Transcrição de parte do primeiro capítulo de um livro agora posto à venda em Portugal, e que data
"O irregular e promíscuo funcionamento dos poderes públicos é a causa primeira de todas as outras desordens que assolam o país.
Independentemente do valor dos homens e das suas intenções, os partidos, as facções e os grupos políticos supõem ser, por direito, os representantes da democracia. Exercendo de facto a soberania nacional, simultaneamente conspiram e criam entre si estranhas alianças de que apenas os beneficiários são os seus militantes mais activos.
A Presidência da República não tem força nem estabilidade.
O Parlamento oferece constantemente o espectáculo do desacordo, do tumulto, da incapacidade legislativa ou do obstrucionismo, escandalizando o país com o seu procedimento e, a inferior qualidade do seu trabalho.
Aos Ministérios falta coesão, autoridade e uma linha de rumo, não podendo assim governar, mesmo que alguns mais bem intencionados o pretendam fazer.
A Administração pública, incluindo as autarquias, em vez de representar a unidade, a acção progressiva do Estado e a vontade popular é um símbolo vivo da falta de colaboração geral, da irregularidade, da desorganização e do despesismo que gera, aré nos melhores espíritos o cepticismo, a indiferença e o pessimismo.
Directamente ligada a esta desordem instalada, a desordem financeira e económica agrava a desordem Política, num ciclo vicioso de males nacionais. Ambas as situações somadas conduziram fatalmente à corrupção generalizada que se instalou..."
O que acabaram de ler não é cópia de nenhum artigo do "Público", "Diário de Notícias", "Correio da Manhã", "Expresso" ou de qualquer revista.
Nem sequer é da minha autoria.
Contudo, é actual.
Li-o, gostei e aconselho-o!
Recebido por e-mail. Reencaminhe