No litoral de Moçambique, quando da viagem de Inhambane para a Beira, entre o Cabo de S. Sebastião e a foz do Govuro, situa-se o arquipélago do Bazaruto que toma o nome da ilha de maior extensão e que é conhecido internacionalmente sob a legenda de «Paradise Islands», desde que se tornou um cartaz turístico de Moçambique.
A mais famosa é a pequena ilha de Santa Carolina, de cerca de uma milha de extensão e de 400 metros de largura, que parece um maciço de verdura à superfície das águas, dado que está apenas uns poucos metros acima do mar. Diversas lendas envolvem esta ilha que chegou ao nosso tempo com o nome de Xiguine (Ilha Pequena). O arquipélago já é citado no século XVI por Frei João dos Santos no seu livro a «Etiópia Oriental», sob o nome de Ilhas Bocicas.
Depois da chegada aos aeroportos de Vilanculos e de Inhassoro, no continente, os turistas, vindos na sua maioria da Rodésia e da África do Sul, partem à descoberta da velha Ilha de Santa Carolina, famosa pela sua paisagem e pelas espécies de peixe que abundam nas suas águas e em que se destaca o marlin. A viagem de barco leva uma hora do Inhassoro.
Em Santa Carolina, nos recantos formados pelos corais, os praticantes do «Gogle Fishing» encontram uma água transparente e calma. Mal amanhece, a enseada da pequena ilha enche-se dos rumores dos entusiastas da pesca desportiva. Estes desportistas, especialmente quando do campeonato internacional que ali se realiza anualmente, vêm de todo o Mundo, alguns da Nova Zelândia, da Austrália e do Canadá e procuram sobretudo o marlin que abunda nestas águas. Alguns até têm aqui os seus barcos de pesca.
Quando o dia começa a acabar, os turistas dirigem-se para a enseada. Há o atractivo de ver o que trouxeram os que no alto mar procuraram o combativo marlin. Finda o dia e o sol esconde-se no mar. É a hora de encantamento. O mar canta a eterna canção no rebentar das ondas junto do restaurante onde na algaraviada de várias línguas vão desaparecendo as garrafas de whisky e de vinho tinto…
Fonte: Arquivo Pessoal