Os 60 anos da República Popular da China
O colorido, o rigor e a dimensão espectacular das comemorações dos 60 anos da proclamação da República Popular da China não espantam aqueles que assistiram à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. O orquestrador do espectáculo, aliás, foi o mesmo - Zhang Yimou. Para hoje à noite está ainda prometido um fogo de artifício que promete ofuscar o das olimpíadas.
Durante o dia, o desfile afirmou-se como manifestação do orgulho nacional pelas conquistas dos últimos 60 anos. Em Pequim, 200 mil figurantes, mais de 8000 soldados, e ainda tanques, mísseis e aviões, encheram a praça de Tiananmem. A mesma onde, a 1 de Outubro de 1949, Mao Tse Tung proclamou oficialmente a República Popular da China, com promessas de trabalho, democracia e liberdade de expressão, para tirar da miséria o povo chinês e dar-lhe dignidade, libertando-o da influência estrangeira. Na conferência que precedeu a proclamação, Mao defendeu o sistema de ditadura democrática como garantia para as conquistas da revolução popular. Inaugurava-se, dizia, uma nova era: a da China como nação altamente civilizada.
Em Pequim, as comemorações deste 60º aniversário estiveram rodeadas de fortes medidas de segurança, por receio sobretudo de ataques dos uigures, dos separatistas tibetanos e da Falun Gong (movimento de inspiração budista). No Tibete, as forças de segurança intervieram para reprimir manifestantes. Em Hong Kong, vários activistas iniciaram uma greve de fome de 60 horas em protesto contra os 60 anos de governo do Partido Comunista Chinês, que acusam de autoritarismo, repressão da liberdade de expressão e violação de direitos humanos.
01 de Outubro de 2009
2 de outubro de 2009
Os 60 anos da República Popular da China
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MOZ
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