30 de setembro de 2008
Malangatana Valente Ngwenya (Biografia)
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Moçambique
29 de setembro de 2008
Samora Moisés Machel se estivesse vivo completaria hoje 75 anos de idade
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Moçambique - História
28 de setembro de 2008
Aiué (Cochat Osório)
AIUÉ Dominga num qué chorár. Os minino já tá no vapor. E bana co mão e bana co lenço: mmammann, mmamman, mmamman... Dominga num qué chorár. E si vai chorár num vai ver mais esse vapor, nim os minino que tá nesse vapor, nim... Num pode, não; Dominga num pode. Dominga num qué chorár. Sô Gome tá inda na escada. E conta as imbamba. E ráia neses negro que tá a le estragar a maios mior, esse mala que Dominga rumou cos coisa desses minino. Mas os minino já tá memo no vapor. Dominga tá ver eles. E bana co mão e bana co lenço. E Dominga les ouve qui fara: mmamman, mmamman, mmamman. Dominga les ouve nesses confusão toda. Cos home que tá raiá nesses negro que ruma os saco. E esse máquina que tá sempre a pitár. Esse branco que manda-le sair todo o tempo e passa co máquina grande e despois já num vai, só quer é vortár. Dominga les ouve no coração: mmamman, mmamman, mmamman... Ma Dominga tem o coração pêsado no disgosto. E os óio tá co a vontade, ma Dominga num deixa-les chorár. E se Dominga les deixa, atão já sabe cos óio num vê mais esse vapor. E Dominga num qué, Dominga num qué chorár. Dominga percebeu. Nesse dia qui sô Gome vendeu o roça. Num farou nada. Despois, sô Gome qui diz: - Dominga, me deixa levá os minino no Puto. Qui, vai dar é mulato safado nesses muceque. Eu põe no colégio dos branco. Vai ter educação... Dominga num qué: é os minino dera, os minino que mamou nesses peito. Dominga num qué. Num pode. Num qué le deixár! - Atão?!... Dominha num qué chorár. E os minino já tá no vapor: mmamman, mmamman, mmamman... E bana co mão e bana co lenço. E Dominga num tá querêr. E despois num percebe. E esse branco le grita e fasta-le do máquina. E esse máquina vai; e despois já num qué só qué é vortar, caté parece ´s os óio de Dominga que tá só co vontade ma num pode mais chorár. E Dominga num tá repará nesses confusão todo. Sabe só que sô Gome tá a les pagar nesses negro o siriviço. E cos minino já tá no vapor e... Dominga num qué chorár. Esses minino é os minino dera, mamou nesses peito. Atão?! E despois... Quando Gome le disse, Dominga num qué deixár. Dominga... Como é?... Atão vucê num viste qui num pode?! Rispondeu-le nessa hora: - Zeca, diga nesses minino que fara no sua mamã, que escreva no sua mamã, que... Os minino num vais vortár. Dominga é que sabe. Os minino num vais votrár. Já tá é nesse vapor. E bana co mão e bana co lenço. E Dominga les ouve que fara no sua mamã. Mas é só Dominga que les percebe e panha esses voz nos confusão. E Dominga é que sabe no coração qué o voz dos minino dera. Le chamou de Zeca treis veiz. Primeiro, inda é minima. Foi no loja. Sô Gome trabaia no loja. E Dominga le diz: «me dá o fuba, ân, e o azeite de palma, ân e...» Sô Gome tá só é a le ver. «Atão?!, me despacha! Sô Gome... ná... Sô Gome le põe as mão nesses peito. Dominga le diz: Sô Gome!..., num mexe!; que vucê tá fazer?, ân? Juízo! Vucê qué me desgraçár?» Despois... eh!... Despois os coisa aconteceu. Atão... Que tem? Atão Dominga le diz: - Zeca, vucê me desgraçou! Ma Gome le queria nessa negra Dominga. E deu-lhe os pano. E os cordão de missanga. E risorveu esses coisa cos famíria, caté pagou alembamento. Dominga migou co branco. E foi no casa do branco. Dominga num é mais negra de sanzala. Num é já como esses negro servage, esses negro de sanzala: migou co branco. E os negro, nessa hora, já tá a le chingár. Caté le chama de desgraçada. Bandonou o sua raça. O Deus vai le castigár. - Atão?!... - Mêmo. E nessa hora eles percebe ou num percebe, tá ver, e diz que Deus é branco. - Atão, si Deus é branco... os negros num é fio de Deus?! Atão?!... E vucê tá a me ráiár porque eu faz os meus fios... fio de Deus?! - Tu vai fazer é mulato. - Mulato?! - E tu num sabe que mulato num tem sangue? Porque tu num diz no sô Gome que vê nos livro? Tá lá. Mulato num tem sangue. Num tá. Dominga sabe. Aqueres minino tem sangue. É os minino dera. E tá no vapor. E vai no Puto. E num vai vortár. Dominga se lembra. Les disse nos véio: «desgraçado é vucês, ân, vucês é qué desgraçado». Ma Dominga tá ficar co medo. É medo dos feitiço. E vai no quimbanda. Dominga migou co branco. Tá na casa do sô Gome. E Dominga toma conta. E já vai ter os minino. E despois vai ficar véia. E fica véia, fica... Já tá mêmo véia. Sô Gome le manda dormir no esteira. E sô Gome, tá ver, ele faz o que quére. Dominga percebe. Ma Dominga tem esses minino qué os minino dera. Dominga migou co branco. Num é mais negra de sanzala, não. Ela sabe co sô Gome... Que tem?!... Tem muito, eh! Ma Dominga é que tá no casa e toma conta e tem os minino pa le dar fericidade. Os outros negro vem só quando... quando cabou o fuba, quando qué le pedir o... o... coisa, quando qué le vender o ovo... Dominga percebe... Mas ela tem os minino, esses minino bom qué os minino dera. E Dominga les juda. E num zanga. Assim é que é. Atão sô Gome deixou o loja. Faz o roça nesses lavra qué dos famíria dera. E les diz que... bem! Que tá tudo bandonado. E co café é o café do passarinho. E aqueles já tá é perder os direito. Atão, sô Gome disinvorveu. E... eh!... E o roça já tá é mais grande. E sô Gome já tá o home co dinheiro. E quére os lavra dos outros. E les compra. E só mêmo esses véio é que bana co cabeça e fara que... bem! Que num tá certo! E fara co Gananzambi vai le castigár. Ma Gome num le importa. E Dominga tem é os pano bonito, os panos mais mior. E os purseira. E o cordão. Chamou-le Zeca outra veiz, quando minino morreu. Sô Gome bateu! - Negra safada! Atão vucê leva o minino no quimbanda e eu mando no dòtor? Dominga num percebe. Dominga num pode. E tá chorá mêmo: - Zeca, os minino morreu! Sô Gome também tá chorár. E num le bate mais na mamã dos minino. Os minino morreu! Despois le chamou Zeca essa veiz. E le diz: - Zeca, diga nos minino que escreva na sua mamã... E os minino vai'mbora. Sô Gome é bom. Mêmo bom. E queria le dar esse casa no cidade, esse casa nova. E pôr os dinheiro no Banco e... Dominga num ceita: Dominga é negra, ela sabe, negra de pano. E Dominga... Dominga le diz: - Me dê o casa de pau a pique no Bairrà Pêrário. E co quitanda, ân?! E ranja o licença, ân?! E... Me deixe!... Eu vive nesse negócio. Não pricida os dinheiro, não precisa os casa no cidade. Eu é negra, ân?!, tu sabe. Ma diz nesses minino que escreve no sua mamã, que fara no sua mamã. Ouviu? Dominga, ela sabe, minino num vai vortár. Num vai mêmo. Nim escreve no sua mamã. Os minino... Tá ver, esses minino já tá no vapor. E bana co mão e bana co lenço. E... mmamman, mmamman, mmamman... Dominga num qué chorár. E se vai chorá, num vair ver mais esse vapor. E Dominga qué ver esse vapor. Num pode, ela sabe, esses minino num vai vortár. Dominga... Os minino vai ficar nesses corégio dos minino branco. Num vai dar mulato safado nesses muceque. E despois os outros minino vai le perguntár: - Quem é o sua mamã? - Mia mamã?, - minino tem cabelo de carapinha - Mia mamã? É fia do soba lá na mia terra. Vucê leu no história aquela rainha que sentou no escrava e despois que diz: num levo cadera? É mia avó. Minino pricisa ter mãe portante; minino pricisa é ter orgúio, ân?! E Dominga, ela sabe... Dominga... Esses minino num vais vortár. E si vais vortár, é iguar. Já vem é home co dinheiro. Sô Gome les dá esse quitári do roça e fica portante. E Dominga sabe: esses minino num vai querer bem nessa mamã que é negra de pano e tem o quitanda no Bairrò Pêrário. Os minino num vai vortár na sua mamã. Num vai vir mêmo. Num vai escrever mais. Primeiro manda retrato. E manda mucanda. E despois, nem nada. Dominga sabe: os minino num vair vortár. Ma Dominga deixa-les ir. Os óio é que tá querê chorár, ma Dominga num quére. Os minino tá no vapor. E si Dominga vai chorár os óio num vê mais esse vapor. E Dominga les vê, caté les ouve e panha esse voz dos fio dera nos confusão desses home que traz os saco e traz os imbamba e desse branco desgraçado que tá sempre a le fastar e passa co máquina e vorta co máquina... Caté quando esse desgraçado pára esse máquina e tapa-le os minino. Dominga tá ver... Antonica... Tão bonia!... Tonica que tá tão bonita com esses lacinho vermeio nos cabelo... E... E Bastião que vai é mijar esses carça qué de fazenda... Num tem a sua mamã pa le tomar conta... E Zèquita... Tão grande!... Botoou os botão todo do casaco caté em cima... Zèquita também... E Tonica que canta tão... Canta mêmo!... E Dominga tá pensá que Tonica vai cantár é nos rádio. E quando esses povo tá ouvir esses música que mexe co gente, esses cantiga qué bom pa dançár, esses... ân?!... Tonica é que tá cantár, Tonica, a fia da Dominga, desse corpo, e... Dominga num qué chorár, num pode mais chorár e si vai chorár, Dominga, ela sabe... Não, num pode chorár, quesse branco já fastou-le outra veiz e Dominga qué ver é esses vapor e... Bastião, tão lindo! Tem tanto esperto nos cabeça, o Bastião!... E si Bastião vai estudar muito? E si vai ser é dótor? E esses povo vai le chamar dótor Bastião... Dótor Bastião, qué fio dessa negra Dominga... Tu sabe, aquera que tem o quitanda li no... Dótor Bastião... Dótor... E Zeca!... Tem tanto jeito na bola o Zeca! Coitado do zeca... Tá ver quando ele tá no muceque. Tá ver ele a correr no trás desse bola. E si Zeca tem tanto jeito na bola? E si Zeca vai jogár bola? E quando esses home tá no pé dos terefonia, nos rádio, e tá mêmo a ouvir... e começa vançar... E fará mais depressa caté... E já tá gritár: Ze-ca!, Ze-ca!, ZE-CA! GOOOLOO!!! É Zeca! Mêmo o Zeca! Esse Zeca que saiu desse corpo! Dessa negra que taí nesses confusão do porto! Dessa Dominga que tem... Tu lembra essa negra véia co quitanda, ân?!... Dessa mamã que tá mêmo... Não, num tá. Num pode. Num qué Chorár. Qué ver é o vapor. E os minino E si vais chorár esses óio num pode mais les ver. Atão Dominga fica a les óiar. E o vapor pitou. E tá mexer. E fastou. E Dominga num tá ouvir os minino que diz mmamman, mmamman, mmamman. Vê só é esses minino que bana co mão, que bana co lenço. E Dominga atão num pode mais sigurár esses óio. E se senta. E joéia. E garra os cabeça de carapinha com esses mão que num tem mais os minino pa fazer os festa. E chora. Chora. E fara co disgosto: aiué!... aiué!... aiue!... E esses branco que tá passár num le percebe: - Essa negra tá piruca! Num tá piruca, não! Dominga num bebeu. Dominga sabe só que num vair ver mais os minino. E quesses minino num vais vortár. E si vais vortár num vai mais si lembrá desses mamã negra de pano. E vê nesses óio, que já tá todo a chorár, vê só os minino que bana co mão e bana co lenço e..., mmamman, mmamman, mmamman, mmamman, mma... Cochat Osório
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Contos Angolanos
27 de setembro de 2008
Mc Roger - Dança marrabenta
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Dança,
Marrabenta,
Moçambique,
Música,
Videoclip
25 de setembro de 2008
Marrabenta! - Cinema Manuel Rodrigues, L. Marques, 1970
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Dança,
Marrabenta,
Moçambique,
Música,
Videoclip
24 de setembro de 2008
Depoimento autobiográfico (José Craveirinha)
DEPOIMENTO AUTOBIOGRÁFICO, JANEIRO DE 1977
"Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo. Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto. Pela parte da minha mãe, claro. Por parte do meu pai fiquei José.
Aonde? Na Av. do Zichacha entre o Alto Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.
Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato. A seguir fui nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros. Quando o meu pai foi de vez, tive outro pai: o seu irmão. E a partir de cada nascimento eu tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso, muito cedo, a terra natal em termos de Pátria e de opção. Quando a minha mãe foi de vez, outra mãe: Moçambique.
A opção por causa do meu pai branco e da minha mãe negra.
Nasci ainda mais uma vez no jornal "O Brado Africano". No mesmo em que também nasceram Rui de Noronha e Noémia de Sousa. Muito desporto marcou-me o corpo e o espírito. Esforço, competição, vitória e derrota, sacrifício até à exaustão. Temperado por tudo isso.
Talvez por causa do meu pai, mais agnóstico do que ateu. Talvez por causa do meu pai, encontrando no Amor a sublimação de tudo. Mesmo da Pátria. Ou antes: principalmente da Pátria. Por causa da minha mãe só resignação.
Uma luta incessante comigo próprio. Autodidacta.
Minha grande aventura: ser pai. Depois eu casado. Mas casado quando quis. E como quis.
Escrever poemas, o meu refúgio, o meu país também. Uma necessidade angustiosa e urgente de ser cidadão desse país. muitas vezes altas horas da noite."
José Craveirinha, Janeiro de 1977
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Poetas e Escritores de Moçambique
23 de setembro de 2008
Natal (José Craveirinha)
NATAL A cidade acordou em festa. Natal! Natal! A Baixa encheu-se de gente. Nas lojas os brinquedos atraíam os pais com as crianças pela mão. Maguébe o negrinho, sobraçando seu monte de aspargos, parou em frente de uma montra. Os olhos abriram-se gulosamente perante as maravilhas tão perto e tão longe dele, que aquilo tudo era um sonho boiando nas pupilas redondas e cheias de todas as fomes de África. Triciclos, motos, camiões, aviões e tantas coisas mais, feitiçaria misteriosa para Maguébe, estavam ali atrás do muro de vidro. Maguébe seguiu depois, rua fora, com seu grande ramo verde debaixo do braço e no pensamento: «a shitututo, a mimova, a shitimela... oh... inkuasu psa Quissimuce ya valungu!» Um búzio grande soprava na alma de Maguébe as ânsias de um menino sem um balão sequer na mão escura, um reles balão encarnado para ele assoprar, o balão inchado como um sapo enorme. Os machimbombos passavam pejados de gente com pressa. Nas lojas há um entra-e-sai initnerrupto como formigueiro. Maguébe cruza a rua, um carro buzina e passa, rápido, um olhar zangado do motorista da cabeça aos pés. No bazar as pessoas iam e vinham, de banca em banca, numa lufa-lufa de batatas, legumes e frutas do Transval e também outras coisas que Maguébe nunca tinha comido e cujos nomes não sabia. Maguébe passou no bazar, vendo, ouvindo e cheirando. Mas o maior milagre de Culucumba era a falta de espaço para a cobiça na alma do pequeno vendedor de ramos de aspargos. Ele não sofria e nunca provara aquelas coisas bonitas que brilhavam do outro lado do vidro das montras. A filosofia de Maguébe nascia e vivia de não saber. Talvez fossem coisas boas, mais gostosas que o sumo de caju; a tincarosse; a mapsincha madura, mais coisas que não tinha perdido porque nunca as tivera. Talvez mesmo fossem melhores que mavunga!... Maguébe, agora que estava morando na cidade, sentia vontade de provar as coisas dos mulungo. Quando ele descia as ruas gritando: - Aspargo minha sinhôr!!!, havia senhoras que tinham pena dele e davam comida, às vezes bolos que ficavam do dia de anos do menino. Maguébe ficava contente e comia até lamber os dedos. Maguébe ficava sentado debaixo de uma sombra de cajueiro, descobrindo o gosto dos bolos até ao lamber dos dedos. Hoje, véspera de Natal, Maguébe sai caminhando rua acima, buscando as moradias, a boca gritando: - Aspargo minha sinhôr... - e os grandes olhos amarrados ainda às paredes de vidro das casas grandes de chilunguine. - Aspargo minha sinhôr!!! Mas a voz hoje perde-se no burburinho da cidade e no barulho dos motores dos automóveis que são os donos das estradas negras de alcatrão: - Dá bocadinho de pão minha sinhôr... Espreita nos portões, grita através das grades mas o apelo morre na lufa-lufa dos preparativos do Natal. Maguébe olha, ajeita o ramo de aspargos no braço nu e lá vai estrada em estrada com o Natal nos olhos, nos ouvidos e no nariz achatado e a luzir em vão no ar embuzinado e festivo: - As... par... go... minha sinhôr... Já longe o pregão de Maguábe ainda corta a atmosfera festiva da cidade, paira no ar como um balão suspenso: - As... par... go... minha sinhôr... E nas veias do menino que veio do fundo da Munhuana com seu ramo de aspargos, um batuque estranho bate e repercute pelo corpo todo como se mil demónios dançassem chibugo dentro da sua barriga: Qui... ssi... mu... ce! Qui... ssi... mu... ce! José Craveirinha
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Contos Moçambicanos
20 de setembro de 2008
Povo e Cultura de Moçambique
POVO E CULTURA DE MOÇAMBIQUE
Moçambique sempre se afirmou como pólo cultural com intervenções marcantes, de nível internacional, no campo da arquitectura, pintura, música, literatura e poesia.
Nomes como Malangatana, Chichorro, Mia Couto e José Craveirinha entre outros, já há muito ultrapassaram as fronteiras nacionais.
Moçambique possui uma rica tradição cultural de arte, cozinha, música e dança.
Importante também e representativo do espírito artístico e criativo do povo moçambicano é o artesanato que se manifesta em várias áreas, destacando-se as esculturas dos Macondes do Norte de Moçambique.
Também na área do desporto se tem destacado em várias modalidades, como a Lurdes Mutola no atletismo.
Isto reflecte a diversidade da história e valores familiares moçambicanos que em conjunto criam as identidades do Moçambique moderno.
Moçambique possui uma longa tradição de coexistência de diferentes raças, grupos étnicos e religiosos.
Ao contrário de muitos outros lugares no mundo, a diversidade cultural e religiosa (cristianismo, islamismo e cultos tradicionais), raramente tem sido uma razão para conflitos em Moçambique.
Etnias
Moçambique é um mosaico cultural constituído por várias etnias, destacando-se as seguintes a norte do Zambeze: os Suahílis, os Macuas-Lomués, os Macuas e os Ajauas; e a sul do Zambeze: os Chonas, os Angonis, os Tsongas, os Chopes e os Bitongas.
Línguas
A diversidade linguística de Moçambique é uma das suas principais características culturais. Para a maioria da população (principalmente no campo), estes idiomas nacionais constituem a sua língua materna e a mais utilizada diariamente.
As diversas línguas nacionais, são todas de origem bantu, sendo as principais: cicopi, cinyanja, cinyungwe, cisena, cisenga, cishona, ciyao, echuwabo, ekoti, elomwe, gitonga, maconde (ou shimakonde), kimwani, macua (ou emakhuwa), memane, suaíli (ou kiswahili), suazi (ou swazi), xichangana, xironga, xitswa e zulu.
Devido à considerável comunidade asiática radicada em Moçambique, são também falados o urdu e o gujarati.
Com o objectivo de criar uma identidade nacional, o Português foi adoptado como língua oficial depois da independência.
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Moçambique - Cultura
16 de setembro de 2008
História de Moçambique: A Luta pela Independência
A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA
A opressão secular e o colonial fascismo português acabaria por obrigar o Povo moçambicano a pegar em armas e lutar pela independência. A luta de libertação Nacional, foi dirigida pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique).
Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU(Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique Independente).
Dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, a FRELIMO iniciou com a luta de libertação Nacional a 25 de Setembro de 1964 no posto administrativo de Chai na província de Cabo Delgado.
O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, acabaria por morrer assassinado a 3 de Fevereiro de 1969.
A ele sucedeu Samora Moisés Machel que proclamou a independência do País a 25 de junho de 1975.
Machel que acabou morrendo num acidente aéreo em M'buzini, vizinha África do Sul acabou sendo sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que por sua vez foi substituido pelo actual Presidente Armando Emílio Guebuza.
A partir do início dos anos 80, o País viveu um conflito armado dirigido pela RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique). O conflito que ceifou muitas vidas e destruiu muitas infra-estruturas económicas só terminaria em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a RENAMO.
Em 1994 o País realizou as suas primeiras eleições multipartidárias ganhas pela FRELIMO que voltou a ganhar as segundas e terceira realizadas em 2000 e 2004.
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
História,
Moçambique
História de Moçambique: Penetração Colonial
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
História,
Moçambique
15 de setembro de 2008
História de Moçambique: Período Pré-Colonial
HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE: PERÍODO PRÉ-COLONIAL
Os povos primitivos de Moçambique foram os Bosquímanes. Entre os anos 200 a 300 DC, ocorreram as grandes migrações de povos Bantu, oriundos da região dos Grandes Lagos a Norte que empurraram os povos locais para regiões mais pobres a Sul.
Nos finais do séc.VI, surgiram nas zonas costeiras os primeiros entrepostos comerciais patrocinados pelos Suahil-árabes que procuravam essencialmente a troca de artigos vários pelo ouro, ferro, cobre e marfim vindos do interior.
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
História,
Moçambique
Províncias de Moçambique
PROVÍNCIAS DE MOÇAMBIQUE
Moçambique está dividido em dez províncias.
As províncias são administradas por governadores nomeados pelo Presidente da República.
As dez províncias de Moçambique são, por ordem alfabética:
1 - Cabo Delgado
2 - Gaza
3 - Inhambane
4 - Manica
5 - Maputo
6 - Nampula
7 - Niassa
8 - Sofala
9 - Tete
10- Zambézia
Até ao momento, foram criados 33 municípios em Moçambique.
Moçambique está também dividido em 128 distritos.
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Geografia,
Moçambique
13 de setembro de 2008
Moçambique: Metical Moeda Nacional
MOEDA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE
A moeda nacional é o Metical. A alteração da moeda é estabelecida por lei Artigo 295.
Publicada por
MOZ
Etiquetas:
Moçambique - Metical Moeda Nacional
