19 de maio de 2013

Apuramento de responsabilidades


A brincadeira acabou, a experiência promovida por funcionarecos que usaram Portugal para experiências de política económica enquanto os líderes das organizações da troika andaram em jantaradas falhou e está quase a levar o país ao colapso, não há multinacional dos pastéis de nata, o crescimento anunciado por Gaspar e apregoado por Cavaco primeiro para 2012, depois para 2013 e mais recentemente para 2014 é para esquecer, o país entrou em recessão e em depressão e não vale a pena andar a brincar aos país reunindo um Conselho de Estado inútil para discutir o pós o que quer que seja.

O mais grave é que se isto fosse um crime, coisa que em Portugal como se sabe não é pois crime é roubar um papo-seco, teríamos que fazer uma acusação contra desconhecidos pois vivemos num mundo de mentiras. Quem tudo fez para Portugal ser entregue à troika, qual o papel de Durão Barroso na opção pela austeridade, quem escolheu e quem representa Vítor Gaspar, o memorando é revisto por exigência da troika ou por fundamentalismo troikista de Passos Coelho, o ajustamento visou a crise financeira ou foi orientado para um imbecil poder impor ao país uma constituição feito por um velho manifestante das exibições públicas da Falange espanhola.

A verdade é que neste momento o país vive sob um manto de mentiras, ninguém sabe se é o Passos que manda no Gaspar ou o inverso, se o Gaspar pertence ao governo e responde perante o país ou foi nomeado por Durão Barroso para controlar o governo em nome da troika. O país está falido, a economia destruída, na presidência está alguém que faz lembrar os velhos reis com problemas de consanguinidade, como primeiro-ministro temos um rapazola sem quaisquer capacidades para mais do que a gestão de uma mercearia, nem o merceeiro holandês o punha a gerir uma loja do Pingo Doce.

No meio de tudo isto e quando a Merkel já atira culpas ao Durão Barroso os responsáveis pelo estado a que o país chegou andam a brincar. Os três parvalhões da troika continuam a alinhar no jogo sujo da propaganda e vão desejando que a comunicação social vá dando notícia das suas chantagens sobre o país. O “p”residente continua a fazer de conta que Portugal é um oásis de sucesso e que está muito melhor do que a Grécia, isto está tão bem que nem vale a pena discutir o presente ou mesmo os próximos meses, transformou o Conselho de Estado numa espécie de tertúlia da família Silva ou mesmo num grupo de sueca da Quinta da Coelha e vai discutir o final do próximo ano. O governo anda a brincar aos mercados e tenta dar uma imagem de sucesso pagando 6% ao ano.

Até quando vai durar esta farsa? Começa a estar na hora de começar a apurar responsabilidades e aplicar ao código penal os critérios que o governo aplica aos direitos dos portugueses. Se é possível aplicar o princípio da retroactividade aos direitos mais elementares então faz todo o sentido que o mesmo princípio seja aplicado à lei penal. Talvez esteja na hora de cumprir uma sugestão feita em tempos pelo próprio Passos Coelho, levar alguns políticos a julgamento. Definem-se os crimes que cometeram, altera-se o Código Penal com o mesmo fundamento constitucional com que despedem cortam vencimentos e tiram pensões e levam-se todos os responsáveis pela situação a julgamento.

O Jumento, 18 de Maio de 2013