29 de abril de 2015

"O 25 de Abril e a História" (António José Saraiva)



«Se alguém quisesse acusar os portugueses de cobardes, destituídos de dignidade ou de qualquer forma de brio, de inconscientes e de rufias, encontraria um bom argumento nos acontecimentos desencadeados pelo 25 de Abril.

Na perspectiva de então havia dois problemas principais a resolver com urgência. Eram eles a descolonização e a liquidação do antigo regime.

Quanto à descolonização havia trunfos para a realizar em boa ordem e com a vantagem para ambas as partes: o Exército Português não fora batido em campo de batalha; não havia ódio generalizado das populações nativas contra os colonos; os chefes dos movimentos de guerrilha eram em grande parte homens de cultura portuguesa; havia uma doutrina, a exposta no livro Portugal e o Futuro do general Spínola, que tivera a aceitação nacional e poderia servir de ponto de partida para uma base maleável de negociações. As possibilidades eram ou um acordo entre as duas partes, ou, no caso de este não se concretizar, uma retirada em boa ordem, isto é, escalonada e honrosa.

Todavia, o acordo não se realizou e retirada não houve mas sim uma debandada em pânico, um salve-se-quem-puder. Os militares portugueses, sem nenhum motivo para isso, fugiram como pardais, largando armas e calçado, abandonando os portugueses e africanos que confiavam neles. Foi a maior vergonha de que há memória desde Alcácer Quibir.

Turismo em Moçambique

Fotografias Premiadas da National Geographic

Lisboa - Jardim e Miradouro de São Pedro de Alcântara


27 de abril de 2015

Profecias Exatas



Apelo a Santo António



Ó meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Passos Coelho
Para junto do Sá Carneiro

Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso

Em Angola, até ver, é assim...!!!

 
 
Fonte: Recebido por email

Contos Moçambicanos - Volume I (Março 1978 - Maputo)

Lisboa - Praça da Figueira e Praça D. Pedro IV


Portugal: Cacilhas


25 de Abril: Cavaco impressionado com ignorância dos jovens



O Presidente da República, Cavaco Silva, mostrou-se hoje «impressionado» com a ignorância de muitos jovens sobre o 25 de Abril e o seu significado e denunciou uma «notória insatisfação» dos portugueses com o funcionamento da democracia.
No seu discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento, Cavaco Silva divulgou extractos de um estudo que mandou realizar sobre o alheamento da juventude face à política, e atribuiu parte da responsabilidade aos partidos políticos.
O Presidente considerou «não ser justo» para aqueles que se bateram pela liberdade, tantas vezes arriscando a própria vida, que a geração responsável por manter viva a memória de Abril persista em esquecer que a revolução foi um projecto de futuro.
«Os mais novos, sobretudo, quando interrogados sobre o que sucedeu em 25 de Abril de 1974 produzem afirmações que surpreendem pela ignorância de quem foram os principais protagonistas, pelo total alheamento relativamente ao que era viver num regime autoritário», declarou o Chefe de Estado perante o hemiciclo.

Otelo Saraiva de Carvalho: precisamos de um homem honesto como Salazar



Otelo Saraiva de Carvalho acredita que Portugal precisa "de um homem com inteligência e a honestidade do ponto de vista do Salazar" para resolver a crise que atravessa.

Em entrevista ao "Jornal de Negócios", o "capitão de Abril" sublinhou que "precisávamos de um homem com inteligência e a honestidade do ponto de vista do Salazar, mas que não tivesse a perspectiva que impôs, de um fascismo à italiana (...) Alguém que fosse um bom gestor de finanças, que tivesse a perspectiva de, no campo social, beneficiar o povo, mesmo e sobretudo em detrimento das grandes fortunas".

Otelo Saraiva de Carvalho elogia o que se fez a seguir à revolução "ao nível da educação, da saúde".
"Houve um rápido crescimento do nível económico das populações a seguir ao 25 de Abril à custa das reservas de ouro que o forreta do Salazar tinha amealhado no Banco de Portugal, mas depois, esgotada essa possibilidade, a coisa começou a entrar em dificuldades", salientou.

Fonte: Diário de Notícias, 21 de Abril de 2011

França: Otelo Saraiva de Carvalho "conta" o 25 de Abril à comunidade portuguesa de Lyon



Lyon, 28 Abr (Lusa) - Durante mais de duas horas, de pé, dando mostras de uma vitalidade extraordinária, Otelo Saraiva de Carvalho falou a uma plateia de 50 pessoas em Feyzin, França, sobre a história da ditadura portuguesa e as motivações dos capitães que realizaram o 25 de Abril.
O ex-dirigente do MFA voltou a sublinhar que até ao 25 de Abril nunca tinha "ouvido falar de Álvaro Cunhal" e que os civis (os partidos políticos), não foram envolvidos no derrube da ditadura para não comprometer as hipóteses de sucesso da acção militar.
Do descontentamento dos oficiais em relação à guerra em África, ao papel da CIA no 25 de Novembro, o antigo dirigente do MFA transmitiu ao público, com entusiasmo e minúcia, a orquestração do golpe militar e os momentos-chave da revolução de Abril, sem esquecer o papel dos emigrantes na história da ditadura portuguesa.
"Salazar fechava os olhos à saída das pessoas para os Estados Unidos, o Canadá, a Suíça, a Alemanha e a França porque precisava das remessas dos emigrantes para a guerra", disse
A mesa-redonda decorreu no Centro Leonard de Vinci, em Feyzin (Lyon, França).
Otelo Saraiva de Carvalho deslocou-se ao local a convite da Associação Cultural dos Portugueses de Feyzin, em parceria com o Instituto Camões, o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra e o Instituto de Língua e Cultura Portuguesa (Lyon).
Na mesma sala, foram inauguradas três exposições sobre o 25 de Abril trazidas pelo Instituto Camões e pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.
Fonte: Expresso, 27 de Abril de 2008