3 de setembro de 2009

O incêndio que arrasou a cidade medieval de Londres a 2 de Setembro de 1666

O incêndio que arrasou a cidade medieval de Londres A 2 de Setembro de 1666, um incêndio deflagrou numa padaria na zona central de Londres, pouco depois da meia-noite. Foi o começo do que ficou conhecido como o Grande Incêndio de Londres, um desastre que destruíu quase toda a zona medieval da cidade, delimitada pela antiga muralha romana. O fogo progrediu rapidamente, ajudado por um Verão excepcionalmente seco, pelo vento e pelas muitas casas de madeira. Londres acabava de sair de um ano de peste bubónica mortífera, que em 1665 tirara a vida a cerca de 100 mil pessoas - aproximadamente um sexto a um quinto da população. Durante quatro dias, a cidade medieval ardeu, pondo em fuga os habitantes. Os meios de combate a incêndios eram quase inexistentes, e a forma mais eficaz de impedir o avanço do fogo era destruir os edifícios antes que as chamas os atingissem, de forma a criar uma barreira. Ainda assim, mais de 13 mil edifícios arderam, incluindo a catedral de S. Paulo, mais tarde reconstruída. Não se sabe o número de vítimas; tradicionalmente, tem-se acreditado que foram poucas, mas tal pode dever-se apenas à ausência de registos - sobretudo tendo em conta que a maioria dos cerca de 80 mil habitantes daquela área de Londres eram pobres ou de classe média. Rapidamente foi identificado um bode expiatório à medida dos conflitos sociais da época: um francês, católico, confessou o crime, dizendo que agira ao serviço do Papa. Foi enforcado. Mais tarde, chegou-se à conclusão de que só tinha chegado à cidade dois dias depois de o fogo ter começado. Apesar de planos grandiosos de reconstrução, que transformariam Londres numa jóia ao gosto barroco da época, as dificuldades práticas levaram a que a cidade ressurgisse aos poucos, segundo uma planta não muito diferente da anterior. Mas, agora, com casas em alvenaria, ruas mais largas e com acesso ao rio, e melhorias sanitárias que pretendiam evitar que uma tragédia da mesma dimensão pudesse repetir-se. 02 de Setembro de 2009