Grupos de países lusófonos participam em festival no Rio de Janeiro
Onze espectáculos teatrais de seis países lusófonos realizam-se no Rio de Janeiro a partir de quinta-feira e durante dez dias no Festival de Teatro da Língua Portuguesa (Festlip), que vai homenagear o escritor moçambicano Mia Couto.
Segundo a actriz e produtora Tânia Pires, uma das organizadoras do Festlip, esta segunda edição do festival já integra o calendário cultural carioca. “Estamos a aprimorar o festival, ele está a ser muito comentado tornando-se cada vez mais importante com uma grande repercussão”, disse à Lusa Tânia Pires, ao referir que mais de 500 grupos inscreveram-se para participar no certame.
Ao todo serão cerca de 80 profissionais de teatro de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal que se deslocam ao Brasil. “A surpresa esse ano será a vinda de um grupo de Teatro do Oprimido da Guiné-Bissau”, comenta Tânia Pires.
Cada país será representado por duas companhias, à excepção de Guiné-Bissau, que faz sua estreia no Festlip com uma montagem do Grupo do Teatro do Oprimido, criado no país pelo recém-falecido dramaturgo Augusto Boal.
A programação deste ano homenageia o escritor moçambicano Mia Couto, que fará uma palestra no próxima sexta-feira sobre a “Metamorfose da literatura para o teatro”.
“Mia Couto tem o lado de dramaturgo muito forte com um trabalho voltado para o teatro, fora os seus textos escritos. Ele usa o teatro como forma de expressão da literatura e é um fomentador do teatro em Moçambique”, disse a produtora brasileira.
Um dos destaques será o director português Miguel Seabra, do grupo Meridional, que promoverá uma oficina de três dias aos actores de língua portuguesa num evento paralelo à mostra teatral. “Miguel Seabra vai dar uma oficina para os actores que vão participar do festival. A intenção é de intercâmbio, pois ele vai trazer a sua experiência de Portugal. Serão oficinas teatrais para manter a convivência com actores de língua portuguesa”, destaca a organizadora.
O director português ainda pretende dirigir um espectáculo no Brasil com estreia prevista para o final do ano, cujo texto de língua portuguesa será escolhido ao longo do festival. A expectativa para este ano é de que cerca de 18 mil pessoas circulem pelos eventos culturais e assistam aos espectáculos teatrais, todos com entrada franca.
O segundo Festlip conta com apoio das embaixadas de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Portugal, Instituto Camões, Ministério da Cultura, Fundação Palmares e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
SAPO/Lusa, 01 de Julho de 2009
2 de julho de 2009
Grupos de países lusófonos participam em festival no Rio de Janeiro
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MOZ
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Poetas e Escritores de Moçambique