Portugueses tombados em Angola serão honrados
Uma delegação chefiada pelo general Joaquim Rodrigues chegou no domingo a Luanda para dar continuidade a um trabalho iniciado em Maio deste ano, pelo ministro da Defesa de Portugal, João Gomes Cravinho, que visa honrar soldados portugueses que morreram em Angola entre 1961 a 1975.
O assunto foi hoje abordado entre Joaquim Rodrigues e o secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria de Angola, Domingos Tchikanha.
O presidente da Liga dos Combatentes de Portugal afirmou hoje, em Luanda, que tem o registo de 1.548 militares portugueses que morreram em Angola durante a guerra colonial, cujas memórias devem ser honradas. Citado pela Angop, referiu que o processo, que será feito em duas fases, compreende a localização, identificação, exumação, transporte, trasladação e deposição de restos mortais de combatentes portugueses falecidos na guerra para a independência de Angola.
Joaquim Rodrigues avançou que é um trabalho que vem sendo desenvolvido pela liga há 14 anos, com o objectivo de dignificar os lugares onde se encontram militares portugueses tombados ao serviço das Forças Armadas em todo o mundo.
A primeira fase do trabalho, avançou o responsável, inicia-se em Luanda, nos cemitérios do Alto das Cruzes e de Santa Ana, seguindo-se as regiões norte, centro, sul e leste.
O secretário de Estado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria de Angola, Domingos Tchikanha,referiu que uma comissão multissectorial trabalha na facilitação do processo, tendo salientado que neste primeiro encontro deve ficar já estabelecido um calendário de trabalho e os contactos com as empresas que vão proceder as obras das campas e outras questões.
Jornal de Angola, 8 de Julho 2019