24 de agosto de 2009

Moçambique: Dhlakama “chama” Daviz Simango de maluco

Dhlakama “chama” Daviz Simango de maluco Traidor, intriguista, mentiroso, confuso, ladrão, cobarde, demente são alguns dos adjectivos feios atribuídos a Daviz Simango O Movimento Democrá­tico de Moçambique, MDM, e o seu presi­dente, Daviz Simango, foram a tónica dominante dos discursos da liderança da Renamo, incluindo o seu líder, Afonso Dhlakama, no último sábado num comício popular realizado no populoso bairro da Munhava, na Beira que contou com uma considerável presença de membros e simpatizantes da Renamo. Com efeito, Manuel Bissopo e Fernando Mbararano, delegados políticos do partido Renamo da cidade da Beira e província de Sofala, respectivamente atribuíram vários adjectivos pejorativos a Daviz Simango e a todos aqueles que lhe apoiaram desde que a sua candidatura foi preterida por Afonso Dhlakama, nas eleições autárquicas passadas até este momento. Traidor, intriguista, mentiroso, confuso, ladrão, cobarde, demente são alguns dos adjectivos feios atribuídos a Daviz Simango e o MDM, Fernando Mbararano chegou a exibir um calendário com o símbolo da Renamo e no verso a face de Daviz Simango e dirigindo-se ao seu líder e a população disse: “Quando nós dizíamos que ha­via tentativa de golpe por parte do senhor Daviz Simango, ninguém nos acreditava. Eis a prova. Este calendário contém a foto do presidente do MDM e o símbolo do nosso partido e foi produzido antes dele ser afastado da corrida eleitoral e sem o consentimento da liderança do partido”. Daviz Simango é maluco Afonso Dhlakama socorreu-se de uma história de duas pessoas, uma das quais demente, neste caso Daviz Simango e a outra sã (ele), para desacreditar o presidente do partido dos “galos” e o MDM . Dhlakama contou que vivia num certo bairro (cidade da Beira) um maluco sobejamente conhecido e que dado a sua inofensividade e simpatia era muito querido no seio da população. Certo dia o maluco dirigiu-se à casa do secretário do bairro, que na altura estava a tomar banho. O demente em causa surpreendentemente apoderou-se de toda a roupa do secretário do bairro, incluindo a toalha de banho e pôs-se a correr. O secretário do bairro, continuou Dhlakama, de imediato pôs-se a correr atrás do maluco completamente nu e os residentes e transeuntes puseram-se a rir. Dhlakama perguntou: “quem é o mais maluco? O verdadeiro maluco ou o secretário do bairro?” A população em uníssono respondeu: “o secretário do bairro” Então, disse Dhlakama, aí está a moral da história: “eu sou o secretário do bairro e o maluco é o maluco. A roupa que o maluco roubou, são os nossos membros. Só que eu, Afonso Dhlakama, não sairei a correr atrás da minha roupa. Eu tenho a minha história e a minha roupa voltará gradualmente, aliás ela já começou a voltar. Portanto, meus filhos não se atrapalhem que o papa Dhlakama não é maluco para sair a correr atrás de outro maluco. Continuarei a tomar banho sem preocupações e vocês façam o mesmo”. O líder da Renamo considerou na altura do MDM de um partido pirata, pois segundo as suas palavras, o mesmo é composto por pessoas esfomeadas que a todo custo procuram roubar ao povo. Assim decidiram de forma inteligente organizar-se em grupo (MDM) e tentar à custa de votos comprados e enganadores chegar ao poder, como já o fizeram aqui na Beira para posteriormente “sacar” as nossas riquezas. Estejam atentos”. O País, 24 de Agosto de 2009