17 de fevereiro de 2013

Curto e grosso



Fernando Alves decidiu transformar o Viegas num herói porque mandou o fisco "tomar no cu". Independentemente dos argumentos a favor ou contra a lei, ou os moralismos invocados por Fernando Alves a verdade é que Francisco José Viegas não é um herói desta história como pretende o comentador da TSF. É antes o vilão cobarde.

Pessoalmente sou contra a lei mas poderei, em limite, vir a ser obrigado a abrir um processo contra um qualquer cidadão, e isso é possível porque o actual governo estendeu ao consumidor final uma regra que já existia para as empresas. Ora, uma alteração do código do IVA só é possível no parlamento ou por iniciativa do governo mediante uma autorização parlamentar, umas e outras costumam constar na lei do orçamento.

Ora, Francisco José Viegas participou em todo o processo de adopção da norma que agora usa para se armar em heróis e decidir quem deve tomar ou não no cu. Ele até pode invocar como argumento em seu favor que a norma é da competência das Finanças, mas isso só lhe ficaria mal, significaria falta de solidariedade com aqueles de quem foi par no governo, além de significar igualmente incompetência e ignorância. Todas as leis antes de irem a conselho de ministros são discutidas em reunião de chefes de gabinete de secretários de Estado, isto é, se o próprio Viegas não aprovou a norma alguém o fez em seu nome.

Assim, se alguém deve ir tomar no cu por causa desta norma é o Francisco José Viegas e os deputados da sua maioria e não os funcionários do fisco que aplicam as leis que o próprio Viegas ajudou a serem adoptadas.

Dar nas vistas

Já se percebe a atoarda do Viegas, foi para fazer fogo de artifício agora que regressa à direcção da revista Ler. Mas sera para dar nas vistas e fazer publicidade à revista não precisava de ofender tanta gente.

Sexta-feira, Fevereiro 15, 2013
O Jumento