Em 10 de Janeiro de 1498 Vasco da Gama aportou à Baía de Inhambane, que ficou para sempre assinalada como a TERRA DA BOA GENTE.
Em 1552 também aportaram a estas águas os sobreviventes do trágico naufrágio de Sepúlveda que iam a caminho de Sofala.
A povoação existente foi elevada a vila por carta régia de 9 de Maio de 1761 e a cidade por Portaria de 12 de Agosto de 1956.
A sua configuração é única no Sul da Província, porque a par de vetustos edifícios solarengos e de estreitas artérias, encontram-se construções modernas e largas avenidas arborizadas. Entre as construções mais importantes contam-se a residência do Governador do Distrito, a Direcção de Administração Civil, as Obras Públicas e os Paços do Concelho.
A cidade, sede de uma diocese, ocupa uma área de 200 hectares; as ruas têm uma extensão total que se aproxima dos 20 000 metros, mais de metade dos quais totalmente asfaltados. A população do Concelho de Inhambane era, pelo censo oficial de 1960, de 68 000 almas.
Na campanha contra o Gungunhana, Inhambane serviu de base à coluna do coronel Galhardo – campanha que resultou na pacificação do interior do Distrito. Também da cidade saiu Mouzinho com a sua cavalaria, a caminho da vitória e da glória em Coolela.
O porto cujas características e movimento, regista um movimento anual interessante de tonelagem de mercadorias movimentadas e de passageiros.
Inhambane possui longas tradições de assinalado portuguesismo; a sua história está estreitamente ligada à história da Província; os seus habitantes são trabalhadores e hospitaleiros. Porém, factores vários têm retardado o seu progresso em relação a outras cidades da Província. Fazemos votos para que nestes tempos mais próximos esse atraso seja recuperado e a simpática cidade ocupe o lugar que merece na comunidade moçambicana.
Fonte: Arquivo Pessoal