10 de junho de 2009

Nelson Mandela: um dos maiores líderes políticos da história moderna


Nelson Mandela: um dos maiores líderes políticos da história moderna Nelson Rolihlahla Mandela (Qunu, 18 de Julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul (entre 1994 e 1999). Principal representante do movimento antiapartheid, como activista, sabotador e guerrilheiro. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prémio Lenin da Paz, que acabou por receber só em 2002. Actividade política Depois de a eleição de 1948 dar a vitória aos africanders do Partido Nacional, apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se membro activo do ANC, tomando parte no Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid. Comprometido de início apenas com actos não violentos, Mandela e os seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana disparou sobre manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do ANC e outros grupos antiapartheid. Mandela foi um dos maiores líderes políticos da história moderna. Prisão A 12 de Junho de 1964 foi condenado a prisão perpétua por planear acções armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o ANC (que viria a público em 10 de Junho de 1980) que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" Recusando trocar uma liberdade condicional pela recusa em incentivar a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do ANC e a pressão internacional conseguiram que fosse libertado a 11 de Fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O ANC também foi retirado da ilegalidade. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da paz em 1993 Presidência do ANC e presidência da África do Sul Como presidente do ANC (de Julho de 1991 a Dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de Maio de 1994 a Junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no governo, o apartheid, ganhando respeito internacional pela sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Alguns radicais ficaram desapontados com os rumos de seu governo, entretanto; particularmente na ineficácia do governo em conter a crise de disseminação da SIDA. Casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano e aliado do ANC. Em 1993, com de Klerk, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em Maio de 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeira eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de outras linhas políticas. Afastamento da política Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Isabel II, e a Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush. Sapo MZ, 13 de Maio de 2009