1 de setembro de 2009

Moçambique: Afonso Dhlakama diz que a Frelimo copiou governação portuguesa

Afonso Dhlakama diz que a Frelimo copiou governação portuguesa “Eu não critico Samora, Chissano e nem ao Guebuza...” – Afonso Dhlakama “Frelimo apenas se preocupa em colocar a riqueza nos locais onde vivem os seus chefes, esquecendo-se por completo do próprio povo que os elege” Nampula (Canalmoz) - O presidente da Renamo e candidato pela quarta vez às eleições presidenciais que este ano serão a 28 de Outubro próximo, Afonso Dhlakama, disse na cidade de Nampula, que o partido Frelimo copiou o modo de governação português logo após a independência do país. Concretamente, Dhlakama pretendia fazer passar a ideia de que quando faz críticas ao governo, não está a insurgir-se contra os governantes, mas, sim, contra o sistema de governação adoptado. “Eu não critico ao Samora, Chissano e nem ao Guebuza, mas, sim, o modo de governação que eles, a Frelimo, adoptaram dos portugueses”. De acordo com aquele político, um governante quando é eleito, deve-se tornar uma boa pessoa e não apenas se ocupar a cobrar impostos, no lugar de se preocupar em desenhar projectos para um desenvolvimento equilibrado de todo o país. Segundo Dhlakama, as assimetrias regionais e o desequilíbrio na distribuição da riqueza no território nacional, não começam com a Frelimo, mas, sim, desde os tempos da colonização. “Vejam que as indústrias que estão na Matola não nasceram com a Frelimo, elas remontam, aos tempos de Lourenço Marques. Por isso nem todos no sul são ricos”, conclui Dhlakama. Unidade nacional Num outro desenvolvimento, o líder da perdiz apontou que a concretização da unidade nacional só poderá acontecer se ele for eleito como presidente da República, alegando que só assim poderá mudar alguns aspectos. “Neste momento devia-se pensar em distribuir os poucos recursos financeiros que o país tem, de forma equitativa e equilibrada”, disse. Dhlakama defende igualmente que a “Frelimo apenas se preocupa em colocar a riqueza nos locais onde vivem os seus chefes, esquecendo-se por completo do próprio povo que os elege”. (Aunício da Silva) 2009-09-01