31 de dezembro de 2012

O feriado nacional da matança dos colonos brancos em Angola (Paulo Gaião)


Militares portugueses do Esquadrão dos Dragões participaram num massacre em Angola que envolveu violência extrema e decapitação dos corpos, revela o livro "O império colonial em questão" de António Araújo (edições 70), que ontem o jornal Público divulgou.

Foi uma matança hedionda. Aconteceu a 27 de Abril de 1961 e foi uma acção de vingança pelo massacre de 15 de Março de centenas de colonos brancos pela UPA no norte de Angola.

Este massacre dos colonos é, naturalmente, tão hediondo como o anterior. Homens, mulheres, crianças foram mortos, esventrados, decapitados, queimados.

Está por fazer a catarse dos crimes praticados durante a guerra colonial. Estes são conhecidos mas não foram assimilados pela população portuguesa, não entraram na consciência colectiva.

Esta realidade tem muito a ver com a forma como é ainda vista a luta de libertação e o colonialismo, dentro dos códigos do politicamente correcto e da ideologia dominante da esquerda.

Na luta de libertação, tudo foram feitos heróicos.

No colonialismo e na guerra colonial, tudo foi opressão e chacina.

A catarse da descolonização também está por fazer, sobretudo em relação a Angola.

Como fomos incapazes de defender os nossos interesses minímos e a que papéis nos prestámos durante o período de transição, até à independência de Angola a 11 de Novembro.

Há um decreto pouco conhecido que traduz bem o que é o nosso nó na garganta no processo de independência de Angola, em relação ao qual nunca fizemos a expiação.

A lei é assinada pelo Alto Comissário de Angola Silva Cardoso em 3 de Fevereiro de 1975, no quadro do Governo de Transição do território ainda português.

Decreta que o dia da matança das centenas de colonos brancos a 15 de Março de 1961 passa a ser feriado nacional:

"Considerando que é dever do Governo de Transição de Angola exaltar os feitos primordiais levados a cabo durante a luta de libertação nacional pelos três movimentos de libertação, a FNLA, o MPLA e a UNITA; tendo em consideração o significado histórico na luta de libertaçãonacional de Angola, as datas: 4 de Fevereiro de 1961, ataque às prisões de Luanda, dirigido pelo MPLA; 15 de Março de 1961, ataque generalizado no Norte de Angola dirigido pela UPA(FNLA); 25 de Dezembro de 1966, ataque a Teixeira de Sousa, dirigido pela UNITA. Usandoda faculdade conferida pelos Capítulos II e III do Acordo de Alvor, o Governo de Transição decreta e eu promulgo, o seguinte: Artigo único - Os dias 4 de Fevereiro, 15 de Março e 25 de Dezembro são considerados feriados, em todo o território nacional, tendo os trabalhadores direito ao seu salário. Aprovado em Conselho de Ministros- Johnny Eduardo, Lopo do Nascimento e José N'Dele. O Alto Comissário, General Silva Cardoso"

Paulo Gaião

Expresso, 17 de dezembro de 2012

Diferença entre assessor e coveiro

DIFERENÇA ENTRE ASSESSOR e COVEIRO

AONDE ISTO CHEGOU...!!!

DIFERENÇA ENTRE ASSESSOR e COVEIRO

Assessor Vs. coveiro

EXEMPLO 1

Ora atentem lá nesta coisa vinda no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro:

No aviso nº ---- (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.

Para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à roda de 3500 euros).

Na alínea 7:... "Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na

"... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."

EXEMPLO 2

Já no aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 450 EUR mensais.

Método de selecção:

Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.

A prova consiste no seguinte:

1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;

2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;

3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.

4. - Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.

5. -Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.

6. - Os cemitérios fornecem documentação para estudo.

Para rematar, se o candidato tiver:

- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;

- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;

- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.

7. - No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.

ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 450? MENSAIS!

Enquanto o outro, com 3.500? só precisa de uma cunha...!!!

Vale a pena dizer mais alguma coisa...?!

Moralidade... precisa-se com urgência!

Por estas e por outras, é que em Portugal existem Coveiros Cultos e Assessores de m****.

Recebido por e-mail

16 de dezembro de 2012

Maputo: Jardim Tunduru em obras a partir de Janeiro de 2013



O Jardim Tunduru, localizado no coração da cidade de Maputo, poderá mudar de rosto a partir de Janeiro do próximo ano como resultado de obras de reabilitação a arrancar por aquelas alturas.

Maputo, Sábado, 15 de Dezembro de 2012:: Notícias

Para o efeito, o Conselho Municipal lançou já o concurso para a selecção do empreiteiro a ser encarregue pelas obras e a ideia é que os trabalhos arranquem durante o primeiro mês do ano.


A necessidade de se avançar rapidamente na restauração do Tunduru, o maior jardim botânico do país e actualmente degradado, é visível no tempo estipulado para a submissão de propostas por parte dos empreiteiros, menos de 25 dias, ou seja desde 12 de Novembro a 4 de Dezembro.

Morte de Samora Machel: Procuradoria confirma presença na investigação



A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou ontem, em Maputo, que as autoridades nacionais participam nas novas investigações sobre a morte do primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Machel, bem como a existência de novos dados sobre o despenhamento do avião (Tupolev) que vitimou, a 19 de Outubro de 1986, o estadista e outros 33 acompanhantes nas colinas de Mbuzini, África do Sul.

Maputo, Sábado, 15 de Dezembro de 2012:: Notícias

Em entrevista à Televisão de Moçambique (TVM), Ângelo Matusse, Procurador-Geral Adjunto, disse, porém, não poder entrar em detalhes por se estar a meio de uma investigação confiada a uma comissão mista composta por técnicos moçambicanos e sul-africanos.

15 de dezembro de 2012

Turismo na Região de João Belo (Ano 1965)



Para quem viaja por estrada, a cerca de 188 quilómetros de Lourenço Marques fica o primeiro centro de veraneio, S. Martinho do Bilene que hoje, graças a ousadas iniciativas, já constitui uma estância de turismo com projecção internacional. O seu grande atractivo é uma longa praia formada pela Lagoa Uembje, de água salgada, com cerca de 25 quilómetros, que está ligada ao Índico por um canal.

A praia é baixa, sem o mínimo perigo para as crianças. O peixe que abunda nas suas águas leva os pescadores desportivos a atraentes jornadas de barco pela calma lagoa. Nos últimos anos foram construídas no Bilene muitas moradias para férias de residentes na capital de Moçambique. Os CTT, considerando as características da praia, ergueram uma “colónia de férias” que serve os filhos dos seus funcionários de todos os pontos da Província, em turnos que funcionam a partir do encerramento das aulas. Os Caminhos de Ferro de Moçambique, através do Clube Ferroviário, também dispõem de um conjunto de moradias, hangar de barcos de recreio e um restaurante.

Distrito de Gaza (Ano 1965)


Gaza foi elevada à categoria de Distrito Militar após a Campanha de Pacificação em 1895, que pôs cobro às incursões das hordas que, vindas do exterior, escravizavam e aterorizavam as populações locais.

Em 1907, a região foi incorporada no Distrito de Lourenço Marques. Em 1918, foi definida como Distrito Civil, voltando a ser integrada no Distrito de Lourenço Marques em 1928. Pelo Decreto 35 733 de 4 de Julho de 1946 voltou a ser criado o Distrito de Gaza, englobando as seguintes áreas: Alto Limpopo, Bilene, Chibuto, Gaza, Guijá, Magude, Muchopes e Sabié. Em 1954, era estabelecido pelo Decreto nº 39 858, de 20 de Outubro, o Governo do Distrito com sede na Cidade de João Belo. Assim, o Distrito de Gaza tem hoje uma área de 82 937 quilómetros quadrados e a seguinte divisão administrativa: Baixo Limpopo, Bilene, Chibuto, Gaza e Muchopes; Circunscrições: Guijá, Limpopo e Magude.

As Mãos dos Pretos (Luís Bernardo Honwana)



Já nem sei a que propósito é que isso vinha, mas o Senhor Professor disse um dia que as palmas das mãos dos pretos são mais claras do que o resto do corpo porque ainda há poucos séculos os avós deles andavam com elas apoiadas ao chão, como os bichos do mato, sem as exporem ao sol, que lhes ia escurecendo o resto do corpo.

Maputo, Quarta-Feira, 5 de Setembro de 2012:: Notícias

Lembrei-me disso quando o Senhor Padre, depois de dizer na catequese que nós não prestávamos mesmo para nada e que até os pretos eram melhores do que nós, voltou a falar nisso de as mãos deles serem mais claras, dizendo que isso era assim porque eles, às escondidas, andavam sempre de mãos postas, a rezar.

24 de novembro de 2012

Presidente Guebuza recebeu as campeãs africanas em basquetebol em feminino



Presidente Guebuza posa na fotografia durante a cerimonia de saudação a equipa de basquetebol feminino da Liga Muçulmana que se sangrou campeã africana no corrente ano de 2012.

Crime no Grande Maputo

Inhambane - Munícipes chamam a si atribuição de nomes das ruas

Novos bairros residenciais em Inhambane - Munícipes chamam a si atribuição de nomes das ruas

Os munícipes da cidade de Inhambane, que paulatinamente procuram evadir-se da cidade de cimento, indo criar novos bairros de construções modernas, chamam a si a responsabilidade de atribuir nomes às ruas e picadas que abrem para o acesso às suas residências.

Maputo, Sábado, 24 de Novembro de 2012:: Notícias

Por regra, a responsabilidade de atribuir nomes às ruas nas cidades municipais é das autoridades àquele nível. Todavia, segundo soube a nossa Reportagem, uma vez que o município não o faz, os residentes dos novos bairros habitacionais na cidade de Inhambane acharam por bem preencher essa falha, atribuindo eles próprios nomes às ruas das suas zonas, ante a passividade de quem de direito.


Malembuane, Guitambatuno, Inhampossa, Muelé 2 e 3, Chamane e Marrambone são os bairros que actualmente acolhem a desenfreada luta pelo espaço físico para erguer habitações, entre vivendas e prédios, ou simplesmente “quatro paredes” para se abrigar, uma acção que acontece sem observar as regras mínimas de construção civil, numa cidade que se pretende moderna.

Maputo: “Discoteca” a 100 metros das enfermarias do HCM

COISAS QUE NÃO ESTRANHAMOS - “Discoteca” a 100 metros das enfermarias do HCM

Há sensivelmente quatro meses, na zona do Hospital Central de Maputo, nasceu um bar-lounge no antigo restaurante “1908”, um espaço histórico da cidade, cuja arquitectura nos remete para o passado.

Maputo, Sábado, 24 de Novembro de 2012:: Notícias

Outrora, este espaço funcionou como restaurante para médicos (aliás, pertence à Associação dos Médicos de Moçambique) e outro pessoal da saúde. Ao longo do tempo foi modernizando-se sob ponto de vista de serviços, é verdade, mas tendo sempre em atenção as exigências do local onde se localiza.

Receita de coelho à portuguesa

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Como os deputados justificam faltas por doença...



Todos sabemos que é tudo gente séria!

As mãezinhas deles é que não deviam ser contra o aborto…

Como os deputados justificam faltas por doença...

Custa a acreditar - mas saiu em Diário da República!

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Novo Cartão da República Portuguesa


Diz que dá acesso a vários serviços…

· Dormida em albergues;

· Isenção nas taxas de saúde;

· Roupa e alimentação no banco alimentar;

· Isenção de impostos;

· Momentos de convívio e lazer nos jardins públicos;

· Entre outros…  

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10 de novembro de 2012

Adivinhem quem é!...

A GENTE (NÓS) NÃO SABEMOS VIVER...
MAS NÃO É SÓ ESTE: TODOS JUNTOS, O GAMANÇO QUE ELES FIZERAM AO LONGO DOS ANOS (AUTORIZADO, POIS AS LEIS SÃO DELES), ACABAVA-SE COM A CRISE IMEDIATAMENTE.

Reencaminho o que recebi de uma pessoa amiga... POR UMA QUESTÃO DE CIDADANIA

Adivinha do dia:

Não tem que se esconder de nada.

Não é arguido de coisa alguma.

Ainda por cima pertencia AO " GRUPO DOS PROTEGIDOS" DE CAVACO SILVA que terá dito que confiava plenamente neste "SENHOR" quando ele era membro do Conselho de Estado!!!

VIVE no ESTORIL NUMA DAS CASAS QUE ERA DO GRANDE EMPRESÁRIO JORGE DE MELLO e, ao que alegadamente se consta, é também proprietário de mais um lote anexo (tudo em nome de Sociedades Off-Shore).

VIVE SEM SE ESCONDER (pois nem pingo de vergonha tem) na sua mansão no Estoril, bem perto da escola de hotelaria, com uma excelente piscina sempre aquecida, no jardim casa de bonecas com ar condicionado (vinda de um qualquer pais nórdico) para a neta, com um casal de caseiros vindos da Colômbia expressamente para o cargo (muito útil pois não sabem uma palavra de português), a esposa actual (XANA, durante muitos anos, uma das muito amantes que tinha, a quem oferecia carros topo de gama), esbanja em compras para ela e amigos (botas, roupas, animais - cada coisa na ordem dos 600 euros, simples prendinhas numa tarde de simples ida às compras), ele oferece jantares em restaurantes in, caça no Alentejo com amigos, passeia às escancaras por Cascais e Estoril.

DIZEM PARA AÍ QUE É CONSELHEIRO PARTICULAR DE PASSOS COELHO E MIGUEL RELVAS MAS, DEVEM SER AS...... "MÁS LINGUAS"

Que ele tem o tal empreendimento em Cabo Verde, tem, que o conheço.

(O SAL é aquela ilha, daquele país africano onde o BPN criou umas "sucursais" e um banco mais ou menos virtual, com que se faziam umas operações de lavagem e fugas ao fisco, etc. etc...).

Mas viver lá não vive, ao menos, se lá se escondesse, era porque lhe restava alguma vergonha...

Sei o que digo; não é notícia de net. É conhecimento de causa - testemunhado.

MAIS UMAS DICAS:

0 - Tem um processo de investigação em curso,

1 - Negou coisas que o seu chefe disse,

2 - Esteve muito ligado a um grande partido,

3 - Sabe fazer umas cantarolas,

4 - Também sabe jogar golfe,

5 - Desde há uns meses nunca mais se ouviu falar dele.

De quem falamos ????

(...ver resposta abaixo ...)

Resposta:

DIAS LOUREIRO


Há trinta anos, um advogadeco "pé rapado",em Coimbra, a viver actualmente à grande e à fartazana em Portugal!

É o dono do maior Resort Turístico da Ilha do Sal...

PS: Alguém dá por ele na nossa imprensa?

O que nos leva a pensar tal esquecimento..?

Como vêem é fácil fazer esquecer um roubo superior a mais de 5 mil milhões de euros, quando se tem amigos... por todo o lado...

_________________________________________

Vá passando para os esquecidos se irem lembrando!...

Quem foi que disse que neste país há Justiça?

João Belo, a Princesa do Limpopo (Ano 1965)


A cidade, capital do distrito de Gaza, está situada nas margens do Rio Limpopo, sendo atravessada pela Estrada Nacional 1.

A primeira designação da localidade foi Xai-Xai ou Chai-Chai. Em 2 de Dezembro de 1922 passou a chamar-se Vila Nova de Gaza. Em 10 de Março de 1928 a designação foi alterada para Vila de João Belo, em homenagem ao ministro e oficial da Armada com o mesmo nome.

A cidade possui alguns bons edifícios e artérias traçadas com larga visão. Entre outros edifícios, destacam-se os Paços do Concelho, a sede do Governo Distrital, a Direcção Distrital de Fazenda, o Hospital de Tavene (moderno e bem equipado), o Banco Nacional Ultramarino e o Colégio-Liceu Nossa Senhora do Rosário.

Próximo do antigo cais, estendendo-se até à margem do Limpopo, existe um amplo e bem cuidado jardim, com um coreto onde a Banda Municipal de Gaza executa concertos públicos. Uma das faces deste jardim confronta com o edifício dos Paços do Concelho. Todos os Serviços Públicos se encontram instalados na cidade com Repartições Distritais. A cidade possui um aeródromo servido por carreiras regulares e daqui parte um caminho de ferro com a extensão de 90 quilómetros até Chicome, limite com o distrito de Inhambane.

Existe ainda o ramal de Manjacaze, na extensão de 90 quilómetros que liga esta povoação a Vila Álvaro de Castro e Mauéle.

Existem na cidade de João Belo as seguintes associações: Associação Comercial de Gaza, Associação Agrícola de Gaza, Associação dos Desportos do Distrito de Gaza, Clube de Gaza, Clube Ferroviário e Aéro-Clube de Gaza.

João Belo possui a 7 quilómetros a magnífica Praia Sepúlveda, importante ponto de atracção turística, servida por uma boa estrada e um bom hotel. Cerca de 20 quilómetros ao Norte, situa-se outra estância de turismo – o Chongoane.

Tem sido notável a acção da actual vereação, na presidência da qual se encontra – e muito bem – o Engº Manuel Dias da Silva. Entre outras realizações destaca-se o melhoramento da captação das águas para fornecimento à população, bem como a modernização da iluminação da cidade, dois sectores deveras importantes na vida de qualquer comunidade.

Fonte: Arquivo Pessoal

9 de novembro de 2012

Namaacha, a Sintra de Moçambique (Ano 1965)



A vila da Namaacha, alcandorada na vertente portuguesa da cordilheira dos Libombos cuja crista marca a linha divisória da fronteira entre Moçambique, o Transvaal e a Suazilândia, hoje uma excelente estância de repouso e de turismo, foi outrora – até ao final do século passado – um valhacouto de bandidos célebres, aventureiros atraídos pelo ouro descoberto no Rand. O seu nome provém do de um régulo da região, de nome Mahasha, que ali estabeleceu o seu “Kraal”.

De início, os aventureiros que frequentavam a povoação eram foragidos da lei. Um dos mais célebres foi um tal Mac Nab, bandido da pior espécie, de nacionalidade escocesa. Quando era perseguido de um lado da fronteira refugiava-se no outro. Contra ele e outros bandidos que frequentavam a região o governador do distrito de Lourenço Marques, Azeredo e Vasconcelos chegou a enviar uma expedição para metê-los na ordem, o que conseguiu finalmente.

O general José Tristão de Bettencourt, sendo governador-geral de Moçambique, foi quem deu em 1941 o maior impulso para o desenvolvimento da vila. Hoje, ela ocupa uma área quadrada de 1.370 kms, sendo uma estância de turismo muito procurada, pela grande beleza dos seus arredores. Dignos de ser visitadas e admiradas, uma frondosa mata e uma cascata com o seu lago.

A Namaacha, onde se encontra o Seminário-Maior de Cristo Rei, é já tradicionalmente local de uma peregrinação anual, em 13 de Maio, ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima ali existente.

Também dignos de visita são as espectaculares instalações do sistema de telecomunicações por dispersão troposférica, pela primeira vez usado em território nacional e o mais aperfeiçoado em todo o Mundo.

Fonte: Arquivo Pessoal

5 de novembro de 2012

António José Seguro publica carta a primeiro-ministro


O líder do PS, António José Seguro, publicou pelas 11h00 da manhã desta segunda-feira, no Facebook, o conteúdo da carta que enviou, na passada sexta-feira, a Pedro Passos Coelho.

Num pequeno texto de apresentação, ainda antes da carta, Seguro diz que defende "processos transparentes", ao contrário do que faz o Governo, "que escondeu dos portugueses que já tem técnicos a trabalhar nas propostas de corte das despesas do Estado".

O líder socialista diz assim estar a cumprir uma promessa ao publicar a carta que o CM transcreve aqui na íntegra.

"Senhor Primeiro-Ministro

O diálogo político e institucional é uma das marcas identitárias do PS à qual permaneceremos fiéis e da qual não nos afastamos. Se o Primeiro-Ministro convida, formalmente, o PS para uma reunião, o PS não a recusa.

É esta conduta que temos adotado. Continuará a ser esta, em situações normais, a postura do PS no relacionamento com o senhor Presidente da República, como o Governo, com os partidos políticos e com os parceiros sociais. O diálogo é condição para o relacionamento institucional num regime democrático.

Por exclusiva responsabilidade do seu Governo, este diálogo foi praticamente inexistente, com claro prejuízo para o interesse nacional. O PS foi mantido à margem da condução de processos de enorme relevância para o interesse nacional, de que as cinco atualizações do Memorando de Entendimento, o envio para as instituições europeias do Documento de Estratégia Orçamental e o processo de privatizações são exemplos elucidativos.

O Primeiro-Ministro e o Governo adotaram uma conduta isolacionista e optaram por um caminho (da austeridade excessiva) profundamente errado, com os resultados conhecidos e com as consequências sociais e económicas desastrosas em que os portugueses vivem.

Por exclusiva responsabilidade do seu Governo, por ter ignorado as posições do PS (em defesa do crescimento e do emprego) e por ter aplicado a receita da austeridade excessiva, o país vive uma situação de enorme gravidade. Uma situação de pré-ruptura social. A situação mais grave em termos sociais, políticos e económicos desde a consolidação do nosso regime democrático.

O PS está aqui para assumir as suas responsabilidades e ouvirá o que o Primeiro-Ministro tiver para dizer, mas quero, com total clareza, reafirmar a oposição do PS a qualquer revisão da Constituição da República ou outra iniciativa que coloque em causa as funções sociais do Estado.

E é com a mesma clareza que reafirmo que o PS não está disponível para ser cúmplice da política do Governo. O PS opõe-se à política do Governo de austeridade excessiva e de empobrecimento do país.

E é ainda, com o respeito devido, mas com muita frontalidade que digo ao Primeiro-Ministro que se considera, como destacados dirigentes da maioria o têm verbalizado, que o PS é um partido irresponsável e que não tem alternativas a apresentar ao país, então estamos a perder tempo precioso e a reunião que propõe não passa de uma encenação.

Sugiro que os nossos dois gabinetes procedam ao acerto da hora e da data da reunião que o Primeiro-Ministro propõe e que da mesma seja dado conhecimento público.

Com a expressão dos meus melhores cumprimentos

António José Seguro"

Correio da Manhã, 05 de Novembro de 2012

A nossa classe política



Calendário escolar 2012/2013

3 de novembro de 2012

Vergonha! Subsídios para touradas


Milhares de professores ficaram este ano sem colocação.

Vários serviços em hospitais públicos foram encerrados.

Milhares de portugueses estão sem trabalho.

Milhares de portugueses sofrem e morrem à fome por não se poderem alimentar e tratar.

Muitos estudantes ficaram este ano sem bolsas de estudo, sendo coagidos a deixar os seus estudos.

Milhares de jovens licenciados e bem qualificados (o futuro deste país), são obrigados a emigrar porque para este governo em Portugal só há lugar para os seus amigos e correligionários.

ENQUANTO ISSO... SUBSÍDIOS PARA TOURADAS

Isto realmente ronda o escândalo!
Pelo respeito que tenho por todos os animais, preferia que não existissem touradas, mas pronto, vê quem quer. No entanto, que se auto-sustentem. Que não tenha eu de pagar para mais uma coisa que não apoio...

Inversão de valores - Carta de uma mãe para outra mãe



Enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1

Carta

De mãe para mãe ...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.

Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.

Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc ...

22 de outubro de 2012

Natal - Aviso (com tempo para não haver surpresas)


                                           ANOS ANTERIORES


                               
                                ESTE ANO



Este ano, no Natal, vou fazer o presépio apenas com o Baltazar e o Belchior….

O Gaspar vai servir de acendalha para a lareira…


Recebido por e-mail.

Fechou a Escola em Grijó (A. M. Pires Cabral)


Dantes ouviam-se as crianças a caminho da escola

e eram como pássaros de som nas manhãs de Grijó.

Não eram muitas, mas as vozes joviais

davam sinal de que a aldeia resistia,

continha à distância o deserto que a ronda.


Agora as crianças, todas as manhãs,

são acondicionadas como mercadorias

numa viatura com vocação de furgoneta.

Lembram judeus em vagões jota

a caminho de Auschwitz.

Vão aprender em terra estranha o que os seus pais

e os pais dos seus pais aprenderam em Grijó.

Avô, conta-nos!...

A insustentável dureza de Portugal...



Para além da austeridade aplicada ao português comum os funcionários públicos tiveram um corte de até 10% do vencimento, pagam mais contribuições, tiveram maiores penalizações no caso das reformas antecipadas e perderam dois subsídios. Qual foi a posição de quase todos os que agora protestam e acusam o governo de brutalidade? Ficaram calados, optaram pelo cinismo de ficarem em silêncio pensando que se sacrificavam alguns portugueses e os outros se escapavam.

Mas mais uma vez temos que recordar o famoso poema de Bertolt Bretch:

Moral ruim (António Aleixo)


Acho uma moral ruim

trazer o vulgo enganado:

mandarem fazer assim

e eles fazerem assado.


Sou um dos membros malditos

dessa falsa sociedade

que, baseada nos mitos,

pode roubar à vontade.

14 de outubro de 2012

Moçambique: Ao “Maravilhoso Povo” não deve caber apenas pagar salários



Maputo (Canalmoz) - Não há uma obrigação legal para que o chefe de Estado ou outro dirigente, que tem poderes em suas mãos para nomear e exonerar servidores públicos, venha a público explicar as razões que o levam a agir desta forma, mas por uma questão de transparência das decisões públicas, pensamos nós que devia se dar esclarecimentos ao povo.

Se para o caso das nomeações, parece não exigir muitas explicações, uma vez que parece ser óbvio que se nomeia quem tem potencial para servir na função para qual é indicado, já na exoneração, esta lógica parece não funcionar assim tão linearmente.

Se ao nomear podemos inferir que se viu potencialidade no nomeado para servir aquele sector, a inferência já não deve ser tão linear quando se exonera a meio do trabalho iniciado. A coisa fica mais complicada quando há outros que são transferidos de um ministério para o outro e outros que são transferidos de um Governo local para o Governo central e vice-versa. Então se dissermos que são exonerados os incompetentes e nomeados os competentes, não faria tanto sentido tirar um incompetente do Turismo com a esperança de que seja competente na Juventude e Desportos; ou tirar um incompetente do Governo provincial para ser competente no Governo central.

Portugal: Lisboa em fotografias noturnas

8 de outubro de 2012

Viagem a Moçambique de 1 a 16 de Novembro de 2012

VIAGEM A MOÇAMBIQUE

Com José Rodrigues dos Santos

Uma viagem inspirada no livro “O Anjo Branco”, obra marcante em homenagem ao pai do escritor que viveu em Moçambique nas décadas de 60 e 70, num abraço entre o passado e o presente.

Uma experiência exclusiva acompanhada pelo autor.

Douro Vinhateiro: Região Demarcada do Douro

Por bem menos o Santana foi à vida… (Armando Miro)



O valor e o significado das palavras tem sofrido significativas modificações nos últimos tempos. A evolução é um dado adquirido em tudo o que nos rodeia e interfere nas nossas vidas. É na forma como nos dizem que “nos sacam a massa” (ajustamento), no tratamento igualitário que acentua as diferenças, na redistribuição da riqueza onde há canais entupidos, na mão que diz que dá e nas duas que realmente tiram, nas estatísticas que realçam os números e esquecem as pessoas, nas políticas de criação de emprego que aumentam os despedimentos, no que se faz e disse não se fazer, na capitalização popular de via única com os trabalhadores a aumentarem em 8% do salário no capital da empresa sem qualquer retorno, etc. etc. etc…

Mantém-se ainda, mas mais frequentemente evocada e invocada, a comparação dos portugueses e dos seus índices com os dos “Cidadãos Europeus”. Dizem que estamos nos patamares inferiores naquilo que pagamos, sejam impostos, escalões, produtos ou outros, mas nunca nem ninguém fala do que ganhamos, e cada vez menos – só num ano foram mais de três vencimentos a seco – sem falar nos outros impostos que subiram, e por aí fora…

Mas há uma coisa que ganhou a liderança nas transformações sociais: a “multiplicação” dos pobres.

Fazem-nos muita falta… Além de serem coisa barata e de fácil produção, vejam-se os ganhos da recente produtividade governamental, exportam-se a baixo custo ou até nenhum se for a salto ou clandestino, reduzindo assim a despesa inerente. São além disso mão de obra fácil e dócil, e até trabalham de borla se almejarem o jackpot do RSI.

E já são tantos que, os que os tinham por abençoados, clamam pela sua redução pois não têm mãos a medir com a tarefa de os conduzir ao reino da felicidade, e já não conseguem aplacar-lhes o pecado da gula na sopa e no pão. Não há também mais almas que, na prática solidária da caridade, atingem a santidade ou o “reino dos céus”.

Tiram o dinheiro dos gastos e as compras descem assustadoramente. A receita fiscal, aumentando o rácio diminui no arrecadar. Insiste-se no mesmo à espera do milagre que não acontece pois se temos menos ainda será menos o que se gasta, e tudo a descer. Exportar mais? Mas o quê se até o investimento nos “clusters” desapareceu? Já terão dado conta que o povo só gasta do que tem e não tem o dom do Alves dos Reis nem as oportunidades dos banqueiros falidos?

Onde estudaram estes senhores, se é que estudaram e o quê, para fazerem do país o laboratório das ideias que, sendo inócuas quando se deleitam nos areópagos juvenis dos partidos, começam a tornar irreversível a recuperação da Economia. E mesmo os que, tendo cátedra e fama aparentemente verdadeiras, têm a experiência das aulas que o “magíster dixet” não deixa contestar, e melhores se consideram se forem novidade e inovação sem qualquer possibilidade de prova, pois talvez nunca tenham comprado um molho de grelos, e a coisa não passa para lá da sala de aula.

E se da minha parte procuro ver as coisas sem as perturbações ideológicas na doutrina e nas múltiplas visões e abordagens, escrutinando quem o disse para não aderir, duvidar ou refrear por simpatia ou repulsa, agora nem sequer de tal preciso. As análises, críticas e sugestões mais profundas, contundentes e ferozes, principalmente despois dos últimos suplícios, vêm dos sectores mais cotados e conotados aos partidos do governo.

E não me venham com a história de que são vinganças ou raivinhas pessoais, invejas mútuas por ausências de “convites” para mais outras mordomias, temor de lembranças de iguais modos, passa culpas antes que lhas apontem, ameaças de quebra de silêncio, segredos que sabem e que sabem que ele(a)s sabem, e que também ele(a)s sabem.

A grande culpa que os que agora repontam e refilam realmente têm, é terem deixado os putos a brincar à política, a fazerem de conta que já eram grandes, a aprenderem como se faz falta sem o árbitro dar conta e, afinal de tudo, a convencerem-se que, sendo jovens talentosos e inovadores, também eles poderiam ser governo, mesmo sem saberem realmente o que isso é…

À espera das esquerdas? Quais e como?

Do presidente? Vou ali e já venho. Por bem menos o Santana Lopes foi à vida…

Armando Miro
Repórterdomarão, 20 de Setembro de 2012

O brilhante currículo profissional do formiga Miguel Macedo



Vejam o currículo profissional do ministro que disse que em Portugal há cigarras a mais e formigas a menos:

- Deputado nas V, VI, VII, VIII, X e XI Legislaturas

- Secretário de Estado da Juventude (1990-1991)

- Vereador da Câmara Municipal de Braga (1993-1997)

- Secretário de Estado da Justiça nos XV e XVI Governos Constitucionais (2002-2005)

- Secretário-Geral do PSD (2005-2007)

- Membro da Assembleia Municipal de Braga

- Líder Parlamentar do PSD (2010-2011)

Isto é, como diz o povo este senhor "nunca fez nada na puta da vida" a não ser encostar o cu às cadeiras do OE, e é um artista destes que sugere que o povo português formado maioritariamente por gandulos?

Bem, o rapaz como convém aos deputados ainda é sócio de um escritório de advogados e de uma consultora.

Esta formiguinha exemplar foi uma formiguinha que em tempos declarou ao Tribunal Constitucional que tinha uma casa em Lisboa, onde vivia, mas para sacar aos portugueses um subsídio de residência declarou que morava em Braga.

Recebido por e-mail.

7 de outubro de 2012

Vá bardamerda senhor Governador do Banco de Portugal!...



Vá bardamerda, senhor Governador!...

Sabiam que o Banco de Portugal comparticipa a ( Eu diria, paga ) 100% as despesas de saúde dos seus funcionários? Quem paga isso? Somos nós os contribuintes, enquanto que a ADSE paga só aquilo que nós sabemos. Eu não sei. Só sei que o meu sistema de saúde é o SNS . Discordo completamente, que haja vários sistemas de saúde.

É por isso que funcionários do Banco de Portugal fazem implantes dentários e os "outros implantes" que estão agora na moda às funcionárias e às mulheres dos funcionários.

Como é isto possível?

E nós que somos os pagantes, ficamos calados???...

Vá bardamerda senhor Governador!

Neste país há investigadores universitários que estudam todos os dias até altas horas da noite, que trabalham continuamente sem limites de horários, sem fins-de-semana e sem feriados. Há professores universitários que dão o seu melhor, que prepararam cuidadosamente as suas aulas pensando no futuro dos seus alunos, que dão o melhor e sem limites pelas suas universidades. Há policias que ganham miseravelmente, que não recebem horas extraordinárias, que pagam as fardas do seu bolso e para sobreviverem têm de prestar os serviços remunerados.

Toda esta gente e muita mais que poderia ser referida foi eleita como a culpada da crise, denunciada como gorduras do Estado, tratada como inutilidade social, acusada de ganhar mais do que a média, desprezada por supostamente não ser necessária para a direita se manter no poder. Mas há uns senhores neste país que ganham muito mais do que a média dos funcionários públicos, que têm subsídios extras para tudo e mais alguma coisa, que cumprem com incompetência as suas funções, que recebem pensões chorudas, que vivem do dinheiro dos contribuintes como todo o Estado, mas que não foram alvo de nenhuma das medidas de austeridade que até hoje foram aplicadas aos funcionários públicos. São os meninos e meninas do BdP.

Ainda as pessoas mal estavam refeitas do anúncio da pilhagem aos seus rendimentos e há um tal Costa, governador do Banco de Portugal, vinha defender que as medidas deste OE deveriam prolongar-se para além de 2014. Isto é, o senhor defende que os cortes se tornem definitivos. No mesmo dia a comunicação social informava que as medidas de austeridade aplicadas aos funcionários públicos não seriam aplicadas aos funcionários do banco de Portugal, o argumento para tal situação era o da independência do banco.

Mas se o Governo não pode nem deve interferir na gestão do BdP e o senhor Costa se comporta como um cruzamento entre a ave agoirenta e o Medina Carreira o mínimo que se espera é que ele dê o exemplo pois nada o impede de aplicar aos seus (incluindo os pensionistas do BdP) a austeridade que exige aos outros. No caso do BdP o senhor Costa não só estaria a adaptar as mordomias dos funcionários públicos e pensionistas do BdP à realidade do país como estaria a dar um duplo exemplo, um exemplo porque aplica aos seus a austeridade que exige aos outros e um exemplo porque chama os seus a responder pela incompetência demonstrada enquanto entidade reguladora de bancos como o BPN ou o BPP.

Porque razão um professor catedrático de finanças ganha menos do que um quadro do BdP, não recebe subsídio para livros como este e na hora da austeridade perde parte do vencimento e os subsídios enquanto o funcionário público do BdP não corta nada e muito provavelmente ainda recebe um aumento?

E já que falamos no BdP que tanto se bate pela transparência das contas públicas e do Estado enquanto o seu governador anda por aí armado em santinha das finanças, porque razão os vencimentos e mordomias do BdP não aparecem no seu site de forma a que sejam conhecidas pelos contribuintes que as pagam? Todas as colocações, subidas de categoria e remunerações dos funcionários públicos são divulgadas no Diário da República mas o que se passa no BDP é segredo, muito provavelmente para que o povo não saiba e assim manterem o esquema.

Ainda a propósito de transparência seria interessante saber porque razão os fundos de pensões da banca vão ser transferidos para o Estado e o do Banco de Portugal fica de fora. O argumento da independência não pega, o que nos faz recear que o fundo de pensões seja abastecido de formas pouco aceitáveis para os portugueses. Seria interessante, por exemplo, saber a que preço e em que condições uma boa parte do imobiliário que o banco detinha por todo o país foi transferido para o fundo de pensões dos seus dirigentes e funcionários.

É por estas e por outras o senhor Costa não tem autoridade moral para propor o mais pequeno sacrifício seja a quem for e deveria abster-se de parecer em público, este senhor só merece a resposta :

«Vá bardamerda, senhor governador»!...

Da autoria de um professor universitário e investigador
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Já tenho licentiatura (Máximo)


Já tenho licenciatura

Agora sou um doutor,

Tenho montes de cultura

Vou ser Ministro? E se fôr?...


Inscrevi-me ao fim do dia

Naquela Universidade

Dos diplomas de inverdade

P'ra testar o que sabia.

Já de manhã, mal se via,

De maneira prematura

Eu fiz muito má figura.

Mas mesmo sem saber nada

Formei-me na Tabuada,

Já tenho licenciatura!


Dei cem erros no ditado.

E agora o mais curioso:

Por estar muito nervoso

Á recta chamei quadrado!

Quando me foi perguntado

Se conhecia o Reitor,

Respondi que não senhor

Embora fosse meu tio!

Disse mentiras a fio,

Agora sou um doutor!


Com mesquinhez e com tudo

Puxei das equivalências,

Juntei outras mil valências

Deram-me mais um canudo.

Com diplomas, contudo,

Era fácil a leitura,

Deixei de ser um pendura,

Sou político afamado.

Sou falado em todo o lado,

Tenho montes de cultura


Já sou Mestre em Corrupção,

A todos sei enganar.

Habituei-me a roubar

Tirei curso de ladrão.

E agora, queiram ou não,

Mesmo sem nenhum valor,

Eu falo que é um primor

Na Assembléia sentado.

Para já sou deputado.

Vou ser Ministro? E se fôr ?


Máximo
Avis, 17 de Julho de 2012

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Apelo a Santo António



Ó meu rico Santo António

Meu santinho Milagreiro

Vê se levas o Passos Coelho

P'ra junto do Sá Carneiro


Se puderes faz um esforço

Porque o caminho é penoso

Aproveita a viagem

E leva o Durão Barroso


Para que tudo corra bem

E porque a viagem entristece

Faz uma limpeza geral

E leva também o PS


Para que não fiquem a rir-se

Os senhores do PSD

Mete-os no mesmo carro

Juntamente com os do PCP


Porque a viagem é cara

E é preciso cultivar as hortas

Para rentabilizar o percurso

Não deixes cá o Paulo Portas


Para ficar tudo limpo

E purificar bem a cousa

Arranja um cantinho

E leva o Jerónimo de Sousa


Como estamos em democracia

Embora não pareça às vezes

Aproveita o transporte

E leva também o Menezes


Se puderes faz esse jeito

Em Maio, mês da maçã

A temperatura está a preceito

Não te esqueças do Louçã


Todos eles são matreiros

E vivem à base de golpes

Faz lá mais um favorzinho

E leva o Santana Lopes


Isto chegou a tal ponto

E vão as coisas tão mal

Que só varrendo esta gente

Se salvará Portugal


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Este cartaz foi fotografado por mim, nos Restauradores em Lisboa


Fonte: Arquivo Pessoal

Impunidade sem fim (João Vaz)



Nada muda no Estado e os portugueses são cada vez mais castigados com maiores impostos e outras medidas calamitosas.

O Governo conseguirá, com a subida do IRS, cortar de facto os salários aos funcionários públicos.

E fará o mesmo aos trabalhadores do sector privado, com uma agravante trágica: provocará mais aumento do desemprego.

Governo e oposição partidária consolam-se a atirar as culpas para a troika. Entre ‘coladinhos’ e circunstancialmente distantes ou mesmo adversários, gera-se uma rede de impunidade. Como se não houvesse responsáveis por o Estado cair na mão dos credores.

A impunidade é o factor principal que afundou Portugal no já histórico ‘pântano’ de que Guterres fugiu e de que Barroso também se livrou, após clamar que o País estava de "tanga". A impunidade vai tão longe e revela-se tão cruel que Sócrates, último ex-chefe do desgoverno, é capaz de escapar ao assalto fiscal porque vive no estrangeiro e não recebe cá qualquer vencimento.

O actual safar-se-á graças às mordomias das consequências difíceis do assalto fiscal que ele próprio comanda.

João Vaz, Redactor Principal
Correio da Manhã, 07 de Outubro de 2012

Corrupção (Paulo Morais)



A corrupção é a principal causa da crise em que estamos mergulhados. É este fenómeno que está na origem de sucessivos negócios ruinosos, verdadeiros roubos, que conduziram ao descalabro das contas públicas. Nas últimas décadas, assistimos a um regabofe sem limite com os dinheiros públicos.

A Expo 98 transformou um perímetro industrial degradado numa zonaurbanizável, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, através da construção de hotéis, equipamentos e apartamentos de luxo. E, apesar disso, no final deu prejuízo. As acusações de corrupção foram tíbias e até hoje ninguém foi condenado. Mas foi assim também o Euro 2004, cujos estádios tiveram derrapagens de custo colossais. Também aqui o processo Apito Dourado borregou e a culpa morreu solteira. E foi ainda a compra dos submarinos, com pagamento deluvas a portugueses. A corrupção foi provada na Alemanha, os corruptores foram julgados e presos. Em Portugal, o Ministério Público não sabe de nada.

Mas os exemplos não acabam nunca. Nos últimos anos, os mais criminosos de todos os negócios públicos são os contratos de parceiras público-privadas (PPP), nomeadamente as rodoviárias. Através deste modelo de negócio, garantem-se aos privados rentabilidades de capital superiores a 17%, haja ou não trânsito. O Estado assume todos os riscos e cede todos os potenciais lucros. A primeira de todas as PPP foi a Ponte Vasco da Gama. Os privados financiaram apenas um quarto do valor da ponte e, com isso, ganharam o direito às receitas com portagens da Ponte Vasco da Gama, da ‘25 de Abril’ e ainda o exclusivo dastravessias rodoviárias do Tejo por toda uma geração. O governante que concebeu este calamitoso negócio, Ferreira do Amaral, preside hoje à empresa concessionária, a Lusoponte. Os seus sucessores seguiram-lhe o triste exemplo. Jorge Coelho e Valente de Oliveira, ministros das Obras Públicas de Guterres e Barroso, são administradores na maior concessionária de PPP, a Mota-Engil. Todos estes negócios ruinosos para o Estado têm responsáveis, que a Justiça portuguesajamais pune. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos. E continuaremos a passar se não for erradicada a causa que está na origem desta situação a que chegámos: a corrupção.

Paulo Morais, Professor Universitário
Correio da Manhã, 18 Setembro 2012

21 de setembro de 2012

A Ilha dos Piratas...


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