É o mais povoado de
toda a África e constitui um valioso elemento de valorização no cartaz
turístico de Moçambique
O cuidado posto na
protecção às espécies existentes fez com que fossem criados em Moçambique, sob
a jurisdição dos Serviços de Veterinária, um Parque Nacional e quatro reservas
de caça onde, embora o visitante não possa caçar, encontra motivos de
extraordinário interesse. As reservas são: a dos tandos de Marromeu (distrito
de Manica e Sofala) a do Gilé (Zambézia); a reserva parcial do Niassa
(abrangendo parte da área de Vila Cabral e da Circunscrição de Marrupa) e a
reserva dos elefantes no Maputo (próximo de Lourenço Marques).
O Parque Nacional da
Gorongosa está situado no distrito de Manica e Sofala, próximo da estrada
internacional Beira-Umtali. Dispõe, portanto, de uma fácil via de acesso. Da
Beira ao Acampamento do Chitengo (já no Parque) são cerca de 156 quilómetros,
dos quais cem percorridos em estrada asfaltada. Existe no Parque um aeródromo
muito utilizado por aviões ligeiros. A época turística estende-se de 1 de Maio
a 31 de Outubro ainda que as datas exactas dependem das chuvas.
O Parque é
atravessado por uma rede de picadas que, no seu percurso, permitem ao visitante
deparar com os mais inesperados contrastes: zona de floresta, planície a perder
de vista, lagoas e um rio: o Urema. Por toda a parte se encontram, com a maior
abundância leões, antílopes, zebras, javalis, elefantes, búfalos, bois-cavalos,
em quantidades tão grandes e num habitat de tal forma preservado que bem
justifica o título de “Melhor Parque de África”, várias vezes atribuído à
Gorongosa. No tando (planície) da Gorongosa poderá observar-se a maior
concentração de animais bravios de todo o mundo: 12 a 15 mil animais,
permanentemente reunidos, poderão ser admirados num relance pelo turista
deslumbrado.
A sede do Parque da
Gorongosa – Acampamento do Chitengo, situa-se num local muito aprazível, com um
agradável restaurante, amplo, arejado, óptimo serviço de bar, num avarandado
coberto, entre canteiros de verdura. Há cabinas para dormitórios, distribuídos
por larga área ajardinada com os seus recantos pitorescos e caramanchões. As
casas têm forma circular (rondáveis) à moda das palhotas dos indígenas… com
todo o conforto moderno: cada uma com dois quartos e um banheiro, os quais
ocupam dois sectores do círculo, constituindo o terceiro uma varanda aberta,
cimentada, acessível de dois lados por três largos degraus. Há quartos simples,
de luxo e ainda quatro casas tipo “bungalow”. Todos os quartos estão providos
de água corrente e electricidade. Existe no acampamento serviço postal e
telefónico. Enfim, o Acampamento dispõe de todos os benefícios da civilização.
O conjunto apresenta um aspecto bastante gracioso e extremamente acolhedor.
O Acampamento está
quase sempre lotado, especialmente, por estrangeiros, nomeadamente da África do
Sul e Rodésia. E todos são unânimes em afirmar que o Parque da Gorongosa
proporciona um espectáculo emocionante e inesquecível.
A quarenta
quilómetros deste acampamento foi muito recentemente autorizada a abertura de
outro: O da Bela Vista, formado por quatro edifícios de quatro quartos cada e
dispondo de facilidades para os visitantes, entre as quais, cozinhas ao ar
livre, loja para aquisição de géneros de primeira necessidade, e “snack-bar”.
Está portanto de
parabéns a Agência de Viagens e Turismo, Ldaª, firma concessionária do Parque,
que tem colaborado em todos os melhoramentos que aí têm sido efectuados
contribuindo para o tornar mais acessível e agradável aos seus visitantes.
E não há dúvida de
que o Parque da Gorongosa, juntamente com o Arquipélago do Bazaruto (Paradise
Islands) constituem actualmente os dois maiores cartazes internacionais do
turismo em Moçambique.
Fonte: Arquivo
Pessoal