O Jardim Tunduru, localizado no coração da cidade de Maputo, poderá mudar de rosto a partir de Janeiro do próximo ano como resultado de obras de reabilitação a arrancar por aquelas alturas.
Maputo, Sábado, 15 de Dezembro de 2012:: Notícias
Para o efeito, o Conselho Municipal lançou já o concurso para a selecção do empreiteiro a ser encarregue pelas obras e a ideia é que os trabalhos arranquem durante o primeiro mês do ano.
A necessidade de se avançar rapidamente na restauração do Tunduru, o maior jardim botânico do país e actualmente degradado, é visível no tempo estipulado para a submissão de propostas por parte dos empreiteiros, menos de 25 dias, ou seja desde 12 de Novembro a 4 de Dezembro.
João Munguambe, vereador municipal de Actividades Económicas, disse ontem ao nosso jornal que as obras serão em fases. Entretanto, não precisou as componentes do Tunduru a serem mexidas a partir de Janeiro próximo.
Há vários anos que aquele jardim reclama de melhorias e as movimentações da edilidade com vista à devolução do aspecto acolhedor do espaço são também antigas, havendo já um certo cepticismo nos munícipes quanto à implementação do projecto.
Em Junho, a autarquia garantiu estar a analisar os moldes em que a remodelação decorreria, havendo a possibilidade de executar os trabalhos de forma faseada.
O projecto executivo, que define as intervenções a serem feitas, foi elaborado pela Técnica-Engenheiros Consultores, Lda., há um ano, por 6.8 milhões de meticais, montante que inclui a fiscalização das obras.
A reabilitação do Tunduru será financiada pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a mineradora Vale Moçambique, numa parceria estabelecida com o município.
A previsão inicial era que as obras de restauro daquele espaço verde da capital arrancassem no ano passado, atraso que o vereador do pelouro justificou pelas alegadas “complicações” verificadas no decurso do processo.
Entre os constrangimentos registados, a nossa fonte apontou as mudanças na presidência da empresa dos Portos e Caminhos-de-Ferro, com a saída de Rui Fonseca e a entrada de Rosário Mualeia.
Construído em 1924, o Jardim Tunduru era um lugar fresco, acolhedor e bastante visitado devido à existência de uma grande variedade de espécies de árvores e preferido por muitos citadinos para o registo fotográfico de momentos especiais, como casamentos, entre outros, para além de visitas de estudos por parte de estudantes de várias instituições de ensino, sobretudo dos níveis primário e secundário.
No entanto, nos tempos que correm o jardim deixou de ser atractivo, apresentando-se bastante degradado e quase em estado de abandono.