Da tradição para o design. Nos motivos impressos nos panos africanos conta-se a história de um continente
Pegamos numa revista de moda e vemos Anna Wintour, a célebre diretora da “Vogue” norte-americana, com o seu eterno corte de cabelo carré (com franja e corte direito a meio do pescoço) e os óculos escuros da praxe, enfiada numa gabardina com desenhos africanos... Anna Wintour vestida com um corte de capulana? A imagem causa impacto suficiente para seguirmos as pistas ditadas pelas inúmeras tendências de moda e constatarmos que nos últimos anos as inspirações captadas no movimento Black Power continuam. Ciclicamente, o african style ganha fôlego e rompe. E, de repente, os padrões dos panos africanos, inconfundíveis e exuberantes, são apropriados pelos estilistas e surgem impressos nos vestidos dos desfiles internacionais, brilhando sumptuosos nos corpos das manequins.