17 de junho de 2009

Suiça reitera vontade de apoiar Moçambique

Suíça reitera vontade de apoiar Moçambique O Governo suíço reiterou ontem que vai continuar a apoiar financeiramente os projectos de desenvolvimento de Moçambique, apesar de a sua própria economia estar a ressentir-se dos efeitos da crise mundial que desde Agosto do ano passado abala todo o mundo. A vice-presidente e ministra da economia suíça, Doris Leuthard, vincou, durante uma conferência de Imprensa conjunta que deu no termo das conversações que manteve em Berna com uma delegação moçambicana chefiada pelo presidente Armando Guebuza, que o seu país entende que não obstante a própria Suíça estar a ser afectada pela presente recessão mundial esse efeito será ainda mais avassalador para países de economias embrionárias como Moçambique, que mesmo antes desta crise já dependiam da ajuda externa para equilibrarem os seus orçamentos. Doris Leuthard explicou que o apoio do seu país a Moçambique compreende três vertentes, nomeadamente a bilateral, em que Berna desembolsa fundos para apoiar certos projectos que os dois países identificaram e acordaram que devem ser levados a cabo em certos pontos do país, a multilateral, que se traduz nas contribuições financeiras que o Governo suíço faz às organizações financeiras mundiais e africanas, como o Banco Mundial e o Banco para o Desenvolvimento da África (BAD e, finalmente, por via das ONG suíças que têm vindo a levar a cabo uma série de projectos de índole social no seio das comunidades moçambicanas, como a Helvética. Durante a conferência de Imprensa revelou que não era fácil dizer naquele momento quanto é que o seu país tem dado a Moçambique, mas referiu que a assistência bilateral tem sido de 30 milhões de francos suíços. Vincou que as relações de amizade entanto que tal e que são o que mais conta neste intercâmbio entre os dois países assentam numa velha amizade que foi sendo cimentada pelos vários missionários suíços que desde o século IXX se foram fixando em Moçambique e que acabaram fazendo dos povos dos dois países verdadeiros amigos. O Presidente Armando Guebuza limitou-se quase a subscrever tudo o que a dirigente suíça havia dito e explicado. O PR vincou que as relações de amizade, políticas e de cooperação entre os dois países "são excelentes", admitindo que no ponto em que estão "não podiam ser melhores". Para enfatizar o que tinha sido dito por Doris sobre quão antigas e profundas as relações de amizade entre os povos suíço e moçambicano são, Guebuza fez menção a Junod como um dos arquitectos do relacionamento entre os dois povos, dizendo que a obra antropológica que ele escreveu com o título “Usos e Costumes dos Bantus”, é tão importante que até hoje é uma referência obrigatória, não obstante a tenha escrito há várias dezenas de anos. Depois da sua estadia em Berna, Guebuza regressou a Genebra, onde visitou por algum tempo a sede da Organização Mundial do Comércio, tendo depois dado uma conferencia de imprensa aos jornalistas moçambicanos que cobriram esta sua visita de trabalho à Suíça, antes de regressar ao pais. Nessa conferência de Imprensa disse que a sua visita havia sido um sucesso, porque não só pôde expor as ideias de Moçambique sobre como se deve agir para se evitar que a crise afecte mais àqueles que são quem deverão solucioná-la com o seu trabalho – que neste caso são os trabalhadores – como teve a oportunidade de convidar empresários deste país a investir em Moçambique, para além dos frutíferos contactos que teve com os dirigentes suíços. Gustavo Mavie, em Berna, na Suíça Maputo,17 de Junho de 2009:: Notícias