva-nos a uma conclusão obvia a humanidade só sobreviverá se regressar ás origens ou seja aos princípios básicos onde temos de rejeitar a globalização porque ela é anti natural. É uma aberração contra natura importar-mos laranjas de Israel para engordar os intermediários e os especuladores da bolsa (sim os produtos agrícolas são cotados em bolsa) quando as do Algarve ou de Torres Novas apodrecem nas árvores.
Estamos com esta prática a desperdiçar recursos, perder oportunidades de emprego e de gerar riqueza local.
O erro dos políticos e dos especuladores foi pensarem ser possível construir uma sociedade de valores artificiais, uma sociedade artificial não só de costas voltadas para a natureza como inimiga da própria natureza. E quem é capaz destes pensamentos só prova a sua brutal ignorância, estupidez e arrogância perante a força brutal da natureza que com meia dúzia de cataclismos facilmente se livra desta humanidade e se volta a reequilibrar.
Quero com isto dizer que não vos estou a propor o regresso às cavernas e ao uso de uma tanga de pele, mas quero sem dúvida alguma fazer-vos entender que para Portugal ou qualquer país sair da crise tem de voltar a um modelo de desenvolvimento sustentável de carácter ecológico com uma base de economia local, que do local se expande para o nacional e do nacional para o internacional quando as circunstancias o permitam.
O primeiro e fundamental ponto a recuperar é a auto suficiência alimentar e tal implica um novo olhar sobre a agricultura onde teremos de reunir massa cinzenta e pensar num sistema integrado de agricultura biológica, biodinâmica e permacultura onde com menos esforço menos investimento mas mais inteligência se possa gerar mais riqueza e mais alimentos. Sem querer abusar da vossa paciência permitam-me um exemplo simples.
Imagine-mos um proprietário com 100 hectares de terreno que se dedique à criação de vacas. No sistema actual sabemos que o encabeçamento é uma vaca por hectare, isto quer dizer que o dito proprietário poderia ter 100 vacas num sistema de bom pasto convencional mas em certas regiões onde o clima é mais seco sabemos que é preciso suplementar o pasto com rações e palhas compradas fora da propriedade.
Vamos imaginar para efeitos de raciocínio que esta propriedade é quadrada isto significa que a dita propriedade teria 1km x 1km de largura se o dito proprietário cultivar amoreiras ao longo da vedação à distancia de 4 m significa que pode plantar 1000 amoreiras cada uma dá cerca de 50 kg de folha com 23% de proteína estamos a falar de 50 toneladas de folha ano. Se o dito terreno estiver dividido em cercas de 10 hectares cada ou seja divisões de 100 m x 1000m vamos poder plantar mais 8000 metros de amoreira ou seja mais 2000 arvores o que significa mais 100 toneladas de folha ano. Neste momento já temos 150 toneladas de folha de amoreira que substituem a necessidade de cereal porque tem mais proteína que o cereal. 150 Toneladas a dividir por 100 vacas significa uma disponibilidade de alimento de 15 toneladas vaca/ ano ou seja cerca de 40 kg por dia vaca, muito mais do que a vaca pode comer, quase o dobro o que quer dizer que se pode duplicar o plantel. No espaço entre amoreiras podemos colocar figueiras da índia espaçadas de metro a metro. Cada cacto irá produzir em adulto cerca de 200 kg de fruto que depois de esmagado e prensado dá para alimentar por exemplo porcos que podem ser criados na mesma propriedade aumentando assim o rendimento do agricultor porque desta forma pode criar umas dezenas de porcos em liberdade. Quero com isto dizer que a dita propriedade se tornou auto suficiente e com este tipo de estratégia o país pode reduzir drasticamente as importações de cereais para rações poupando milhões de euros, como os rendimentos do agricultores sobem em flecha no momento em que se torna auto suficiente a custo quase zero e duplica ou triplica o seu efectivo ou seja a sua fonte de rendimentos com forte quebra nos custos de produção. As folhas da figueira-da-índia servem para alimentar as vacas também, cabras e ovelhas retirando os picos. Ou seja no mesmo espaço com menos dinheiro produzir muito mais, ser auto-suficiente! Claro que isto não se faz em 2 dias pois as arvores demoram tempo a crescer, por isso é que uma monarquia serve mais os interesses do povo, por vislumbrar e orientar os destinos da nação a longo prazo.
Este pequeno exemplo pode ser aplicado a todas as situações onde é preciso agir com inteligência e os saberes disponíveis. Há dezenas de situações e soluções inteligentes para cada problema, mas elas não podem ser entendidas por políticos medíocres que só olham para o próprio umbigo e que estão longe nos gabinetes em Lisboa ou Bruxelas.
É preciso sabedoria e sentido de estado, de pátria e também trabalho de continuidade. É preciso devolver a palavra aos cidadãos na gestão da coisa pública e isso faz-se através de uma descentralização do poder para as regiões e de uma profunda mudança institucional onde as assembleias municipais com participação popular possam votar e determinar o seu destino.
Da família para a freguesia, do município para o parlamento a vontade e as decisões que afectam toda a sociedade tem de vir da base pois só dessa forma como o está a provar a Islândia é possível recuperar e sair desta armadilha da Globalização e desta crise financeira que nada mais é que uma das maiores burlas da história praticada pelos detentores do dinheiro contra os povos e as gentes trabalhadoras.
Por falar em dinheiro chamo a vossa atenção que ao contrário do que vos querem fazer crer Portugal é um país rico que deve sair imediatamente da zona euro uma vez que tem reservas de ouro para poder emitir moeda própria. Pelo contrário países grande como os EUA, a Alemanha e a França não tem reservas de ouro que garantam a sua moeda. Os EUA desde 1938 que não tem reservas de ouro a França e a Alemanha no pós guerra foram obrigadas a fazer o deposito do seu ouro nos EUA que se recusou à sua devolução no caso da França tendo esta abandonado a Nato em forma de protesto e tendo o ouro da Alemanha desaparecido convenientemente nos ataques do 11 de Setembro.
Não é por acaso que vozes políticas alemãs querem que Portugal venda o ouro para pagar a divida, quando a divida em si é uma burla, pois só existe esta divida porque temos limites de emissão de moeda devido a estarmos na zona euro. Se sairmos do euro, o fluxo de dinheiro interno fica garantido, os ordenados garantidos e não dependemos de empréstimos e endividamentos que comprometem as gerações futuras e permitem o roubo das riquezas do país.
A nossa moeda fora do euro tem valor real porque está coberta pela garantia ouro e prata pelo contrário os euros, os dólares, etc. valem por uma questão de fé porque não passam de papel pintado sem base nenhuma que não seja as pessoas acreditarem na fábula.
Estes exemplos que ao de leve vou dando servem apenas de referência ao conjunto de saídas possíveis para o caminho da liberdade e da riqueza onde vos posso conduzir. Servem para que percebam que quando o primeiro-ministro vos rouba subsídios de Natal e férias o faz por manifesta incompetência de resolução dos problemas efectivos, porque não percebendo nada limita-se a obedecer aos ditames dos senhores do dinheiro que nada mais lhes interessa senão espoliar os povos de tudo e tornarem-se donos e senhores absolutos do Mundo.
O Presidente da República e o primeiro-ministro e toda a classe politica, salvo raras e honrosas excepções não percebem nada do que andam a fazer e a prova está no estado em que colocaram o povo português; Primeiro de tanga, agora sem tanga, sem casas, sem emprego já com centenas de milhar a viverem da caridade de familiares e instituições, tal qual nós anunciamos há anos como era evidente que as politicas desastrosas levariam a resultados desastrosos, não sejamos ingénuos o pior ainda está para vir!
A partir de Janeiro a manterem-se estas politicas a queda da economia portuguesa será brutal as empresas e famílias irão falir a um ritmo muito mais acelerado, se é verdade que os factores externos tem algum peso, também é verdade que o tem porque os políticos traindo o povo português destruíram tudo e entregaram partes de soberania em mãos estrangeiras, como seja o caso da emissão de moeda, politicas comuns como a agrícola que estão neste preciso momento por exemplo a liquidar as explorações de leite etc.
As minhas palavras que hoje são ocultadas pelos vendilhões que se apoderaram da comunicação social mas elas hão-de passar de boca a orelha via Internet e na devida altura o povo saberá que pode contar com a Casa Real Portuguesa que é o pilar fundador da nação e a ancora moral e institucional capaz de impedir o afundamento e desaparecimento de Portugal.
Só a Casa Real Portuguesa e o seu chefe, tem a autoridade moral para em nome do povo português e mandatados pelo povo criar as condições para o reerguer da nação.
É tempo de iniciar um trabalho de verdade, de politicas de verdade de soluções técnicas efectivas e verdadeiras para a resolução dos problemas, basta de andar a fingir que se trabalha, basta de andar a fingir que se resolvem problemas, vamos varrer esta classe politica que finge governar mas que apenas se governa e bem, vamos deitar mãos à obra para colocar Portugal no pedestal que merece!
Naquilo que depender de mim, Portugal vai-se cumprir!
Todos unidos pela pátria!
Viva Portugal, Vivam os portugueses!
D. Rosário XXII duque de Bragança
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