Charles Joseph Messier (1730-1817)
Muitos amadores de astronomia, depois da primeira iniciação, dedicam-se às observações do céu profundo, contemplando belos enxames de estrelas, abertos e globulares, as magníficas nebulosas e as galáxias. Muitos desses objectos têm um nome comum, mas é mais usual utilizar para muitos deles a letra "M" seguida de um número. Por exemplo M 11, M 31, M 45, M 57, etc. De onde vem a letra M? O que significa M22?
Charles Messier (1730-1817) foi um observador notável que se dedicou sobretudo à descoberta de cometas. Fazia as suas observações do alto da Torre do Hotel de Cluny, em Paris. Muitas vezes confundiu-se pensando que alguns objectos difusos, vistos através dos seus telescópios, eram cometas, quando na verdade eram nebulosas, enxames de estrelas e até galáxias. Para não se enganar mais e afastar futuras confusões, Messier decidiu catalogar os objectos que não sendo garantidamente cometas se podiam confundir com eles. Ironicamente, os objectos catalogados ganharam fama por si próprios. O "M" é pois uma abreviatura de Messier, seguida do número de catálogo.
Para além da evidência imediata das constelações, estende-se o reino dos objectos do céu profundo, que maravilham os observadores do mundo inteiro. Exige-se um céu escuro para os poder observar em todo o seu esplendor, mas muitos deles são visíveis com binóculos e alguns vêem-se a olho nu.
05 de Novembro de 2009