Tutankhamon: o rosto do Antigo Egipto
A 4 de Novembro de 1922, um dos homens da equipa liderada pelo arqueólogo britânico Howard Carter, que na altura estavam no vale dos Reis, Egipto, descobriu os primeiros degraus de acesso ao túmulo do faraó Tutankhamon. Carter era já um arqueólogo experiente, cujos métodos inovadores lhe tinham permitido outras descobertas importantes. Mas foi com a descoberta deste tesouro da antiguidade - o primeiro túmulo intacto de um faraó - que ficou para a história. Os tesouros deste faraó, de quem pouco se sabia, receberam grande atenção mediática. Ao fim de quase um século, a máscara de Tutankhamon continua a ser o rosto do Antigo Egipto.
Foram precisos vinte dias de escavações para que a equipa de Carter chegasse à porta do túmulo. À luz de uma vela, o arqueólogo pôde ver desde logo os objectos de ouro e marfim, nos seus lugares, intocados desde havia cerca de 3000 anos. Em Fevereiro de 1923, Carter abriu uma outra porta, selada, que levava à câmara funerária. Ali estava o sarcófago do rei - em ouro decorado, contendo a múmia de Tuntankhamon.
Os objectos retirados do túmulo têm percorrido o mundo em várias exposições, e atraem sempre multidões. Em 2005, o jovem rei voltou a estar no centro das atenções quando a revista "National Geographic" publicou, na capa, uma imagem que procurava reconstituir a aparência provável do rosto de Tutankhamon a partir de imagens computorizadas. Em 2007, a múmia esteve em exposição no seu túmulo, em Luxor.
Tutankhamon foi faraó dos 9 anos até aos 19, data em que morreu. Em 2005, uma tomografia computorizada à múmia permitiu identificar uma lesão na base do crânio. Este facto lançou a suspeita, não provada, de que o jovem rei possa ter sido assassinado. Uma questão sobre a qual os especialistas não estão de acordo.
04 de Novembro de 2009