28 de julho de 2019

40 anos da independência: África do Sul "orgulha-se das boas relações" bilaterais, afirma Jacob Zuma


O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, felicitou hoje o seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, pela passagem do quadragésimo aniversário da independência de Moçambique, que se assinalou na quinta-feira.

"A África do Sul orgulha-se das boas relações bilaterais com Moçambique, que vêm dos tempos dos antepassados comuns, os filhos e filhas de Soshangane [general zulu que fundou o Império de Gaza em Moçambique, vindo da África do Sul] e Gungunhana [último rei de Gaza, que morreu em Portugal depois de ser capturado pelas forças coloniais portuguesas] e da geração pré e pós-independência", refere a mensagem de felicitações do Presidente sul-africano, citada hoje na edição electrónica do diário Notícias.

Branqueamento da história exclui lutadores pela independência de Moçambique, diz Daviz Simango


O presidente do MDM, Daviz Simango, considerou esta quinta-feira que o país cometeu “erros graves” com o branqueamento da sua história, reescrita segundo a agenda do Governo, e defendeu a “inclusão de heróis” com títulos “negados”.

Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, Daviz Simango disse que a classificação de moçambicanos, como "reacionários, contra reacionários e traidores", excluiu muitos que lutaram pela independência do panteão de heróis nacionais, considerando tratar-se de “uma ação discriminatória que divide os moçambicanos”, que se torna num travão real aos esforços para a reconciliação.

“Se não reconhecermos a heroicidade e a moçambicanidade dos outros jamais haverá reconciliação”, precisou Daviz Simango, em nota alusiva aos 40 anos da independência de Moçambique, que hoje se celebram e divulgada na página do partido na rede social Facebook.

Moçambique: Investigador realça acção da Igreja Católica na independência


Um investigador da California State University, nos Estados Unidos, realçou quinta-feira, em Coimbra, Portugal, que a Igreja Católica defendeu os direitos dos povos de Moçambique.

Através de alguns dos bispos que nomeou para o território, na costa oriental de África, o Vaticano assumiu “um jogo crítico” da permanência das tropas portuguesa em Moçambique, acabando por apoiar a luta de libertação protagonizada pela Frelimo, disse Mustafah Dhada.

O professor universitário, que investiga há várias décadas as lutas de guerrilha e os processos de emancipação política das antigas colónias de Portugal no continente africano, falava à agência Lusa após ter participado no colóquio internacional “Quarenta anos de independência de Moçambique: que futuro para o passado?”.

40 anos da Independência: Telegrama "confidencial" revela ataque da Frelimo contra católicos em 1978


Um telegrama "confidencial" da embaixada de Portugal em Maputo revela que Sérgio Vieira, dirigente da Frelimo, ameaçou directamente os bispos católicos em 1978.

A 18 de Dezembro de 1978, um telegrama “confidencial” relata o encontro entre as autoridades de Moçambique e os bispos católicos e que contou com a presença de todos os governadores provinciais.

Segundo o mesmo aerograma, Sérgio Vieira, chefe de gabinete de Samora Machel que desempenhava na altura funções de governador do Banco de Moçambique, presidiu à reunião, acusando directamente os católicos de terem desempenhado o papel de “arma do colonialismo” e apontando o carácter contra revolucionário da igreja face aos princípios políticos que norteavam a República Popular de Moçambique comunicando novas medidas.

40 anos de independência: O homem que confinou a tropa colonial


“O velho anda muito. Estava aqui mas desapareceu. Talvez (seja melhor) ir ver na sede dos antigos combatentes”.

Foi assim que uma das netas (do velho) nos respondeu quando chegámos à casa de Luís Miguel Magunga, um nome que trazíamos na manga para a reportagem que pretendíamos com heróis vivos, cuja participação no processo de libertação do país não se põe em causa e que nunca havia dado a voz em público.

Fomos ao centro dos combatentes e não o encontrámos. Afinal estava no centro de mutilados de guerra, na companhia dos seus camaradas, alguns dos quais sem os seus membros em consequência dos horrores da guerra de libertação.

Moçambique: Comemoração dos 40 anos de independência


40 Anos da independência: Ex-PR Guebuza e Chissano apontam paz e unidade como maiores conquistas


Os antigos presidentes moçambicanos, Joaquim Chissano e Armando Guebuza apontaram esta quinta-feira a paz e a unidade como as principais conquistas do país que ontem celebrou 40 anos de independência.

"A unidade nacional é o maior legado que nós deixámos", disse Joaquim Chissano, à margem das celebrações dos 40 anos da independência em Maputo, que ontem se assinalaram em todo o país e com o centro dos festejos em Maputo.

Para o primeiro chefe de Estado moçambicano eleito democraticamente, a consolidação da paz e da unidade deve ser continuado pelas novas gerações para a construção da nação moçambicana.