1 de janeiro de 2010

Guiné-Bissau: Sanhá desvaloriza regresso de Na Tchuto



Guiné-Bissau: Sanhá desvaloriza regresso de Na Tchuto

O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, desvalorizou quarta-feira, a chegada a Bissau, o regresso ao país do antigo chefe de Estado -Maior da Armada, que se encontra refugiado na sede das Nações Unidas na capital guineense.

É um cidadão que estava fora do país e decidiu voltar. Qual é o problema?", disse Malam Bacai Sanhá à chegada ao aeroporto, após 21 dias de tratamento médico no estrangeiro, adiantando que acompanhou todo o processo e esteve em permanente contacto com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

O presidente guineense regressa ao país numa altura em que o Governo e as Nações Unidas procuram uma solução sobre o destino a dar ao antigo chefe de Estado-Maior da Armada, José Américo Bubo Na Tchuto, acusado de ter liderado em Agosto de 2008 uma tentativa de golpe de Estado contra o antigo Presidente João Bernardo “Nino” Vieira.


O contra-almirante chegou clandestinamente à Guiné-Bissau, na segunda-feira, numa piroga, e refugiou-se na sede das Nações Unidas em Bissau.

O Governo de Bissau enviou uma mensagem ao secretário-geral da ONU a pedir a entrega imediata de Bubo Na Tchuto à justiça guineense ou o seu reenvio para a Gâmbia.

O Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (Unogbis) decidiu convocar todos os representantes da comunidade internacional sedeados em Bissau, entre os quais os embaixadores, para uma decisão sobre o caso que opõe Bubo Na Tchuto às autoridades guineenses.

À chegada a Bissau, onde foi saudado por centenas de pessoas, Malam Bacai Sanhá agradeceu ainda aos guineenses pelo apoio.

“Voltei como guineense pronto para continuar a minha missão patriótica em prol deste país, o que passa pela união dos guineenses e por criar o bem-estar. Quero agradecer a todos os guineenses que estiveram preocupados com a minha saúde, particularmente à comunidade religiosa e em especial a direcção do meu partido (PAIGC) e ao Governo.

Também quero agradecer à comunidade internacional e aos países amigos pelo apoio que me prestaram”, disse o presidente guineense.

Maputo, Sexta-Feira, 1 de Janeiro de 2010:: Notícias