Nada muda no Estado e os portugueses são cada vez mais castigados com maiores impostos e outras medidas calamitosas.
O Governo conseguirá, com a subida do IRS, cortar de facto os salários aos funcionários públicos.
E fará o mesmo aos trabalhadores do sector privado, com uma agravante trágica: provocará mais aumento do desemprego.
Governo e oposição partidária consolam-se a atirar as culpas para a troika. Entre ‘coladinhos’ e circunstancialmente distantes ou mesmo adversários, gera-se uma rede de impunidade. Como se não houvesse responsáveis por o Estado cair na mão dos credores.
A impunidade é o factor principal que afundou Portugal no já histórico ‘pântano’ de que Guterres fugiu e de que Barroso também se livrou, após clamar que o País estava de "tanga". A impunidade vai tão longe e revela-se tão cruel que Sócrates, último ex-chefe do desgoverno, é capaz de escapar ao assalto fiscal porque vive no estrangeiro e não recebe cá qualquer vencimento.
O actual safar-se-á graças às mordomias das consequências difíceis do assalto fiscal que ele próprio comanda.
João Vaz, Redactor Principal
Correio da Manhã, 07 de Outubro de 2012