Samora Machel portou-se como Estaline em relação à população branca portuguesa
Diplomatas soviéticos que deram início às relações diplomáticas entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a República Popular de Moçambique criticam a política realizada por Samora Machel face à população portuguesa branca, sublinhando que, nesta área, o Presidente moçambicano se comportou de forma semelhante ao ditador soviético, José Estaline.
“De forma dura, como Estaline, Samora Machel tratou os portugueses que viviam em Moçambique. Muitos deles receberam com entusiasmo os combatentes pela independência quando entraram em Lourenço Marques e estavam prontos a cooperar de todas as formas com a Frelimo”, escreve Piotr Evsiukov, primeiro embaixador soviético em Moçambique, em “Memórias sobre o trabalho em Moçambique”.
“Não obstante, também aqui se revelou o extremismo de Samora Machel. Ele apresentou condições tais de cidadania e residência aos portugueses em Moçambique que eles foram obrigados, na sua esmagadora maioria, a abandonar o país... Com a fuga dos portugueses, a economia de Moçambique entrou em declínio”, recorda ele.
Piotr Evsiukov recorda que Machel era um convicto admirador de José Estaline.