O 7 de Setembro em Moçambique serviu de balão de ensaio aos comunistas – com o apoio dos socialistas – para a estratégia de tomada do poder em Portugal. Por outro lado, alertou as mentes mais lúcidas e menos extremistas quanto à necessidade de colocar um travão na escalada marxista posta em marcha. Nesse sentido, esteve na génese da Manifestação de apoio ao Presidente da República, Gen. António de Spínola, mais tarde denominada “Maioria Silenciosa” e agendada para o dia 28 de Setembro.
Do lado marxista, alcançado o êxito pretendido em Moçambique, e obtida a certeza dos apoios necessários à continuidade do esquema, nomeadamente da parte de Costa Gomes, desde logo se iniciaram as diligências necessárias para fazer abortar a manifestação de carácter apolítico mas de forte tendência nacionalista.