9 de julho de 2009

Maputo: Marrabenta amanhã no Centro Cultural Franco-Moçambicano


Marrabenta amanhã no Franco-Moçambicano O Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, acolhe amanhã, dia 10 de Julho de 2009, às 20,30 Horas, um concerto de gravação de duas figuras conceituadas da música Marrabenta: Dilon Djinji e a Orquestra Djambu. Este evento, realizado no âmbito do Festival Marrabenta, surge com o objectivo de contribuir para a preservação e promoção da cultura moçambicana, através da assunção de atitudes, prática de composição, performance, programação de eventos musicais, debates, formações de artistas e promotores de artista, técnicos e público em geral. Um dos compromissos do Festival de Marrabenta com os vários artistas e músicos conceituados que irão actuar é a gravação, em concerto, de um DVD e áudio de dois músicos ou agrupamento como forma de promoção da auto-sustentabilidade da arte e dos trabalhos realizados pelos músicos. Neste contexto foi criado a Rádio Marrabenta, um espaço de promoção e divulgação dos trabalhos passados em revista no festival. Recorde-se que esta a primeira gravação que é feita no âmbito do projecto Festival Marrabenta envolvendo estes dois artistas: Dilon Djinji e a Orquestra Djambu. Dilon Djinji Nasceu a 14 de Agosto de 1927, na Província de Maputo, distrito de Marracuene, tendo iniciado a sua carreira musical em 1939, com apenas12 anos de idade. Em 1960 criou o grupo Estrela de Marracuene e a sua primeira actuação foi em 1964 na rádio, na estação Voz Africana. A partir de 2001 é membro do grupo Mabulu com o qual tem feito digressões internacionais. As suas músicas surgem de factos sociais do dia-a-dia e de relatos bíblicos. As notas das suas músicas têm influência da Igreja Missão Suíça, onde foi pastor. Dilon recria-as em forma de notas musicais, acabando por ser um músico que, acima de tudo, busca o ensinamento nas suas composições. Entre os seus sucessos destacam-se: “Maria Teresa, Angelina, Achintlanwana, Maria Rosa e Podina”. O seu primeiro álbum foi gravado em 1973 através da casa discográfica “Produces 1001” e em 2002 gravou o seu primeiro trabalho internacionalmente a solo pela editora Riverboat, intitulado Dilon. Orquestra Djambu Quando foi criada, na década de 50, era formada por alguns membros do Centro Associativo dos Negros da Colónia de Moçambique denominada Ntyndia. Dela faziam parte: Moisés Ribeiro da Conceição (viola), Domingos Mabombo (piano), Tiago Bila (trombone), José Mondlane (bateria), Manuel Hassane (trompete) e Orlando (saxofone). Mais tarde, por exigência dos associados do centro, a Orquestra adoptou o nome Djambu. Nessa época, interpretava temas de grande êxito internacional com uma diversidade de estilos musicais que ia do Jazz, ao Swing, passando pelo Samba. Na década de 60, com o aparecimento na arena musical de alguns países africanos, passaram a preocupar-se em trabalhar mais em ritmos africanos e moçambicanos e todos se lembram das famosas canções “Elisa we” e “Ni Tawa”. Actualmente conta com cerca de 16 elementos, interpretando ritmos moçambicanos como a Marrabenta, Xiparatuana, Xingombela, Xingomana, Xigubo, Mfena, Hlame. Sapo MZ, 9 de Julho de 2009