17 de junho de 2009

Maputo: Capulanas contam histórias no Centro Cultural Franco-Moçambicano


Capulanas contam histórias no Franco-Moçambicano As paredes do Centro Cultural Franco Moçambicano, em Maputo, revestiram-se ontem, terça-feira, dia 16, de capulanas dando corpo à exposição intitulada “Histórias de Capulana” da autoria da artista plástica e estilista camaronesa Henriette Njami. A capulana não tem só a função de vestir e decorar. Ela é também um suporte de mensagens religiosas, políticas, publicitárias, definindo também um código social. Cada um para poder manter boas relações com a família, vizinhos ou amigos tem de possuir várias capulanas, que lhe permitem intervir nos intercâmbios comunitários, económicos e sociais. Para cada evento é criada uma capulana que jamais será reeditada. É portanto muito difícil reunir uma grande quantidade de peças, como fica patente nesta mostra. Os direitos da mulher, um dos mais violados em África, estão particularmente presentes na exposição. Njami justifica-os: “Eu sou mulher por isso não estou alheia aos seus problemas.” Recorde-se que os trabalhos aqui apresentados estarão patentes até ao dia 7 de Julho e são provenientes de Moçambique, Camarões, República Democrática do Congo, Tanzânia, África do Sul, Gabão, Suazilândia e Burquina Faso. Cristóvão Araújo Sapo MZ, 17 de Junho de 2009

J.K. Rowling, autora da saga «Harry Potter», e a sua editora estão a ser processados por plágio, no valor de 592,5 milhões de euros

J.K. Rowling, autora da saga «Harry Potter», e a sua editora estão a ser processados por plágio, no valor de 592,5 milhões de euros. A família do falecido Adrian Jacob, que publicou «Willy the Wizard» em 1987 - dez anos antes do primeiro livro de Rowling e três anos antes de a mesma ter pensado em Harry Potter -, vai mesmo a tribunal para reclamar os direitos da ideia original. «Willy the Wizard» é também sobre uma criança que descobre ter poderes mágicos e foi enviado à editora de Rowling, a Bloomsbury Publishing, mas acabou por ser rejeitado. Seria publicado por uma companhia mais pequena, com o nome de «The Adventures Of Willy The Wizard No 1: Livid Land.» Jacob perdeu o seu dinheiro no crash da bolsa de 1991 e morreu seis anos depois, antes de «Harry Potter» ser o sucesso que é hoje. A acção, interposta pela família, reclama que o quarto livro da série, «Harry Potter e o Cálice de Fogo», é um plágio de «Willy the Wizard». Ambos os jovens participam num concurso de magia e tentam resgatar refém humanos aprisionados por criaturas meio-humanas em casas-de-banho. Mas parece haver outros pontos em comum. A primeira acção foi interposta contra a Bloomsbury, mas a família já garantiu que a escritora também será processada. A editora e Rowling já negaram as acusações. Sapo MZ, 17 de Junho de 2009

Os cuidados com o bebé absorvem toda a energia de uma nova mãe

Os primeiros dias de uma mãe Os cuidados com o bebé absorvem toda a energia de uma nova mãe Mas é essencial não se esquecer de pensar em si própria. Afinal, também acabou de nascer. A avalanche de emoções, nos primeiros dias após o nascimento de um bebé, é natural. Mas é tão avassaladora que nem sempre se consegue passar por ela de cabeça erguida e com um sorriso constante de felicidade completa. É claro que o bebé é lindo e maravilhoso, mas isso só faz com que os sentimentos negativos pareçam ainda mais despropositados. Então a culpa – que todas as mães tratam por tu – ataca em força, agravando mais a nuvem que teima em fazer sombra no espírito das mães acabadas de nascer. Insegurança, ansiedade, medo, cansaço, mal-estar físico, confronto com um corpo que não parece ser seu, dificuldades na amamentação são tudo ingredientes que podem fazer de um período tantas vezes idealizado como perfeito uma fase para esquecer. Não é por acaso que 10 a 15 por cento das mães sofre uma depressão no período sensível que se segue ao parto. Muitas delas tinham anteriormente factores que as predispunham para tal, mas também há casos em que nada fazia prever o surgimento de tal situação. Convém salientar que, entre muitos factores e circunstâncias, a experiência de parto é decisiva para a forma como a mãe se sente em relação a si própria. E depois, estar preparada para as emoções contraditórias do pós-parto, para os sentimentos menos bons, para as crises de choro – que são normais -, ou seja, pensar no assunto durante a gravidez e adoptar algumas estratégias que facilitam, na prática, a vida no pós-parto é também decisivo para que os primeiros dias e semanas sejam lembrados sobretudo pelos bons momentos. Sonhou tanto com o momento de ter o seu filho nos braços e agora que ele está aí, pode acontecer senti-lo como um estranho. O amor avassalador que esperava sentir pode parecer, afinal, estranho e débil. A tendência, quando tal sentimento de vazio se instala, é duvidar desde logo de ser uma boa mãe. Mas não só esta sensação é normal e frequente, como não tem absolutamente nada a ver com a sua competência maternal. O amor de uma mãe nem sempre surge de rompante no pós-parto. Muitas vezes exige que passe algum tempo, que se descubra e reconheça aquele bebé. Mas acredite que ele acaba por surgir, de forma apaixonada e incondicional. Sair de casa faz bem à mãe e ao bebé. Passar dias seguidos metida em casa é estar a alimentar a neura, quando o que se pretende é combatê-la. A amamentação, além de todas as vantagens que tem para a saúde do bebé e da mãe, permite saídas de casa descontraídas. A refeição do bebé está sempre pronta, na temperatura certa, e não exige transportar qualquer material que não esteja incluído em si própria. Assim sendo, não se entregue à inércia e procure sair pelo menos uma vez por dia, para um pequeno passeio. O carrinho coloca muitas vezes dificuldades logísticas e, para um recém-nascido, o contacto com a mãe nunca é demais. Por isso, opte pelo pano ou pelo canguru, verdadeiros prolongamentos da barriga que o transportou durante nove meses. Mas sair sem o bebé também deve fazer parte dos seus planos. Procure recomeçar rapidamente as actividades que mantinha antes do parto e que lhe davam prazer, seja exercício físico, a leitura de um livro, ou caminhar. Bastam duas horas para voltar com energias renovadas. O bebé pode ficar com o pai ou com uma avó e, acredite, ele vai sobreviver em bom estado. Texto de Ana Esteves Revista Pais & Filhos Sapo MZ, 17 de Junho de 2009

Suiça reitera vontade de apoiar Moçambique

Suíça reitera vontade de apoiar Moçambique O Governo suíço reiterou ontem que vai continuar a apoiar financeiramente os projectos de desenvolvimento de Moçambique, apesar de a sua própria economia estar a ressentir-se dos efeitos da crise mundial que desde Agosto do ano passado abala todo o mundo. A vice-presidente e ministra da economia suíça, Doris Leuthard, vincou, durante uma conferência de Imprensa conjunta que deu no termo das conversações que manteve em Berna com uma delegação moçambicana chefiada pelo presidente Armando Guebuza, que o seu país entende que não obstante a própria Suíça estar a ser afectada pela presente recessão mundial esse efeito será ainda mais avassalador para países de economias embrionárias como Moçambique, que mesmo antes desta crise já dependiam da ajuda externa para equilibrarem os seus orçamentos. Doris Leuthard explicou que o apoio do seu país a Moçambique compreende três vertentes, nomeadamente a bilateral, em que Berna desembolsa fundos para apoiar certos projectos que os dois países identificaram e acordaram que devem ser levados a cabo em certos pontos do país, a multilateral, que se traduz nas contribuições financeiras que o Governo suíço faz às organizações financeiras mundiais e africanas, como o Banco Mundial e o Banco para o Desenvolvimento da África (BAD e, finalmente, por via das ONG suíças que têm vindo a levar a cabo uma série de projectos de índole social no seio das comunidades moçambicanas, como a Helvética. Durante a conferência de Imprensa revelou que não era fácil dizer naquele momento quanto é que o seu país tem dado a Moçambique, mas referiu que a assistência bilateral tem sido de 30 milhões de francos suíços. Vincou que as relações de amizade entanto que tal e que são o que mais conta neste intercâmbio entre os dois países assentam numa velha amizade que foi sendo cimentada pelos vários missionários suíços que desde o século IXX se foram fixando em Moçambique e que acabaram fazendo dos povos dos dois países verdadeiros amigos. O Presidente Armando Guebuza limitou-se quase a subscrever tudo o que a dirigente suíça havia dito e explicado. O PR vincou que as relações de amizade, políticas e de cooperação entre os dois países "são excelentes", admitindo que no ponto em que estão "não podiam ser melhores". Para enfatizar o que tinha sido dito por Doris sobre quão antigas e profundas as relações de amizade entre os povos suíço e moçambicano são, Guebuza fez menção a Junod como um dos arquitectos do relacionamento entre os dois povos, dizendo que a obra antropológica que ele escreveu com o título “Usos e Costumes dos Bantus”, é tão importante que até hoje é uma referência obrigatória, não obstante a tenha escrito há várias dezenas de anos. Depois da sua estadia em Berna, Guebuza regressou a Genebra, onde visitou por algum tempo a sede da Organização Mundial do Comércio, tendo depois dado uma conferencia de imprensa aos jornalistas moçambicanos que cobriram esta sua visita de trabalho à Suíça, antes de regressar ao pais. Nessa conferência de Imprensa disse que a sua visita havia sido um sucesso, porque não só pôde expor as ideias de Moçambique sobre como se deve agir para se evitar que a crise afecte mais àqueles que são quem deverão solucioná-la com o seu trabalho – que neste caso são os trabalhadores – como teve a oportunidade de convidar empresários deste país a investir em Moçambique, para além dos frutíferos contactos que teve com os dirigentes suíços. Gustavo Mavie, em Berna, na Suíça Maputo,17 de Junho de 2009:: Notícias

George Obama publica um livro

George Obama publica um livro O meio-irmão mais novo do Presidente dos Estados Unidos, fotografado aqui em Nairobi, Quénia, está a trabalhar num livro a publicar nos EUA, em Janeiro de 2010, em co-autoria com Damien Lewis. Foto@EPA/Stephen Morrison

15 de junho de 2009

Mia Couto premiado no Brasil pela Fundação de Literatura Infanto-Juvenil (FNLIJ)

Mais um prémio para Mia Couto Premiado no Brasil pela Fundação de Literatura Infanto-Juvenil (FNLIJ). O livro infantil “O Gato e o Escuro”, do escritor moçambicano Mia Couto, foi premiado no Brasil pela Fundação de Literatura Infanto-Juvenil (FNLIJ). Ao mesmo tempo, a prestigia­da revista de assuntos pedagó­gicos “Crescer” elegeu o mesmo livro do autor moçambicano como um dos 30 melhores livros infantis publicados no Brasil no ano de 2008. A edição do Salão Anual da FNLIJ consagrará, no próximo dia 17 do corrente mês, uma sessão de leitura deste texto ilustrado por Mariana Castanha e editado pela Companhia das Letras. Recorde-se que o livro “O Gato e o Escuro” é um dos dois únicos títulos que Mia Couto escreveu para crianças e foi publicado, pela primeira vez, pela Editora Ndjira, no ano 2002. O outro livro, designado “O Beijo da Palavrinha”, foi editado no Brasil pela editora Língua Geral. O autor deslocar-se-á ao Brasil, no fim deste mês, para ser homenageado no Festival de Teatro de Língua Portuguesa que, na sua segunda edição, escolheu Couto como figura a ser destaca­da pela sua contribuição para o teatro nos países de língua por­tuguesa. Mia Couto fará igualmente, nesse período, o lançamento do seu novo romance que, no Brasil, terá por título “Antes do Nascer do Mundo”. O mesmo livro será publicado brevemente aqui no país, em An­gola e em Portugal, com o título de “Jesusalém”. Refira-se que, semana passada, mais um grupo, baseado na cidade de São Paulo, montou uma obra teatral de Couto com o tí­tulo “O Outro Pé da Sereia”. Redacção O País, Segunda, 15 Junho 2009

Um tatu com quatro dias

Um tatu com quatro dias Quatro tatus bebés foram salvos pelo ambientalista Kamilo Lara, da ONG Alerta Mundial, que os está a alimentar em casa. Os tatus são conhecidos pelas suas armaduras e estão considerados uma espécie em perigo de extinção. Foto@EPA/Mario Lopez

14 de junho de 2009

13 de junho de 2009

Moçambique: Restos mortais de Ricardo Rangel vão a enterrar segunda-feira

Restos mortais de Rangel vão a enterrar segunda-feira Os restos mortais do foto-jornalista moçambicano Ricardo Rangel, falecido na noite da última quinta-feira na sua residência, em Maputo, vão a enterrar segunda-feira, pelas 15 horas no Cemitério de Lhanguene, num acto antecedido de velório às 13 horas nos Paços do Município de Maputo. As exéquias estão a cargo do Estado moçambicano, através do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM). O decano do foto-jornalismo moçambicano perdeu a vida de forma súbita, no intervalo entre as 19.40 e 19.55 horas, enquanto aguardava pelo início do serviço noticioso das cadeias televisivas nacionais. Beatriz Kiener, viúva de Ricardo Rangel, contou que se apercebeu do funesto acontecimento por volta das 19.55 horas, quando chamou pelo esposo para lhe dar conta do início dos noticiários da televisão. Disse que momentos antes estiveram a conversar sobre a milionária transferência do futebolista português Cristiano Ronaldo, do Manchester United para Real Madrid. Entretanto, desde Setembro de 2006 Ricardo Rangel padecia de problemas cardiovasculares, tendo ficado hospitalizado durante perto de um ano. Por causa deste problema foi-lhe amputada uma das pernas em 2007. Vinha recuperando, apesar de algumas recaídas de quando em vez. Ricardo Achiles Rangel foi um dos primeiros jornalistas de imagem, cuja carreira iniciou no tempo colonial. Ao longo do regime colonial português, diversas fotografias de Ricardo Rangel foram banidas devido ao seu carácter crítico. Aliás, em entrevista à BBC em Junho de 2005, Ricardo Rangel chegou a dizer que os “censores” da era colonial não eram muito inteligentes. “Muitas vezes eles não se apercebiam da mensagem que transmitia certo texto ou determinada fotografia: não sabiam ler as fotografias. Passaram algumas que eram declaradamente contra o regime, mas a maioria só foi publicada depois da independência”, disse na altura. Ao longo da sua carreira, Ricardo Rangel fotografou diversos acontecimentos que documentam diversos factos de carácter socio-económico e cultural do país. O trabalho de Ricardo Rangel foi reconhecido internacionalmente, sendo que parte do seu espólio foi publicado em livros. Considerado “pai” do foto-jornalismo moçambicano, Ricardo Rangel foi responsável pela formação uma nova geração de fotógrafos, tendo fundado o Centro de Formação Fotográfica (CFF), de que era director desde 1983. Fez parte do grupo de jornalistas da revista “Tempo”, a primeira publicação a cores do país, bem como trabalhou para os jornais Notícias da Tarde”, ”Notícias”, “A Tribuna”“ e “Domingo”, onde foi director entre 1982 e 1983. Ano passado, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição do Ensino Superior do país, distinguiu Ricardo Rangel com o título de Doutor Honoris Causa em História Visual, em reconhecimento da sua contribuição para o país ao longo do seu percurso humano e profissional. Maputo, Sábado, 13 de Junho de 2009:: Notícias

Moçambique: Morreu Ricardo Rangel (1924–2009)

Fotografia, Jornalismo e Jazz, de luto Morreu Ricardo Rangel (1924–2009) Maputo (Canal de Moçambique) – O foto-jornalista Ricardo Rangel morreu ontem, 11 de Junho de 2009, cerca das 20 horas, na sua residência na Av. Julius Nyerere, em Maputo. Morreu tranquilamente. Estava a repousar. Ricardo Rangel nasceu em 1924, em Lourenço Marques, cidade que a partir de 1976 passou a designar-se por Maputo. Ficará para a história como o primeiro jornalista não branco a entrar (1952) para uma equipa de um jornal em Moçambique, como repórter fotográfico do “Notícias da Tarde”. Fez da fotografia a sua arma de luta contra o colonialismo e, depois da independência nacional, de denúncia de abusos e arbitrariedades das autoridades. Era filho de um homem de negócios grego, com uma ascendência de uma mistura étnica rica, com origens na Europa, África e China. Cresceu em casa da sua avó nos arredores da cidade de Lourenço Marques e viveu em várias cidades de Moçambique, onde sobressaiu a sua passagem pelo Diário de Moçambique criado na Beira pelo bispo católico que se notabilizou a denunciar as arbitrariedades e a discriminação racial e social, opondo-se ao regime colonial. Trabalhou no Notícias da Beira em meados dos anos 60, como repórter-fotográfico, altura em que se notabilizou por ter sido quem registou as imagens do incêndio de gás do Pande. Na Beira trabalhou ainda para a Voz Africana, um jornal editado pelo Centro Africano. Iniciou a sua notável carreira como fotógrafo profissional, em 1941, como aprendiz de laboratório de fotografia do caçador de elefantes que se tornou fotógrafo profissional, Otílio Vasconcelos. A sua bibliografia publicada por Christoph Merien Veriag, em “Iluminando Vidas”, diz ainda que em 1940 Ricardo Rangel foi trabalhar para o laboratório do estúdio fotográfico “Focus” onde começou a ganhar fama como impressor a preto e branco. Depois passou a fazer revelações fotográficas na câmara-escura no jornal bilingue “Lourenço Marques Guardian”.
Em 1970 tornou-se co-fundador da revista «Tempo» e seu editor fotográfico. Fundou o Centro de Formação Fotográfica de Maputo onde está hoje preservada uma colecção de alto nível de imagens do País. Foi também fundador do «Domingo» semanário de que se tornou o primeiro director, sendo assim a primeira vez que no País um foto-repórter ascendia a tal cargo. Era casado com a cidadã Suiça, Biatrice. Foi recentemente elevado à categoria de Doutor em História da Fotografia pela Universidade Eduardo Mondlane. Tem as suas obras permanentemente expostas em algumas das mais conceituadas galerias do Mundo. Era o decano dos fotógrafos e jornalistas moçambicanos e um aficionado e activista do Jazz que percorreu mundo impulsionando o gosto por esta forma musical e de arte de que era possuidor de uma vasta e rica discoteca.
Foi fundador da Associação Moçambicana de Fotografia (AMF) e seu primeiro presidente. Era seu presidente Honorário Vitalício. Os jornalistas do «Canal de Moçambique» rendem aqui a Ricardo Rangel a sua última homenagem e endereçam à família enlutada as mais sentidas condolências. (Redacção)
12 de Junho de 2009

Austrália: Os bandidos da estrada

Os Bandidos da estrada Um elemento dos Bandidos MC durante um encontro de motards no parque Moore, em Sidnei, Austrália. Além dos Bandidos MC o evento contou com patricipações dos Hells Angels, Bandidos, Rebels, Comanchero, Vietnam Veterans, Grave Diggers ou Bikers for Christ. Foto@Lusa/Dean Lewins

Sea Life no Porto

Sea Life no Porto Um tubarão do Aquário Sea Life que vai ser inaugurado na próxima segunda-feira, 15 de Junho, com um total de 5600 peixes, 12 Junho 2009, no Porto. Foto@Lusa/Estela Silva

11 de junho de 2009

Marrabenta-Moçambique

Cesária Évora: Angola

Cesária Évora: Sodade

Bana: Mexe mexe

Cabo Verde: Cidade Velha eleita uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo












Cabo Verde: Cidade Velha eleita uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo A lista das "Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo" foi revelada ontem, 10, durante uma cerimónia de gala na Arena de Portimão. Cidade Velha figura entre os patrimónios eleitos. Os sete monumentos mais votados foram: a Fortaleza de Diu (Índia), Fortaleza de Mazagão (Marrocos), Basílica do Bom Jesus de Goa (Índia), Cidade Velha (Cabo Verde), Igreja de São Paulo (Macau), Convento de São Francisco de Assis da Penitência (Ouro Preto, Brasil) e o Convento de São Francisco e a Ordem Terceira (Salvador da Baía, Brasil). Os cantores cabo-verdianos Tito Paris e Boss AC participaram do cartaz musical preparado para a noite de gala, que também contou com as actuações de Daniela Mercury, Maria João, Paulo Gonzo, Rui Veloso e Ricardo Ribeiro e Rabih Abou-Khali. Ao todo, 27 patrimónios históricos de 16 países diferentes disputaram o título. A instituição "New 7 Wonders Portugal", que promoveu o evento, conta que considerou o valor histórico e patrimonial de cada monumento para chegar à lista final dos 27 concorrentes. A instituição revelou que vai lançar agora o concurso das “Sete Maravilhas Naturais de Portugal”, cuja declaração oficial será divulgada em 2010, nos Açores. O ministro da Cultura, Manuel Veiga, exprimiu já a sua satisfação pela escolha, afirmando a RCV que se trata de uma "grande lufada de ar fresco", tendo em conta que no próximo dia 22, em Sevilha, a UNESCO irá decidir se a Cidade Velha passara ou não a integrar a lista de património da humanidade. RB A Semana, 11 de Junho de 2009

Suiça: Rock com barbas

Suiça: Rock com barbas Os ZZ Top durante um dos concertos do Caribana Openair Festival, que decorre em Crans-sur-Nyon, na Suíça. Foto@EPA/Laurent Gillieron

10 de junho de 2009

Nelson Mandela: um dos maiores líderes políticos da história moderna


Nelson Mandela: um dos maiores líderes políticos da história moderna Nelson Rolihlahla Mandela (Qunu, 18 de Julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul (entre 1994 e 1999). Principal representante do movimento antiapartheid, como activista, sabotador e guerrilheiro. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prémio Lenin da Paz, que acabou por receber só em 2002. Actividade política Depois de a eleição de 1948 dar a vitória aos africanders do Partido Nacional, apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se membro activo do ANC, tomando parte no Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid. Comprometido de início apenas com actos não violentos, Mandela e os seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana disparou sobre manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do ANC e outros grupos antiapartheid. Mandela foi um dos maiores líderes políticos da história moderna. Prisão A 12 de Junho de 1964 foi condenado a prisão perpétua por planear acções armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o ANC (que viria a público em 10 de Junho de 1980) que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" Recusando trocar uma liberdade condicional pela recusa em incentivar a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do ANC e a pressão internacional conseguiram que fosse libertado a 11 de Fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O ANC também foi retirado da ilegalidade. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da paz em 1993 Presidência do ANC e presidência da África do Sul Como presidente do ANC (de Julho de 1991 a Dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de Maio de 1994 a Junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no governo, o apartheid, ganhando respeito internacional pela sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Alguns radicais ficaram desapontados com os rumos de seu governo, entretanto; particularmente na ineficácia do governo em conter a crise de disseminação da SIDA. Casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano e aliado do ANC. Em 1993, com de Klerk, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em Maio de 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeira eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de outras linhas políticas. Afastamento da política Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Isabel II, e a Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush. Sapo MZ, 13 de Maio de 2009