Moçambique é um Estado independente, soberano, democrático e de justiça social. Assim diz a nossa Constituição. Para o seu funcionamento, no contexto democrático, tal como defende a Constituição, o “Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade” e, “o povo moçambicano exerce a soberania segundo as formas fixadas na Constituição”. Portanto essa mesma soberania reside no povo. Para que isso aconteça, a República de Moçambique através da sua Constituição assume-se como “um Estado de Direito, baseado no pluralismo de expressão, na organização política democrática, no respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do Homem”. Até aqui tudo bem. Este é o tipo de Estado que almejo ter. Será que isso na prática acontece? Questionam-se essas afirmações.
O Moçambique dos meus sonhos é aquele que, de facto, a soberania reside no povo e que o povo encontra-se em pleno gozo dos seus direitos fundamentais (direitos e deveres, é óbvio); onde o povo manda, decide o que quer e o que não quer que seja; onde o povo tem voz activa e tem direito a reivindicação dos seus direitos (direito a manifestação e/ou greve); onde quando o povo elege (voto) é dado o que na verdade escolheu.