31 de agosto de 2019

Moçambique: Recordar Setembro de 1974 (Nuno Alves Caetano)



O 7 de Setembro em Moçambique serviu de balão de ensaio aos comunistas – com o apoio dos socialistas – para a estratégia de tomada do poder em Portugal. Por outro lado, alertou as mentes mais lúcidas e menos extremistas quanto à necessidade de colocar um travão na escalada marxista posta em marcha. Nesse sentido, esteve na génese da Manifestação de apoio ao Presidente da República, Gen. António de Spínola, mais tarde denominada “Maioria Silenciosa” e agendada para o dia 28 de Setembro.

Do lado marxista, alcançado o êxito pretendido em Moçambique, e obtida a certeza dos apoios necessários à continuidade do esquema, nomeadamente da parte de Costa Gomes, desde logo se iniciaram as diligências necessárias para fazer abortar a manifestação de carácter apolítico mas de forte tendência nacionalista.

A Tragédia Esquecida da Descolonização


A memória do abandono das províncias ultramarinas continua dolorosamente presente. O drama dos “retornados” é uma ferida que a III República não conseguiu sarar. Falta ainda que se faça justiça: para as centenas de milhar de inocentes cujas vidas foram arruinadas e para os responsáveis pela tragédia africana de 1975.

Os manuais de História tratam o tema como encerrado, mas as perguntas incómodas mantêm a sua pertinência. Com que direito os militares portugueses do MFA entregaram Angola e Moçambique a partidos aliados da (hoje extinta) União Soviética? Por que razão os povos das províncias ultramarinas nunca tiveram o direito de se pronunciar sobre o seu destino? A crise dos refugiados, vulgo “retornados”, era inevitável?

Portugal: Império Colonial Português (1940)


Anúncios Antigos de Moçambique (1960)


Angola: Batuque (1940)


Lendas da África Portuguesa (1940)


Anúncios Antigos de Angola (1960)


Anúncios Antigos de Angola (1930)


Anúncios Antigos de São Tomé e Príncipe (1960)