1 de junho de 2009

Maputo: Chama-se o "Bazart" e assume-se como «a montra de Moçambique»

Espaços: o Bazar da Arte Chama-se “Bazart” e assume-se como «a montra de Moçambique», através das suas peças de artesanato, acessórios de moda, roupa, produtos de beleza, cosméticos, objectos utilitários e de decoração. Está situada no coração da cidade das Acácias e contemplada pela arquitectura de um dos edifícios históricos de Maputo, o Centro Cultural Franco Moçambicano – um antigo Hotel Clube construído no século XIX.. O projecto promove as tradições e a identidade cultural Africana através de peças de arte, popular e artesanal. Com um design contemporâneo e inovador, a “Bazart” já é uma referência em Moçambique no panorama do comércio justo. A “Bazart” tem uma atmosfera afro-chic, com um ambiente colorido, onde o laranja impera. De acordo com Beatriz Costa, uma das mentoras do projecto, esta ideia surgiu porque «África possui uma forte tradição de produção e comercialização de artesanato, e já há uma forte máquina de marketing associada a estes produtos». Adianta que «como grande exemplo, na África do Sul o sector de artesanato contribui com cerca de 3.4 mil milhões de rands anuais para a economia nacional». O que começou como um projecto de dois amigos - uma consultora e um director de arte - rapidamente se tornou num mercado de artesanato nacional diferente, essencialmente caracterizado pelo savoir faire dos colaboradores da loja. Este projecto já está associado a várias comunidades de artesãos em Moçambique, Suazilândia, Zimbabué e África do Sul. Além da boa localização, a “Bazart” está no lugar ideal para promover estes artistas e o seu trabalho, uma vez que o CCFM é um ponto de passagem de culturas, gentes e arte. Quem lá entra pode adquirir peças únicas que não se encontram no negócio informal de rua, para o mercado de turistas e nacionais. A "Bazart" congrega o esforço de artistas, designers e artesãos, que aqui vendem, e expõem os seus trabalhos únicos e de "consciência ambiental". O design de roupa está a cargo de estilistas locais e internacionais, sempre dando destaque às necessidades do dia-a-dia e envolvendo a capulana. Há ainda espaço para se adquirir cerâmica tradicional de qualidade e instrumentos musicais tradicionais, como a famosa ‘timbila’ – da zona de Zavala, provincial de Inhambane. Magda Burity da Silva SAPO MZ, 29 de Maio de 2009