20 de novembro de 2016

Ninguém Nasce Corrupto (Escrito por Rafael Marques de Morais)



Quando recebi o convite da Associação Moçambicana de Juízes para falar no Seminário sobre “Corrupção e Justiça Criminal – A eficácia e garantia da justiça criminal no tratamento da corrupção”, julguei tratar-se de algum engano, ou mesmo de uma armadilha. Até hoje, a minha relação com juízes tem-se limitado a processos de julgamento e a condenações, precisamente pelo facto de eu denunciar actos de corrupção e as consequentes violações dos direitos humanos.

@Verdade EDITORIAL: Abutres humanos




Pode parece que estamos a caricaturar mas, infelizmente, é nisto que somos bons neste país:

empregar sobrinhos, amantes e cunhados, esvaziar os cofres do Estado e ampliar os patrimónios pessoais à custa do dinheiro do povo. Como consequência disso, hoje o país caminha a passos largos para uma situação insustentável. Tudo indica que o pior está por vir. Porém, o mais revoltante nessa história é saber o rumo que dado ao dinheiro que nós é descontado todos os santos mês, após jornadas duras de trabalho.

Portugal - A Leitura e a Escrita Iniciais


Angola: Imagens de Luanda

6 de novembro de 2016

Moçambique: Pérola sem brilho (Celso Filipe)


Há dois anos, o futuro de Moçambique era pintado com cores promissoras, sobretudo por causa da descoberta de enormes reservas de gás natural. Hoje, o país vive um clima de incerteza por causa da guerra e da dívida oculta.

Na Praça dos Trabalhadores, morada da estação de caminhos-de-ferro de Maputo, um polícia repara no turista que, do interior de uma carrinha "pick-up", tira fotografias a um dos edifícios mais emblemáticos da capital moçambicana. Com um gesto curto, ordena que a viatura encoste. De seguida, encaminha-se vagarosamente e, pela janela entretanto aberta, pede os documentos. Fala com docilidade para o condutor, num tom de reprimenda professoral.

Quando Spínola quis invadir Portugal com ajuda do Brasil (Manuel Carvalho)


Em vésperas do Verão Quente, António de Spínola está exilado no Brasil e sonha com um regresso à frente de um exército invasor para expulsar os comunistas do poder. Numa reunião secreta com altas patentes do Serviço Nacional de Informações, no Rio de Janeiro, pede ao Brasil ajuda para preparar as suas tropas a tempo da invasão prevista para Dezembro de 1975. Ernesto Geisel, o general que mandava no Brasil, cortou-lhe as asas do sonho. Foi a primeira de uma série de derrotas que acabou com o “escândalo Wallraff”. Memórias de um tempo em que Portugal parecia um filme de James Bond.

Toda a Verdade Sobre o "Angoche": O "Caso Angoche", 45 anos depois



Foi graças a O DIABO que o “caso Angoche” não caiu no esquecimento. Uma série de reportagens publicadas no jornal de Vera Lagoa levantou a ponta do véu sobre uma tragédia da guerra de África, ignorada ostensivamente pelos sucessivos governos posteriores ao golpe militar de Abril de 1974. Hoje, a memória dos tripulantes do navio mercante português continua a exigir uma reparação histórica. 

Angola: Huambo em imagens


Angola: Bengo em imagens


Angola: Imagens Antigas de Benguela

1 de novembro de 2016

Investigador realça acção da Igreja Católica na independência de Moçambique



Um investigador da California State University, nos Estados Unidos, realçou quinta-feira, em Coimbra, Portugal, que a Igreja Católica defendeu os direitos dos povos de Moçambique.

Através de alguns dos bispos que nomeou para o território, na costa oriental de África, o Vaticano assumiu “um jogo crítico” da permanência das tropas portuguesa em Moçambique, acabando por apoiar a luta de libertação protagonizada pela Frelimo, disse Mustafah Dhada.

O professor universitário, que investiga há várias décadas as lutas de guerrilha e os processos de emancipação política das antigas colónias de Portugal no continente africano, falava à agência Lusa após ter participado no colóquio internacional “Quarenta anos de independência de Moçambique: que futuro para o passado?”.

Frelimo considera "tristes e lamentáveis" declarações de Dhlakama sobre independência



A Frelimo, partido no poder, classificou como "tristes e lamentáveis" as declarações do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de que a maior força política de oposição nunca foi contra a independência do país.

"É triste e lamentável que depois de tantas atrocidades e destruição das conquistas da independência, a Renamo e o seu líder apareçam agora em público a dizer que este partido nunca esteve contra a independência", disse o porta-voz da Frelimo, Damião José, citado na passada quarta-feira no diário Notícias.

Branqueamento da história exclui lutadores pela independência de Moçambique, diz Daviz Simango



O presidente do MDM, Daviz Simango, considerou esta quinta-feira que o país cometeu “erros graves” com o branqueamento da sua história, reescrita segundo a agenda do Governo, e defendeu a “inclusão de heróis” com títulos “negados”.

Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, Daviz Simango disse que a classificação de moçambicanos, como "reacionários, contra reacionários e traidores", excluiu muitos que lutaram pela independência do panteão de heróis nacionais, considerando tratar-se de “uma ação discriminatória que divide os moçambicanos”, que se torna num travão real aos esforços para a reconciliação.

40 anos de independência: O homem que confinou a tropa colonial



“O velho anda muito. Estava aqui mas desapareceu. Talvez (seja melhor) ir ver na sede dos antigos combatentes”.

Foi assim que uma das netas (do velho) nos respondeu quando chegámos à casa de Luís Miguel Magunga, um nome que trazíamos na manga para a reportagem que pretendíamos com heróis vivos, cuja participação no processo de libertação do país não se põe em causa e que nunca havia dado a voz em público.

Fomos ao centro dos combatentes e não o encontrámos. Afinal estava no centro de mutilados de guerra, na companhia dos seus camaradas, alguns dos quais sem os seus membros em consequência dos horrores da guerra de libertação.

Moçambique: O Parque Nacional da Gorongosa (1965)



É o mais povoado de toda a África e constitui um valioso elemento de valorização no cartaz turístico de Moçambique

O cuidado posto na protecção às espécies existentes fez com que fossem criados em Moçambique, sob a jurisdição dos Serviços de Veterinária, um Parque Nacional e quatro reservas de caça onde, embora o visitante não possa caçar, encontra motivos de extraordinário interesse. As reservas são: a dos tandos de Marromeu (distrito de Manica e Sofala) a do Gilé (Zambézia); a reserva parcial do Niassa (abrangendo parte da área de Vila Cabral e da Circunscrição de Marrupa) e a reserva dos elefantes no Maputo (próximo de Lourenço Marques).

Moçambique: Campanha Contra a Corrupção