17 de setembro de 2009

Angola: Dia do Herói Nacional assinala-se hoje

Dia do Herói Nacional assinala-se hoje Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto Luanda – O dia 17 de Setembro, data de nascimento do fundador e primeiro presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, é considerado Dia do Herói Nacional, devido ao seu contributo dado na luta armada contra o colonialismo português e pela conquista da independência nacional. O dia, instituído feriado nacional em 1980 pela então Assembleia do Povo, um ano após o seu falecimento, em 10 de Setembro de 1979 na antiga União das Republicas Socialistas Soviéticas, deve-se, também, ao reconhecimento do seu empenho na libertação de Angola, em particular, e do continente africano. Fruto da sua entrega à causa libertadora dos povos, o Zimbabwe e a Namíbia ascenderam igualmente à independência, assim como contribuiu para o fim do Apartheid na África do Sul. Agostinho Neto foi também um esclarecido homem de cultura para quem as manifestações culturais tinham de ser antes de mais a expressão viva das aspirações dos oprimidos, arma para a denúncia dos opressores, instrumentos para a reconstrução da nova vida. A atribuição do Prémio Lótus, em 1970, pela Conferência dos Escritores afro-asiáticos, Prémio Nacional de Cultura em 1975 e outras distinções são mais um reconhecimento internacional dos seus méritos neste domínio, com trabalhos tais como: Náusea (1952), Quatro Poemas de Agostinho Neto (1957), Com os olhos Secos, edição bilingue português-italiano (1963), Sagrada Esperança (1974), Renúncia Impossível (edição póstuma 1982) e Poesia (edição Póstuma 1998). Dotado de um invulgar dinamismo e capacidade de trabalho, Agostinho Neto, até a hora do seu desaparecimento físico, foi incansável na sua participação pessoal para resolução de todos os problemas relacionados com a vida do partido, do povo e do Estado. Como um marxistas-leninista convicto, Agostinho Neto reafirmou constantemente o papel dirigente do partido, a necessidade da sua estrutura orgânica e o fortalecimento ideológico, garantia segura para a criação e consolidação dos órgãos do poder popular, forma institucional da gestão dos destinos da Nação pelos operários e camponeses. A Agostinho Neto também se lhe reconhece o grande empenho na luta para a erradicação do analfabetismo, ao lançar a “Campanha Nacional de Alfabetiização, em 1979”. Ainda em reconhecimento à figura do fundador da Nação angolana, estão erguidas em vários pontos do país estátuas, que simbolizam os seus feitos e legados, marcado pelas suas máximas “De Cabinda ao Cunene um só povo e uma só nação” e “O mais importante é resolver os problemas do povo”. Para saudar a data, realiza-se no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, um “Colóquio Internacional sobre a vida e obra de Neto”, que aborda temas como “Agostinho Neto: um intelectual na encruzilhada das ideologias para a libertação do homem”. O acto central nacional alusivo ao 17 de Setembro vai ter lugar na província do Namibe e será marcado pela realização de uma manifestação política, sob orientação do ministro do Interior, Roberto Leal Ramos Monteiro "Ngongo". A jornada comemorativa agenda também inaugurações de algumas infra-estruturas sociais, nomeadamente de um posto de polícia e uma residência para o soba, ambos empreendimentos no bairro 5 de Abril, bem como de um centro de saúde e outro posto de polícia no bairro dos Eucaliptos. António Agostinho Neto nasceu no dia 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo. O pai, Agostinho Pedro Neto, era Pastor protestante e professor. A mãe, Maria da Silva Neto, era professora primária. Angola Press, 17 de Setembro de 2009