8 de maio de 2009

Cabo Verde: "Li Cores & Ad Vinhos" nova obra de Filinto Elísio


Poesia: "Li Cores & Ad Vinhos" nova obra de Filinto Elísio O poeta e cronista Filinto Elísio lançou ontem, no Centro Cultural de Belém, o seu mais recente livro de poesia intitulado “Li Cores & Ad Vinhos”. “Este livro é dedicado aos meus pais, por terem sido os interlocutores e que me levaram ao caminho da estética” frisou o autor. “Decidi ser escritor quando fui assistir à libertação de presos a Tarrafal. Quando vi que um dos presos era o poeta angolano António Jacinto”. O poeta considera os livros como “objectos transcendentes, mas neles, existe o amor de os tocar”. Para o escritor, “a beleza do objecto supera a beleza do poesia”: “O livro traduz um amor táctil, erótico, é como um viciado em cigarro. É belo no conteúdo e bonito na sua aparência. É belo com uma mulher, é fashion”, explicou. O evento contou com a presença de várias personalidades cabo-verdianas, entre os quais, o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Arnaldo Andrade Ramos, o poeta português, Pedro Tamen que foi sempre o seu “ídolo da poesia”. A apresentação foi feita pelo artista plástico, Mito Elias e pelo sociólogo e artista plástico Abraão Vicente, que considerou o livro “um poema em si e não como um conjunto de poemas”. Abraão Vicente disse ainda que “Li Cores & Ad Vinhos” é “o espelho da realidade”. No final da apresentação o poeta cabo-verdiano, José Luís Tavares, declamou uma poesia do livro com alguns participantes ali presentes. Filinto Elísio aproveitou a ocasião para fazer uma homenagem à língua portuguesa e prometeu escrever o mesmo livro em crioulo como forma das duas línguas coabitarem no mesmo espaço. “Lisboa é uma parte de Cabo Verde, sem Lisboa a nossa cabo-verdianidade não seria rica”, concluiu o poeta. O autor de “Li Cores & Ad Vinhos” já conta com oito livros publicados, entre os quais romances, poesias, crónicas e antologias. Sílvia Panguane Sapo CV, 07 de Maio de 2009