27 de agosto de 2009

Município de Maputo: David Simango analisa os 122 anos da cidade

Município de Maputo David Simango analisa os 122 anos da cidade Solo urbano continua o grande problema. Taxa de lixo poderá vir a ser agravada. Com falta de espaços para construção, edil admite que pequenas residências podem vir a dar lugar a mais habitação vertical O Edil diz que a cidade está em franco desenvolvimento, mas reconhece que ainda há muito trabalho por se fazer Maputo (Canalmoz) – A cidade capital do País, Maputo, vai parar no próximo dia 10 de Novembro para celebrar o seu 122.º aniversário, referente à sua elevação a esta categoria. O mesmo acontece numa altura em que o presidente da edilidade exalta o crescimento e realizações que, de há um tempo para cá, diz que a cidade conheceu. Falando ao Canalmoz, o edil da cidade, David Simango, disse que apesar de vários problemas que a Cidade apresenta, os mesmos constituem desafios para a edilidade, pois em geral os grandes problemas da cidade já foram atacados, pese embora não se poder dizer que estão totalmente resolvidos. David Simango referiu-se à introdução de um sistema de recolha de lixo sustentável, o que significa na sua óptica já não fazer por campanha, mas fazer-se de forma duradoira. “Não podemos dizer que já eliminamos, mas estamos numa situação melhor do que há algum tempo atrás. O desafio é aperfeiçoar o sistema de recolha dos resíduos sólidos e também do ponto de vista financeiro, que o sistema seja sustentável, o que vai exigir ainda mais a participação dos munícipes”. Significa isso que o Edil admite que as taxas de recolha do lixo possam vir a ser agravadas. Solo urbano continua o grande problema Dum modo geral, na cidade de Maputo já não há espaço para edificação de residências mas, segundo o presidente do município, este facto é devido ao tipo de habitações que a cidade apresenta, constituindo dessa forma um desafio para o Município a busca de novas soluções. “Ainda é possível gerir esta problemática, porque a nossa cidade é composta de dois mundos: na zona urbana temos edificações verticais e na suburbana temos edificações horizontais. No futuro o desafio é como estas edificações horizontais possam passar a verticais, prometeu. Referiu ainda que o município de Maputo está nesta altura a trabalhar não só nos bairros que ainda há espaço para explorar, como é o caso do bairro da Costa do Sol, na zona de fronteira com Marracuene, na zona da Catembe, mas também nos chamados bairros históricos da Cidade como é o caso de Polana Caniço, Maxaquene, Mafalala, Chamanculo e outros, para desenvolver planos de requalificação destas zonas, o que vai permitir que no futuro nestas zonas possam existir edificações verticais. Baixa da cidade continua a alagar Apesar das grandes obras que se realizaram na baixa da cidade de Maputo, concretamente de saneamento do meio e drenagem das águas fluviais, o sistema ainda continua muito deficiente. Quando chove a Baixa torna-se intransitável, principalmente na zona da Avenida 25 de Setembro. Sobre este aspecto David Simango disse que uma das causas, é a localização da cidade à beira do mar, e nesta situação é preciso ter um sistema de saneamento do meio bastante eficiente. “O que está acontecer é que a nossa capacidade de instalar o sistema de saneamento do meio é limitada, mas temos vindo a fazer alguma intervenção”. Entretanto, o edil anunciou que nos próximos tempos, o município vai iniciar os trabalhos de saneamento no bairro da Polana Caniço, com o financiamento do governo da Itália, no valor de 16 milhões de Euros, durante um período de cinco anos. “Vamos fazer outras intervenções nos outros bairros de forma gradual. As intervenções não serão somente nas infra-estruturas de estradas, mas também vão incluir o saneamento do meio”, acrescentou. Insatisfeito com o serviço da Polícia Municipal Num passado recente, o presidente do Município de Maputo insurgiu-se contra a actuação da Polícia Municipal, alegadamente por esta estar a prestar serviços deficientes. Questionado se a situação já está ou não ultrapassada, David Simango respondeu: “Ainda não estou satisfeito, depois do encontro que mantive com eles, criámos uma equipa que fez a avaliação de todos os agentes da polícia municipal. Agora está a ser elaborado o relatório respectivo, para identificar a capacidade de cada um dos agentes. Daí chegaremos à conclusão de que há necessidade de dispensar ou não alguns agentes, e enquadrá-los noutras áreas do município”. Referiu ainda que no âmbito da reforma no município a policia é uma das áreas prioritária como já se fez na área das finanças e recursos humanos e neste momentos já apresentam alguns resultados palpáveis. Cerca de 50 funcionários precisam de capacitação e alguns precisam de uma reorientação para outras áreas porque não estão a produzir o suficiente. (Egídio Plácido) 2009-08-27